terça-feira, 8 de setembro de 2020

-Fazei o bem aos que vos odeiam-José Salviano

 

10 de Setembro de 2020

 

Evangelho Lc 6,27-38

 

Qualquer um de pouca fé ao ler este trecho do Evangelho,  poderia pensar que  Jesus quer que nós sejamos bobinhos,  ou trochas, engolidores de sapos pela vida afora.

Porém, na verdade, sabemos que a convivência sem o perdão não pode existir. Ao começar pela nossa própria família, notamos que cada um tem as suas  características pessoais tanto de caráter, como de personalidade.

Só para lembrar, PERSONALIDADE é o conjunto de características psicológicas de cada indivíduo: Inteligência, humor, ambição, preguiça, vontade de vencer na vida, etc.

Enquanto que o CARÁTER, é uma sequência voluntária, um pedaço da personalidade, envolvendo valores morais, tais como: Inclinações ao pecado, vícios, falta de caridade, ou presença de fraternidade, fé, compaixão, amor ao próximo, etc. (É  uma sequência voluntária de valores morais, por que são valores adquiridos na convivência social, por tanto são modificáveis, ou possíveis de serem eliminados. Ao passo que as características psicológicas, são hereditárias, são inatas.)

Cada pessoa tem uma personalidade única. Não existe ninguém exatamente igual neste mundo de Deus. Pode haver muitos que são parecidos, inclusive se tratando de feições, ou traços faciais. Mas iguaizinhos, não existem!

O termo indivíduo, quer dizer indiviso, único, sem igual.

Deste modo, é natural, é da própria natureza humana, que as pessoas entrem constantemente em atritos, pois cada um é de um jeito, e com tendências de moldar, modificar  o outro ou a outra, para que ele ou ela se adapte aos seus gostos, ao seu jeito de ser, de preferir, de escolher...

E isso acontece principalmente na  convivência amorosa. Ela quer que  ele pense como ela, e ele, por sua vez, quer que ela seja como ele quer.

O bom católico é aquele e aquela que respeita esta individualidade do outro, seja no convívio amoroso, seja na convivência familiar e social.

Notamos que na convivência, tanto nós erramos, ofendemos, como também os outros nos ofendem, nos criticam nos magoam direto. Todos os dias, acontece o aparamento  das arestas, e isso nunca acaba. Quando parece que os dois se conhecem, que se entendem, lá vem as discussões, pelas  coisas mais banais da vida cotidiana.

E depois que passa tudo, chega o momento do perdão, que nem sempre se verifica pelo pedido de desculpa, mais pelo retorno da conversa, da brincadeira, pois UM PRECISA DO OUTRO, para tocar a vida,  para continuar a caminhada, a qual  se for na solidão, ficará muito mais difícil.

É comum a esposa dizer no dia do enterro do marido. E agora? Eu não tenho mais com quem brigar...

Quanto à sociedade, é bom ressaltar aqui, que muitas das contendas judiciais a que enfrentamos, muitas delas nós ganhamos mais não levamos principalmente quando estamos brigando judicialmente com uma família poderosa.   Sabemos muito bem que pessoas de grande poder  podem comprar muitos resultados. Não vamos aqui entrar em detalhes desta questão. Mas o  que queremos dizer, é que muitas vezes, o melhor é deixar como estar, e entregar para Deus, a injustiça que estamos sofrendo.

Aquele empregado foi pressionado, coagido tanto  pelo patrão que ele acabou pedindo as contras do emprego. E era exatamente esse o objetivo daquele empregador, o qual já havia feito isso com  outros empregados só para não ter de pagar a indenização.

Porém, a justiça divina não falha! Hoje aquele patrão tirano, está exatamente na miséria. Sua empresa faliu, e ele está sem saber o que fazer da vida.  Enquanto os seus ex-funcionários que deram o seu sangue pelo crescimento daquela empresa e foram forçados a pedir as contas sem direito a nada, hoje estão em outros empregos, ganhando o dobro do que ganhava antes.

Faça isso. Pois dependendo do caso, é melhor não entrar na justiça. Entrega para Deus, e você será recompensado! Acredite.

Tenha um bom dia. José Salviano     

 

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