-Aquela viúva deu tudo!-José Salviano
23 de novembro de 2020
Evangelho Lc 21,1-4
Evangelho
E,
olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro;
E viu também uma pobre viúva lançar ali duas
pequenas moedas;
E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do
que todos, esta pobre viúva;
Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de
Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que
tinha.
Aquela viúva deu tudo ou e
tinha. Enquanto que os judeus deram o que lhes sobravam. Deram dinheiro
contaminado pela corrupção, pela astúcia, pelo roubo, pelo que haviam tirado ou
negado aos pobres, e fizeram isso com
muita arrogância. Para Deus, eles não lhes deram nada! Pois eles deram o que
lhes sobravam.
Muitas vezes, pode acontecer que pessoas e empresas descartam alimentos
vencidos, aparelhos obsoletos, ou que já não querem mais por terem comprados
outros nossos, e para não jogar no lixo, encaminham tudo isso para os pobres.
Isso não deixa de ser um ato bondade, pois para os pobres, tudo isso é de
grande valia. Porém, pelo fato de estar ofertando o que está sobrando, o valor
da caridade é quase nulo, ou mesmo sem nenhum valor. Pois se avaliarmos a
intenção deste ato de oferta, a caridade mesmo em si, passou por bem longe.
Isto por que, O QUE MAIS PESA É A INTENÇÃO.
Deus não avalia a quantidade da nossa oferta, mais sim, o peso
dela. E por peso aqui estamos querendo
dizer, intenção com a qual aquele gesto foi feito.
Caríssimas
e caríssimos. Para Deus, o que mais vale é a intensão dos nossos atos. Enquanto
os ricos doavam o que lhes sobrava, aquela pobre viúva deu tudo o que lhe
restava. Ela deu tudo pela causa do Reino. “Mas a viúva, na sua
pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.
Esperamos
que os ricos ao ler esta homilia, não tome isto como desculpa para se livrar de
qualquer tipo de oferta ou esmola. Pois poderão pensar: Ora se o que mais vale
é a intensão, eu não vou dar é nada! Pois a minha intensão não é ofertar
nada mesmo... não quero desinteirar o meu, para dar a quem quer que
seja...
Nem todos
os ricos são mesquinhos, ou muito mesquinhos. Volta e meia a Igreja recebe
alguma doação esporádica. É uma verba para colocar um piso novo, para o
conserto de uma parede danificada, etc. E essas doações são vindas de alguma
alma caridosa, de pessoas que têm muito dinheiro. E por incrível que se possa
parecer, tais pessoas não querem que sejam publicado o seu nome. Aleluia! Amém!
Do mesmo
modo, Deus leva em conta a intensão dos nossos atos pecaminosos. Muitos e
muitas por vezes cometem pecados, porém, isso acontece não diretamente por uma
escolha pessoal, mas por uma grande necessidade, por defesa própria, por
pressão de outra pessoa perigosas, poderosa, por um vício enraizado, por um
distúrbio da personalidade ou coisa desse tipo. Deus que vê tudo, saberá pesar,
avaliar a culpabilidade desses atos, desses pecados.
Porém não
vamos ficar pensando nessa probabilidade, para arrumar uma boa desculpa para
viver em pecado. Vamos sim, prestar atenção nas oportunidades de conversão que
Deus diariamente nos dá.
Prezadas
irmãs, prezados irmãos. Quando vamos dar uma esmola, quando vamos fazer uma
oferta, não nos esqueçamos de que a nossa intensão é que está valendo
mais. Valendo mais do que a quantidade do que estamos oferecendo.
Não nos
esqueçamos de que Deus vê tudo, inclusive os nossos pensamentos e emoções, as
quais acontecem na nossa mente.
Enquanto
os ricos doavam o dinheiro que lhes sobrava, aquela pobre viúva apresentou a
Deus em sua humilde oferta, as únicas moedinhas que tinha e que estavam com
ela.
Aquela
pobre viúva fez o seu melhor investimento. Aplicou o seu pobre
dinheirinho no Reino dos Céus. Investiu, confiou, e apostou na misericórdia e
no poder de Deus.
Enquanto
que a esmola dos arrogantes, de nada lhes serviu, pois apenas se livraram de
algumas moedas que os incomodavam nos seus bolsos, numa atitude de total
soberba.
Diante de
Deus o que mais vale não é o quanto, mas o como. Ou seja, repito, o que
mais vale é a nossa intenção. Assim também acontece quando pecamos.
Muitos dos nossos pecados têm peso leve ou pesado dependendo da nossa
intenção.
Exemplos:
Eu sem o saber ou sem mesmo o querer, prejudiquei alguém de alguma
forma. Pedi desculpas e a pessoas entendeu. Estou perdoado por ela e por
Deus. Ao contrário, com a intenção de prejudicar seriamente uma
pessoa, eu lhe envio um presente perigoso, como um bolo contendo veneno,
algum parasita ou bactéria... Eu fingir estar agradando, porém, na realidade,
eu estava armando contra a vida de alguém. A minha intenção não era boa, mas
sim totalmente má e pecadora.
Portanto,
o mérito não está na grandeza ou pequenez da nossa oferta à Deus. Mas na
intenção que há em nossa mente em fazê-la!
Observem
que foi uma atitude que Jesus apreciou e dela fez o elogio aos seus discípulos.
A esmola da viúva, modesta no seu valor, foi a de maior significado.
Prezado
irmão, prezada irmã. Como tem sido a sua contribuição na hora da coleta na
missa? Você dá apenas umas migalhas do muito que Deus lhe deu, ou você
realmente se preocupa com a manutenção da Igreja, e com a alimentação dos
padres, assim como da sua vestimenta? Você já pensou que esse gesto
não significa desinteirar o seu dinheiro, mas sim um grande investimento?
Experimente investir na coleta. Estipule dar dez, ou 20 reais todo
domingo na hora do ofertório. Você verá que nada irá lhe faltar. Acredite nisso
meu irmão, minha irmã! É fato comprovado por todos aqueles que fazem esta
experiência. Você vai se sentir tão entusiasmado com os resultados, que
passará a contribuir também nas missas que você participa durante a
semana. Ah, não se esqueça de ser generoso, generosa também com os
pobres.
Todos que
agiram assim, não ficaram desempregados, não são assaltados, o seu carro não
bate, dificilmente quebra, etc. Experimente este investimento e
verá que realmente é o melhor de todos!...
Vai e faça
o mesmo.
Tenha um bom dia. José Salviano
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