segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

-3º DOMINGO DO TEMPO COMUM-Ano A-José Salviano


3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 26 de Janeiro 2020-Ano A

Evangelho - Mt 4,12-23



-O POVO QUE VIVIA NAS TREVAS VIU UMA GRANDE LUZ-José Salviano.

            O Senhor é minha luz e minha salvação. Se Ele é a proteção da minha vida, não preciso  andar preocupado com o amanhã, não devo ter medo dos perigos dessa vida, mas sim terei coragem de anunciar ao mundo a sua glória.
            Quando Jesus começou a sua missão, O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz.  E é essa mesma Luz que deve ser refletida por nós ao mundo que está nas trevas, ao mundo que rejeitou a presença de Deus!

            Jesus disse aos pescadores: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”.  E aquela Luz brilhou nas mentes dos convidados atraindo-os com o seu imenso e infinito amor. E eles sem questionar nada, deixaram tudo: redes, barcos, família e seguiram a Jesus, numa doação plena de suas vidas pela salvação dos demais irmãos.
            A liturgia de hoje nos faz um convite sério, a fazer uma avaliação da nossa conduta de cristão: O que fizemos até o dia de hoje por um mundo melhor? O que fizemos pela construção do Reino de Deus na sociedade em que vivemos? Qual foi até o presente momento a nossa disposição e contribuição missionária para o mundo?  Qual tem sido a nossa disposição real para o seguimento de Jesus?
            Caríssimos. Há uma diferença abismal entre ser um cristão prático e ser um cristão teórico.
            O Cristão prático, ou na prática, é aquele que semelhante aos pescadores, ouviram o convite de Jesus e hoje são pescadores de pessoas...
            Já o cristão teórico, é aquele que reza, bate no peito, até medita a palavra e também frequenta a missa. Só que de segunda a sábado, vive a sua vidinha, cuidando apenas da sua sobrevivência e dos seus familiares sem se importar com o chamado de Jesus para ser Luz do mundo, pescadores de homens e de mulheres.
            Prezada irmã, prezado irmão. Onde você se encaixa? Você é uma cristã, um cristão teórico, ou prático?  O que está lhe faltando par tomar uma decisão?
            O primeiro passo para sair da inércia a qual você se encontra, é seguir as recomendações de Paulo em sua carta aos Coríntios 1,10-13.17:, na qual ele nos exorta a sermos concordes uns com os outros, sem divisões entre nós, pelo contrário, que sejamos bem unidos não só no pensar mais também no falar e no agir, é claro. Assim o nosso primeiro passo, é buscar uma conversão diária mediante a prática da verdade de Jesus a qual já conhecemos mais nem sempre a vivemos em sua plenitude. Pois vários são os tropeços, os embaraços, os impedimentos, as tentações que encontramos pelo caminho da nossa vida. Nossa jornada é um repetir de cair e  levantar. Mas o que é maravilhoso é a disposição sempre presente de Deus em nos dar a mão, para nos reconduzir de volta ao caminho da casa do Pai.
            Pedro, em uma das pescas milagrosas, ajoelhou-se diante de Jesus na praia e disse: Senhor. Afasta-te de mim pois sou um miserável pecador. Os pescadores eram homens comuns, pecadores iguais aos outros, mas só Jesus via a diferença entre eles e os demais homens. A fé deles fazia a diferença. Por isso foram escolhidos.
            Muitas vezes também nós ficamos desanimados quando caímos em pecado, ficamos pensando o quanto somos indignos de estar fazendo o nosso trabalho  missionário, pois nada mais somos do que miseráveis pecadores. Porém, onde o pecado é grande, maior é a misericórdia divina.  Não vamos continuar no chão. Vamos segurar a mão estendida de Jesus que sem dizer nada, nos convida para levantarmos e continuar o nosso trabalho. Jesus sempre providencia a nossa reconciliação com Ele, a nossa volta, a nossa conversão por meio de uma confissão.  Por isso, é que essa mão estendida de Cristo é a mão do sacerdote que sobre nós, sobre nossa cabeça, nos absolve de todos os nossos pecados. E mais uma vez, nos levantamos com mais coragem, com mais determinação, com mais dinamismo, com mais garra, com mais vontade de incendiar o mundo com o fogo do amor de Deus.

E esse fogo é a luz que o Evangelho nos fala na liturgia de hoje. A Luz que sendo tão forte ela frita, derrete os nossos pecados. Essa Luz transforma as trevas dos nossos pecados em dia claro de sol e de luz resplandecente. Essa é a Luz que nos transforma de simples miseráveis pecadores em quase santos. Por que ela é a claridade que ilumina os nossos passos, nos desviando dos buracos da estrada, nos mostrando os perigos que estão adiante e nas margens do caminho. Essa é a Luz que limpa as nossas mentes de toda a sujeira, de toda malícia, de toda pornografia, de toda maldade, de toda corrupção, e tudo o mais que são frutos do pecado. Pois todo pecado começa na nossa mente, começa nos nossos pensamentos.
            Nós não somos nada em comparação com o poder de Deus, porém, quando  nos deixamos ser iluminados pela poderosa Luz divina, tudo podemos naquele que nos dá força. Quando essa Luz bate em nós, ela é refletida nas pessoas, em nossa volta e até aquelas que estão distantes de nós, dependendo do veículo de comunicação ao nosso dispor.

            Que a Luz de Deus. Luz divina! Desça sobre nós e faça com que iluminemos e transformemos esse mundo decaído, mergulhado no pecado: no egoísmo, na vingança, na injustiça, na violência  na corrupção... Que essa Luz faça com que cada um de nós sejamos semelhantes ao espelho que reflete o brilho do Sol. E assim, nós consigamos iluminar as mentes e os caminhos dos nossos irmãos que trafegam pelas estradas escuras das trevas que conduzem à morte do corpo e da alma. Eles estão perdidos na escuridão!
Pai. Dai-nos o poder de reconduzi-los ao caminho certo.  Porém, proteja-nos de suas possíveis reações contrárias ao nosso trabalho missionário.

            Caríssimos. O poder de Jesus é tão imenso que os pescadores até pareciam estar hipnotizados por Ele.  Depois de convidar Pedro, e seu irmão André, os quais largaram  imediatamente  as redes e o seguiram, lá mais a frente, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João com seu pai Zebedeu  consertando as redes. Jesus os chamou. Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram, sem dizer absolutamente nada. Sem perguntar para onde iam, e o que teriam de fazer. Estavam totalmente confiantes na pessoa de Jesus, que nem se importaram com mais nada. Até parecia que já estavam esperando por aquilo que lhes estava acontecendo.  E desprendendo  totalmente de si, seguiram Jesus, numa entrega sem igual, sem reservas, sem questionamentos, sem medo, sem pensar em levar provisões, enfim,  dispostos ao que desse  e viesse, pois sabiam que na companhia de Jesus nada iria lhes faltar.
            Meus irmãos, minhas irmãs. É exatamente assim que deve ser a nossa atitude diante do chamado de Deus para sermos pescadores de gente. É assim que fazem os seminaristas, as freiras, e que deveriam fazer todo catequista.

E aí? Então. Vá e faça você o mesmo!

Desejo-lhe um bom e santo domingo.
José Salviano


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