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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Precisamos ter convicção do que pleiteamos de Deus-Helena Serpa

04/12/2015 - 6ª. Feira I semana do Advento – Isaias 29, 17-24 –“o dia da salvação 
Nesta leitura o profeta Isaías prediz a transformação interior que decorre da nossa experiência de salvação, isto é do nosso encontro com Jesus vivo e ressuscitado. A expressão,“dentro de pouco tempo”, nos faz ter uma expectativa promissora em relação à qualidade da nossa vida pessoal quando temos um encontro com a Salvação. A transformação do nosso coração, o reconhecimento das maravilhas de Deus, a fraternidade nos nossos relacionamentos humanos, a alegria o louvor são características desse tempo novo que Deus preparou para cada homem e para cada mulher.   Abraçar a salvação é ter a vida transformada, fecundada e frutificada pelo amor de Deus. Desaparecem  e fracassam em nós a prepotência e o mal,  e a justiça de Deus vence. Isto tudo poderá acontecer quando nos rendermos ao chamado de Deus e reconhecermos Jesus como nosso único Salvador.  A esperança é a nossa maior arma: até “os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”.   A conversão do nosso coração é uma obra que o nosso Deus, pessoalmente, realiza. Porém o Senhor espera pelas nossas resoluções e pelo dia em que honraremos o Seu nome no meio do povo. - Este dia já chegou para você, ou você ainda espera? O Senhor já começou a realizar em você uma obra de conversão? - Qual a sua expectativa para esse dia chegar, em relação às pessoas a quem você ama? Continue esperando. Ele virá, não tardará!

Salmo 26 – “O Senhor é minha luz e salvação!”


Enquanto esperamos o Senhor chegar, nós precisamos nos sentir seguros e conscientes de que Ele já é a nossa luz e salvação. Não podemos temer os homens nem as circunstâncias que nos são adversas. Deus vem em nosso auxílio para atender ao desejo do nosso coração de habitar no Seu santuário por toda a nossa vida. E a morada de Deus conosco, enquanto aqui estamos, é o nosso coração que pulsa no ritmo do Seu coração e nos encoraja para assumir os encargos que Ele nos confiar.  

Evangelho – Mateus 9, 27-31 – “Precisamos ter convicção do que pleiteamos de Deus”

Aqueles dois cegos que seguiram Jesus deram para nós um testemunho de fé e convicção no poder de Deus. Proclamando firmemente que acreditavam na ação de Jesus eles foram curados e voltaram anunciando o Nome de Jesus.  Nós também como eles procuramos estar nos lugares em que Jesus se encontra, vamos até à Sua casa, clamamos pela sua piedade, suplicamos e imploramos pela Sua assistência e pelo Seu socorro. No entanto, muitas vezes não temos certeza do que pedimos e, nem mesmo acreditamos que Ele seja capaz de realizar o milagre que buscamos. Os “milagres” que precisam acontecer na nossa vida estão condicionados à convicção que tenhamos de que eles se constituem uma necessidade vital para nossa vida. É a partir da nossa fidelidade e da nossa perseverança, da nossa firmeza de propósitos que Deus vai abrindo os nossos olhos e nos conscientizando de que tudo acontece a partir do desejo sincero do nosso coração e da fé que possuímos. “Por isso, hoje também Jesus pergunta a cada um de nós:“Vós acreditais que eu posso fazer isso,” que você deseja”?  Tudo poderá acontecer de acordo com a nossa fé e da necessidade real das coisas que pedimos ao Pai. Precisamos ter convicção do que pleiteamos de Deus! É necessário que tenhamos conhecimento das nossas verdadeiras carências e que à Luz do Espírito Santo, sejamos capazes de nos autoconhecer e de confiar que Deus nos atenderá conforme a Sua vontade e o desejo verdadeiro do nosso coração. - Como está a sua fé em relação às coisas que você tem clamado ao Senhor?- Você sabe do que está  precisando? Isto que você pede lhe é necessário?- Você precisa abrir os olhos para enxergar alguma coisa que não está vendo?

Deus é a Rocha-Helena Serpa

03/12/2015 - 5ª. Feira – I Semana do Advento - Isaías 26, 1-6 – “a cidade segura é o Coração de Jesus”
Quanto mais o mundo se moderniza motivado pelos avanços provenientes da inteligência humana, mais ele fica refém do próprio homem.  Todas as nossas motivações partem originariamente dos nossos pensamentos, maquinações, boas intenções e bons propósitos. Portanto, lá no mais profundo do nosso íntimo, advém a cidade acalentada por nós: lugar de entendimento e de concórdia, de amor, de paz e de justiça. Pela profecia de Isaías a cidade sonhada e projetada por Deus para nós é a cidade consequente de tudo o que acalentamos no coração e das nossas ações e reações de justiça. Todos nós, homens e mulheres, desejaríamos viver numa “cidade fortificada”, onde existisse segurança, porém, na medida em que o mundo se arma e se isola para se proteger, também crescem o desamor, a miséria, a violência.  O povo justo que entrará na cidade revelada por Isaías é o povo que já vive desde hoje, os ensinamentos do Evangelho e tem consciência de que o Coração de Jesus Cristo, nosso Senhor já habita no íntimo do nosso ser e faz parte do nosso corpo, pelo poder do Espírito Santo. Assim, a cidade santa é o próprio Deus que já veio morar no meio de nós e que ainda hoje se faz presente no nosso coração por meio da Sua Palavra e da Eucaristia. O coração de Jesus dentro do nosso coração é como uma cidade fortificada e cercada de muros e antemuros erguidos para a nossa segurança. - Como seria o lugar que você desejaria viver? – Como é o lugar em que você tem vivido?  - O seu coração é um lugar seguro e tranquilo? – Você tem servido de abrigo ou de morada para alguém? – Quem habita nos seus pensamentos?

Salmo 117 – “Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor!”
A misericórdia do Senhor é eterna por isso somente Ele nos compreende e nos dá abrigo, perdoa as nossas faltas e nos ama do jeitinho que somos. Ninguém, por melhor ou mais poderoso (a) que seja, pode nos oferecer a salvação e com ela a prosperidade, a paz e a segurança que o Senhor pode nos dar.  É justo aquele (a) que confia no amor e na misericórdia de Deus que estão de portas abertas para acolher a todos os que quiserem entrar. Ser justo (a) é acreditar nas promessas de Deus e acolher a Sua vontade.

Evangelho – Mateus 7, 21.24-27 – “Deus é a Rocha ”
A casa edificada sobre a Rocha é a nossa vida quando caminhamos à luz da Palavra de Deus e agimos conforme a Sua Vontade. A casa construída sobre a areia é a nossa vida quando não permanecemos firmes na vivência da Palavra de Jesus e construímos a nossa história sobre falsos fundamentos.
Construir a casa sobre a Rocha é, portanto, fundamentar a vida na vontade de Deus que se constitui para nós o paraíso aqui na terra. Por outro lado, a areia é a ilusão dos ensinamentos do mundo que nos levam a esquecer de que Deus é o Autor da nossa existência e sabe o que é bom para nós. Dessa forma, na hora da tempestade a nossa vida ruirá e, por isso, experimentaremos o fracasso.   Não precisamos imaginar muito, mas até uma simples enfermidade ou um baque financeiro podem nos tirar do sério quando não temos a nossa vida firmada em Deus e nas Suas promessas.  Deus é a Rocha, Deus é o Amor e quem se ajusta à Sua vontade, terá uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não o abalarão. As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos firmes sobre a R0CHA. Não nos bastará apenas dizer Senhor, Senhor, mas sim, confiar plenamente no Seu Amor e na Sua real proteção. - Em que alicerce você está construindo a sua vida? - Quem lhe tem ensinado a viver? – A sua vida já tem sido provada pelas chuvas e ventos fortes? - Você sente firmeza nos seus pés nas horas  das dificuldades?- Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha  ou você é um “homem sem juízo”?


O que já temos nas mãos-Helena Serpa

02/12/2015 - 4ª. Feira  I semana do Advento – Isaías 25, 6-10 – “a alegria do Banquete da vida ”
Nesta profecia de Isaías o Senhor promete que dará um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro e removerá a teia em que estavam envolvidas todas as nações e a cadeia que prendia todos os povos; a morte será eliminada, as lágrimas serão enxugadas e o povo não sofrerá mais desonra no dia em que o Senhor se manifestar na Sua glória. É o Banquete da vida! A imagem do Banquete descrita por Isaias leva-nos a refletir sobre a Salvação que Jesus oferece a todos os povos e representa a comunhão universal de todos os homens entre si e com Deus. Para nós que já abraçamos a Salvação de Jesus e já sentimos a manifestação da Sua Presença através do Espírito Santo esta profecia já está se realizando. Na Eucaristia nós já nos alimentamos com a Palavra e com o Corpo e o Sangue de Jesus como prova do poder de Deus que nos assegura uma comunhão eterna. Sentir a presença de Jesus no nosso coração faz-nos experimentar a alegria do Banquete. Precisamos ser fiéis e confiantes, porque um dia definitivamente nós também diremos: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou!”    - Como você imagina que seja esse banquete? – Qual seria para você o significado das palavras: ricas iguarias, vinho puro as quais se refere o profeta? – De que a sua alma precisa mais e o que mais você tem buscado? Faça  uma reflexão.
Salmo 22 – “Na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos!”

O salmo nos coloca numa perspectiva de ovelhas conduzidas pelo pastor. O pastor é Jesus e não faltará coisa alguma àquele (a) que se deixar governar por Ele. O Senhor sabe o que nos fará descansar, Ele sabe aonde se encontra o alimento para as nossas carências, Ele conhece o caminho mais seguro para nós, por isso, se nos deixamos guiar por Ele, nada haveremos de temer. O Senhor já providenciou tudo de que nós precisamos, portanto, a felicidade e todo o bem haverão de seguir-nos até que habitemos na casa do Senhor que é o nosso destino final.

Evangelho – Mateus 15, 29-37 – “o que já temos nas mãos”
Assim como estava atento a todas às necessidades das multidões que O acompanhavam, Jesus hoje também está vigilante em perceber as nossas necessidades. Hoje também nós vivemos em busca de curas físicas e de conforto para os nossos males. Jesus, porém, percebe muito mais do que deixamos transparecer. Além   de curar as nossas enfermidades físicas e espirituais Ele se compadece  pelas nossas carências materiais e providencia, hoje, o alimento espiritual e material de que precisamos. Quando buscamos a Jesus e procuramos ficar sempre perto Dele, podemos ter a certeza de que as coisas materiais das quais necessitamos, assim como também o sustento da nossa alma nos será providenciado por Ele. Ele sabe precisamente qual a nossa fome e o que pode saciá-la. Assim como fez com os apóstolos Jesus nos interpela para que tenhamos consciência do que já temos nas mãos e poderemos oferecer também para alimentar àqueles que estão com fome perto de nós. Por isso, Ele pergunta: “Quantos pães  tendes?” Jesus nos alimenta para que possamos também alimentar as multidões famintas e sabe que  podemos contribuir, pois conhece a nossa capacidade, mesmo que seja ela limitada. Não podemos esconder de Jesus os “sete pães e alguns peixinhos” que temos conosco. Às vezes queremos receber tudo de Deus sem esforço nenhum, mas para que os milagres aconteçam na nossa vida, é necessária a nossa participação e adesão. O pouco que temos quando é colocado nas mãos do Senhor, multiplicar-se-á a ponto de que possamos nos sentar e partilhar com as pessoas as quais encontramos no nosso caminho e, ainda sobrar. – Por que será que Jesus mandou que a multidão se sentasse? – Como você tem agido na hora da necessidade? – Você costuma sentar-se para dialogar, conversar, entender-se com as pessoas? – Você tem colocado à disposição de Deus os seus sete pães e alguns peixinhos?

E TODOS VERÃO A SALVAÇÃO – Maria de Lourdes Cury Macedo

Domingo, 6 de dezembro de 2015.

Evangelho de São Lucas 3, 1-6

São Lucas evangelista, bastante histórico, quer marcar bem a época que Jesus iniciou sua vida pública, por isso ele define bem, quem eram os governantes oficiais da época, apresenta as lideranças religiosas judaicas  e quer enfatizar que essas lideranças civis e religiosas não faziam nada de bom para o povo, mas o mantinha sob um governo de exploração, opressão, abuso do poder e morte.
Sabemos que no dia da paixão de Jesus, Ele se confrontou com essas personagens, cujo agir era marcado pela ambição, pelo jogo de interesses, violência, calúnia e morte.  O caminho de Jesus é o contrário,  é de amor, de perdão, de misericórdia...
O caminho de Jesus é outro e sua missão também, inicia com João, filho de Zacarias, no deserto. É importante destacar o “deserto”, porque lembra o Êxodo, o povo escravo, a saída do Egito, rumo à liberdade, a vida nova, cujo libertador foi Moisés. Jesus é o novo Moisés, o novo e definitivo líder, que inicia uma nova história, uma história de vida e salvação para toda a humanidade, inclusive para os que o perseguiram e mataram. A salvação que Jesus trás é para todos, desde que mudem de vida e busquem a Verdade.
João que morava no deserto, inspirado por Deus foi para o Rio Jordão pregar ao povo o batismo de conversão e penitência para o perdão dos pecados. O batismo de João não era sacramento, era um convite a penitência, representava o batismo, que Cristo iria instituir. Só o batismo de Jesus iria purificar e santificar realmente.
João convidava todos para iniciar uma nova história, ensinava a doutrina, preparava todos para se aproximar de Jesus e receber a graça e a santificação de suas próprias mãos, quando Ele viesse. João andava na margem do Jordão, ora na margem esquerda, ora na margem direita clamando o povo à conversão e a penitência para receber Jesus. O batismo era o sinal que marcava o novo início. É necessário aceitar o novo que está para chegar.
João veio para preparar os caminhos, ele é o precursor e profeta do altíssimo. Ele pregava, mas o que mais atraía o povo era seu testemunho, seu exemplo. Muitos se juntaram a ele por causa, nem tanto, pelas palavras, mas pelo seu exemplo de vida.
João assume a identidade de quem veio gritar, usa as palavras do profeta Isaías: “Preparai o caminho do Senhor”. A mensagem de João Batista preparava o povo para um acontecimento de grande alegria - a vinda do Messias, Jesus de Nazaré! João veio antes de Jesus para preparar o caminho, isto é, preparar o povo para receber Jesus. O caminho são os ânimos, os corações dos homens, que deverão ser preparados pela penitência que João pregava. Os montes e os vales são as desigualdades e asperezas dos corações.
Para que o caminho seja bom, precisa ser plano, sem vales e montes, sejam nivelados, igualados. Preparar o caminho é tirar as desigualdades, suprimir os vícios, para que em nada tropece Cristo, quando vier até nós.
Nós que nos dizemos apóstolos de Jesus, devemos praticar o que transmitimos, com palavra e exemplo de vida cristã, para que sejam eficazes, como as de João.
Este evangelho nos convida para que preparemos o caminho do Senhor. “Preparai o caminho do Senhor” significa facilitar a sua chegada entre nós, tirar das nossas vidas tudo que possa impedir um encontro real e pessoal com nosso Deus que se encarnou para nossa salvação. Tirar as pedras, as barreiras que não nos deixam encontrar com Jesus. Enfim, tirar do nosso caminho, do nosso coração o pecado, a maldade, o egoísmo, o lixo...
Somos convidados para uma conversão pessoal, que é um processo contínuo na vida de todos nós. Todos os dias, temos algo para mudar, melhorar, corrigir, aperfeiçoar. Mas também há o desafio para que nos empenhemos na luta contra tudo, que possa diminuir a vida humana - tudo que causa sofrimento aos nossos irmãos e irmãs.
No mundo em que vivemos, impera a lei do mais forte. Os valores como honestidade, retidão, sinceridade, bondade, justiça, solidariedade, respeito, misericórdia, domínio de si, mansidão e muitos outros valores que conhecemos, são cada vez menos valorizados.
A voz do Precursor nos desafia para que a nossa conversão pessoal também se manifeste no esforço para a construção de um mundo mais digno, justo, humano e fraterno, que é o mundo que Jesus veio estabelecer, que Ele ensinou e sonhou. É preciso ter um coração cheio de misericórdia e a presença de Deus junto de nós, nos ajudará lutar por mudanças porque nos preocupamos com o bem estar e a salvação do próximo.
Preparar os caminhos do Senhor significa praticar a caridade, partilhar o pão e amar o próximo. Preparar os corações, para Jesus, significa empenhar-se no trabalho evangelizador. Precisamos falar e testemunhar Jesus aos nossos irmãos, precisamos ser discípulos missionários e fazer Jesus mais conhecido e amado para que o mundo seja evangelizado, melhore e mude. E assim... “todos verão a salvação que vem de Deus”.
         João Batista, o precursor do Messias Jesus, nos ensina a dar testemunho de nossa fé cristã: como João nós somos mais que uma voz, que clama no deserto deste mundo violento e injusto, nós temos que dizer que em Jesus, Deus nos visitou definitivamente, para mostrar-nos seu amor, sua misericórdia, sua ternura, nos libertar de nossas opressões, para batizar-nos não com água, mas com o fogo de seu Espírito, que nos transformará em homens e mulheres de paz, justiça e solidariedade.
Todos os anos o Advento se repete certamente para nos dizer: vamos começar de novo, com novo ânimo, coragem, força...  Preparar hoje o caminho do Senhor significa continuar acreditando, continuar tentando. Crer e tentar de novo. Não desanimar e nem nos deixar influenciar pela corrupção da sociedade e pelo desânimo das nossas comunidades em seguir o Senhor.    
Preparai o caminho do Senhor! Sejamos nós, meu irmão, minha irmã essa voz que grita também convidando a todos para acolher Jesus, o Senhor, que já nasceu e mora nos nossos corações.


         Maria de Lourdes

TEM COMPAIXÃO DE NÓS!-Pe. Jaldemir Vitório

TEM COMPAIXÃO DE NÓS!” (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta).

DIA 4 DE DEZEMBRO - SEXTA-FEIRA

I SEMANA DO ADVENTO *
(ROXO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – OFÍCIO DO DIA)


         Evangelho (Mateus 9,27-31):
 
          O milagre que beneficiou os dois cegos prenuncia a experiência dos discípulos do Reino, à espera do Senhor. Urge que o próprio Mestre lhes abra os olhos, de modo a poderem discernir sua presença na história humana.

         Ter os olhos abertos é sinal de libertação da tirania do egoísmo, que faz o ser humano centrar-se em si mesmo e ser incapaz de perceber a maravilhosa obra de Deus acontecendo a seu redor. Desfeitas as trevas do erro e do pecado, torna-se possível ao discípulo perceber a revelação divina em acontecimentos singelos, imperceptíveis ao olhar puramente humano. Sem perfeita visão espiritual fica-se impossibilitado de reconhecer o Senhor.

         A superação da cegueira começa quando o discípulo volta-se confiante para o Senhor, de quem implora compaixão. É a humildade de quem se reconhece carente da misericórdia divina.

         Outro pressuposto é a fé. Ela é, em última análise, o princípio de tudo. Porque crê em Jesus, o discípulo deseja ter "olhos" para vê-lo, quer ser curado de sua cegueira, predispõe-se a fazer tudo quanto for necessário para ver realizado o seu desejo, deixa-se tocar por Jesus e sabe aproveitar do encontro com ele.
Jesus sempre está disposto a curar a cegueira de quem o desejar.

         Afinal, um dos sinais da presença do Messias na história humana, conforme os profetas anunciaram, consiste exatamente na restituição da vista aos cegos.

Oração:

         Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.


Santo do Dia / Comemoração (São João Damasceno):

                
         João nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco, na Síria, recebendo por isso o codinome "Damasceno". Uma das grandes figuras do cristianismo, entrou na história por causa de suas profundas obras teológicas. Viveu numa época em que o cristianismo convivia lado a lado com o Islamismo. 

         Na juventude João se tornou amigo do Califa, chefe muçulmano da cidade, que o nomeou seu conselheiro. Mas como era ao mesmo tempo um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, João preferiu se retirar para a Palestina. Foi ordenado sacerdote, passando a viver na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras. 

         Suas homilias depois eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fizeram respeitado no meio do clero e do povo. O valor que passou para Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida.

         Escreveu obras importantes, algumas defendendo o uso das imagens nas igrejas. Esta defesa das imagens gerou conflitos e Damasceno acabou sendo denunciado para o Califa que o prendeu e mandou decepar-lhe a mão direita para que não escrevesse mais. 

         Morreu no ano 749, sendo chamado de “São Tomás” do Oriente.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.


         REFLEXÃO:

         São João Damasceno é considerado como o mais representativo dos teólogos. Preferiu viver com Cristo às riquezas do mundo. A santidade de sua vida, humildade, caridade já eram conhecidas de tal forma, que já o veneravam como a um santo, mesmo antes de sua morte.

ORAÇÃO:

         São João Damasceno, intercedei junto a Deus por nós para que perdoe nossos pecados, purifique nossa mente e nosso coração. Sede para nós uma lâmpada acesa que nos faça caminhar pelo caminho reto e que nossas obras sejam feitas em conformidade aos desejos de Nosso Senhor. Amém.

         São João Damasceno, rogai por nós.

 



Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

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Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente



06/dezembro/2015 – 2o Domingo do Advento

Evangelho: (Lc 3,1-6)

No décimo quinto ano do governo de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da Traconítide, e Lisânias tetrarca de Abilene, sob o pontificado de Anás e Caifás, a palavra de Deus foi dirigida a João filho de Zacarias, no deserto. João percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz de quem clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas estradas. Todo vale será aterrado e todo monte e colina serão aplanados, os caminhos tortuosos serão endireitados, os caminhos esburacados ficarão planos. E todos verão a salvação de Deus! 
COMENTÁRIO

Que a paz esteja com você e com toda sua família, nesta nova semana que iniciamos. Já estamos no segundo Domingo do Advento e o evangelho de hoje nos fala do precursor que veio para anunciar a conversão dos povos.

O precursor veio para pregar caminhos iguais, aterrar os vales, rebaixar as montanhas e endireitar as passagens tortuosas. Precursor é aquele que vai adiante, que anuncia um acontecimento ou a chegada de alguém. Mas quem é esse precursor que percorreu todo vale do Rio Jordão?

João Batista é o precursor, é aquele que veio como um profeta, para anunciar a chegada do Messias Salvador. João prega e batiza, convidando o povo à conversão. Assim o Batista prepara o povo para a vinda de Jesus. Ele veio para "preparar os caminhos do Senhor".

Logo mais João dirá: "Eu batizei vocês com água, mas Ele vos batizará com o Espírito Santo". Esse batismo na água prepara o Batismo Sacramental e exige arrependimento, mudança, exige conversão porque o Salvador vem vindo e está muito próximo.

João Batista prega o batismo como elemento indispensável para o perdão dos pecados. A proposta de João é clara; manda viver a retidão, a conversão e a justiça. João falava de forma enérgica e suas palavras convertiam milhares de pessoas.  

Os caminhos precisam ser bem preparados, dizia ele. Na época de João, essas palavras tinham um grande significado. Quando um rei ia visitar seu reino ou uma cidade, os que iam recebê-lo limpavam e enfeitavam o caminho.

Para isso veio João. Preparar os caminhos significa preparar os corações para a chegada do Messias. A penitência que João pregava, tinha o poder de limpar os corações da maldade e do egoísmo, para abrigar o Cristo que viria.

As montanhas e as colinas precisam ser rebaixadas. O vale tem que ser aterrado, dizia ele. Com essas palavras, João estava pregando a igualdade. Para que os caminhos sejam bons, é preciso que os vales e as montanhas se igualem. É impossível caminhar e sobreviver diante dos desníveis sociais que encontramos.

Os caminhos precisam ser aplainados. Uma minoria, somente alguns, andam lá em cima, no topo, nas coberturas. Milhares estão lá em baixo pisados, marginalizados e esquecidos. Passam fome, não têm teto, terra, dignidade e nem cidadania. Mais do que nunca precisamos buscar a conversão.

Convertidos nós encontraremos o Messias nas pequenas coisas do dia-a-dia. Veremos sua presença no lixão da periferia, nas filas dos postos de saúde, nos corredores dos hospitais, na alegria e nas dores daqueles que nos rodeiam. Jesus está presente no próximo, no morador de rua, no pai desempregado e naquela mãe com suas panelas vazias.

Jesus nos aparece a cada instante, mas nunca poderemos vê-lo, nem reconhecê-lo sem conversão. A conversão é o "colírio" que abre os olhos e nos faz viver a Palavra. Converter-se significa mudar a direção, mudar o sentido, nivelar-se, descer do trono e abandonar tudo aquilo que nos afasta de Jesus.

A conversão exige que eliminemos as vielas tortuosas e acidentadas que milhares de irmãos trilham diariamente. A conversão aspira as impurezas e limpa o caminho para o Cristo que virá.

(1098)



“QUEM ENTRARÁ NO REINO?”-Pe. Jaldemir Vitório

QUEM ENTRARÁ NO REINO?” (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta).

DIA 3 DE DEZEMBRO - QUINTA-FEIRA

SÃO FRANCISCO XAVIER
PRESBÍTERO
(BRANCO, PREFÁCIO DO ADVENTO I OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)


         Evangelho (Mateus 7,21.24-27):

         O Messias Jesus detectou dois tipos de comportamento nos discípulos que aderiram a ele. Por isso é que os alertou a respeito da atitude correta de quem deseja entrar no Reino. Seria uma conduta equivocada limitar-se a dizer "Senhor, Senhor", como se isto significasse uma real adesão ao Reino. O equívoco consiste em contentar-se com um palavreado vazio, muito distante das exigências do Reino. Enquanto a boca fala uma coisa, a vida pauta-se por outros parâmetros. Esta incongruência é incompatível com o Reino.

         A atitude correta consiste em assimilar os ensinamentos de Jesus, de maneira tão profunda que leva o discípulo a pautar por eles a sua ação. Isto corresponde a fazer a vontade do Pai, e deixar-se guiar por ele.

         Estas duas atitudes foram ilustradas com a parábola das duas casas. Conduta equivocada é a daquele que constrói a casa sobre a areia, sem alicerces profundos. Já na primeira tempestade (os revezes da vida) ela desaba não restando nada de pé. Atitude correta é a daquele que constrói a sua casa sobre a rocha. Por mais forte que possa ser a tempestade, será incapaz de destruí-la, porque bem alicerçada.

         A profundidade da experiência de encontro com o Messias Jesus revela-se na reação desencadeada na vida do discípulo. Entra no Reino quem se posicionar diante dele de maneira adequada, dispondo-se a fazer a vontade do Pai.

         Oração:

         Pai, livra-me de reduzir minha adesão a Jesus a mero palavreado. Ajuda-me a transformar os ensinamentos dele em norma de vida. Assim estarei fazendo a tua vontade.



Santo do Dia / Comemoração (São Francisco Xavier):

                
         Francisco Xavier nasceu na Espanha, em 1506. Era filho de uma família nobre e estudou na universidade de Paris. Foi aí que Francisco conheceu Inácio de Loyola, aquele que seria o fundador da Companhia de Jesus. 

         Inácio encontrou em Francisco um apoio para realizar seu sonho de uma fundação que propagasse o cristianismo para todo o mundo. Mas a família não aceitava a ideia de ver o filho tornar-se missionário. 

         O jovem estudante, dividido entre a vida de nobreza e o apostolado, foi tocado profundamente por Deus quando ouvir a frase do evangelho de Marcos: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" A partir daí resolveu tornar-se padre e foi o cofundador dos jesuítas com Inácio. 

         Passou então a cuidar dos doentes leprosos em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. Mas Deus tinha outros projetos para Francisco. O rei de Portugal solicitou ajuda dos jesuítas para a evangelização das Índias. Com ímpeto missionário Francisco aceitou. 

         No Oriente ele realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais. Acabou saindo das Índias, para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. Neste país ele faleceu em 1552, vítima de uma febre.
 
         Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.

 REFLEXÃO:

          A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus.

         Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente. Entre eles destacou Francisco Xavier.

ORAÇÃO:

          Deus que quisestes agregar à Vossa Igreja os povos da Índia pela pregação e pelos milagres de São Francisco, concedei-nos propício que de quem veneramos os méritos gloriosos, imitemos também os exemplos das virtudes. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


         São Francisco Xavier, rogai por nós.

 




Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

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O que o Senhor tem para nos revelar-Helena Serpa


01/12/2015 - 3ª. Feira - I semana do Advento  – Isaías 11, 1-10 – “dádivas do Espírito Santo”
 Sabedoria, discernimento, conselho, fortaleza, ciência, temor de Deus e piedade que é a justiça, são dons infusos que recebemos como presentes de Deus para nossa santificação. Os dons infusos do Espírito Santo são dádivas de Deus que nos levam a ter parte com a essência de Jesus Cristo. O reino de Deus se manifesta dentro de nós sob a ação do Espírito Santo que faz com que haja entendimento e harmonia nas mais diversas situações do nosso dia a dia. A ação do Espírito Santo resulta em concórdia e entendimento, por isso, o profeta destaca o bom relacionamento entre lobo e cordeiro, bezerro e o leão, a cobra e o menino desmamado. Isto significa que nós homens e mulheres cheios do Espírito Santo e dos seus dons podemos nos relacionar, apesar das nossas diferenças. Jesus é o sinal que se ergueu na Cruz para gerar entendimento entre os povos e as nações e trazer a salvação para todos. – Você tem bem usado os dons com que o Espírito Santo lhe presenteou? -  Você tem consciência de que esses dons são para a sua santificação? – Você sabia que eles far-lhe-ão viver melhor os seus relacionamentos com as outras pessoas?

Salmo 71 – “Nos seus dias, a justiça florirá, e paz em abundância para sempre.”
A justiça de Deus é o amor e o fruto da justiça é a paz. O salmista canta os poderes do Rei que vem para governar a terra com justiça e equidade. Jesus já veio inserir na terra o Seu reino de amor e revelar ao homem a misericórdia de Deus e um dia retornará para julgar as nações e definitivamente aqui instalar-se para cumprir a promessa de novo céu e de uma nova terra.

Evangelho – Lucas 10, 21-24 – “o que o Senhor tem para nos revelar”
Quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que sucediam ao saírem anunciando o reino, Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito. Assim como exultou no Espírito Santo diante dos Seus discípulos, Jesus também o faz hoje, porque o Pai nos revela as coisas do Seu coração. É pela ação do Espírito Santo em nós que conseguimos compreender as coisas do alto numa perspectiva espiritual que é completamente diversa daquela que entendemos com a nossa humanidade. Por isso, só os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.  Quando nos dispomos a propalar o reino dos céus aqui na terra, é porque ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que abrimos mais e mais o coração vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.  Só os humildes e pequeninos podem "entender" os mistérios do céu. Jesus é a própria revelação de Deus e todos os que aceitam Jesus e nele creem, são os pequeninos que veem, ouvem e sentem a felicidade e a paz do Senhor. O Pai se dá a conhecer por meio da revelação do Filho e quanto mais conhecermos a Jesus, mais teremos comunhão com Deus Pai e poderemos viver a felicidade tão almejada. Somos felizes porque os nossos olhos veem mais além das aparências e podemos, pela reflexão da Palavra de Deus, descobrir os Seus segredos, os Seus planos para nós e para a humanidade. Somos chamados (as) no tempo atual da nossa vida a ver e ouvir o que o Senhor tem para nos revelar.   Não percamos tempo: o Senhor tem muito a nos mostrar e também, a nos falar. - Você é pequenino (a) ou sábio (a) e inteligente? Você é uma pessoa atenta aos mistérios de Deus?- Você enxerga as maravilhas de Deus na sua vida?– Quando  medita sobre a Palavra de Deus você se limita ao que está escrito, ou percebe nas entrelinhas uma mensagem para a sua vida?