segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

De novo na Sinagoga-Helena Serpa

17 DE JANEIRO DE 2018 4ª. FEIRA DA 2ª. SEMANA DO
TEMPO COMUM 
- 1ª. Leitura – I Sam 17,32-33.37.40-51
- “as nossas cinco pedrinhas”
Não é pela espada nem pela lança que o Senhor nos concede a vitória, mas sim pelo nosso desvelo e dedicação em amá-Lo e servi-Lo e, principalmente em confiar e estar em sintonia com Ele. A história de David e o Golias é um referencial para nós quando tivermos que enfrentar os gigantes que ameaçam a nossa vida, no dia a dia. A juventude e inexperiência de David, aos olhos de todos, inclusive Saul, eram um empecilho para que ele pudesse vencer o tão temido Golias. No entanto, Davi resolveu enfrentar aquele monstro, não confiando nele mesmo, mas sim no Deus que já o “livrara das garras do leão e do urso”. Por isso, ele estava firme de que seria salvo das mãos do filisteu, inimigo de Deus. Davi, no entanto, não ficou apenas na dependência de Deus, mas também fez a sua parte e “escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-a no seu alforje de pastor” e seguiu confiante de que o Senhor estava com ele. David nem precisou usar todas as pedras que havia no seu alforje, e venceu o Golias com uma pedra só! Na luta contra as dificuldades, tempestades e dificuldades da nossa vida, nós precisamos somente nos apossar das pedrinhas que o Senhor põe em nossas mãos e estão à nossa disposição. As nossas cinco pedrinhas são escolhidas por nós para usá-las como armas de Deus no combate da vida. Cada um de nós pode procurar e selecionar as coisas que mais agradam ao Senhor para viver a batalha da fé: a oração, a adoração, a meditação da Palavra, o serviço do reino, a Eucaristia, a oração do terço.  São pedrinhas ao nosso favor, assim como também, as nossas ações, as nossas palavras, os nossos pensamentos, intenções, bons sentimentos. O perdão, o diálogo, a compreensão, a aceitação, a renúncia. A confiança, a esperança, a convicção, a firmeza de propósitos são também armas que o Senhor nos concede para que enfrentemos o “inimigo”. Todas estas ações podem, no momento preciso, ser uma pedra certeira que se encrava na testa dos Golias, que a cada momento desejam nos dominar. O Golias é o Inimigo de Deus que nos tenta tirar do caminho certo, no entanto, o Senhor, que muitas vezes já nos salvou das garras do leão e do urso, salvar-nos-á quando, confiantes, pedirmos em oração que Ele seja “o árbitro da guerra da nossa vida”. – Você tem medo de enfrentar os Golias que o (a) perseguem? – Como você costuma enfrentar os gigantes que aparecem na sua frente? – Quais são as cinco pedrinhas que você tem mais usado para enfrentá-los? – Você já detectou qual é o inimigo que lhe ronda?

Salmo - Sl 143 (144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)

R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

É o Senhor Deus Todo Poderoso quem adestra as nossas mãos para a luta da vida e, ao mesmo tempo nos protege das investidas do inimigo. O Senhor nos exercita quando nos capacita com o poder do Seu Espírito Santo e nos concede a vitória. Por isso, o nosso espírito se rejubila e a nossa alma canta um canto novo de vitória. Assim também nós podemos nos sentir como um rei ou uma rainha que vive a serviço do reino do céu aqui na terra.

Evangelho - Mc 3,1-6  - “de novo na Sinagoga”

Mais uma vez na Sinagoga, Jesus deu um ensino novo e cheio de autoridade, quando não se deixando intimidar pelas acusações daqueles que o observavam curou o homem da mão seca, em dia de sábado. Ele sabia que salvar a vida do homem e tirá-lo da escravidão do pecado era a missão que recebera do Pai. No entanto, na mentalidade dos fariseus e dos doutores da Lei, o mais importante era o cumprimento das normas estabelecidas, mesmo que alguém tivesse acorrentado e preso às circunstâncias. Aquele homem chamava a atenção de todos: de um lado os julgadores da Lei, do outro lado o Autor da Lei, o próprio Deus feito homem, Jesus Cristo.  A situação do homem da mão seca representa para nós a mesma de alguém que está no meio das outras pessoas, porém, se sente amofinado porque não se acha digno de estar no mesmo lugar que os outros. É também o estado de espírito de quem está marcado pelo pecado, pelo erro, e por isso, se esconde a fim de que não se perceba nele um homem perdido, um caso liquidado. É aquela pessoa a quem ninguém dá mais crédito e de quem ninguém quer se aproximar porque acha que é perda de tempo. Foi justamente a este homem que Jesus se dirigiu embora soubesse que os fariseus o espreitavam para acusá-Lo de burlar a lei. Os fariseus representam os homens e mulheres que procuram sempre “algo” para que o amor não prevaleça nas ações humanas e sim, a lei, o convencional e o que já foi formalizado como de praxe.  Muitas vezes, nós, pelas conveniências da vida deixamos “morrer” alguém que precisava de tão pouco para sobreviver. Apenas uma palavra de coragem, um incentivo, uma ajuda; “Levanta-te e fica aqui no meio!”  Quantas pessoas precisam sair do anonimato, do desalento, do complexo de inferioridade e nós nem percebemos que estão presentes no meio de nós, porque elas se mantêm escondidas! Jesus nos deu o exemplo para que agora, quando chegarmos na “sinagoga”, isto é, na Igreja, na Comunidade, no nosso Grupo de Oração, possamos também, olhar ao nosso redor em busca daqueles que têm a “mão seca” e se escondem com vergonha de mostrar o seu defeito. Às vezes somos nós também os homens e mulheres da “mão seca” quando nos refugiamos sob uma capa e não reconhecemos as nossas deficiências, por isso, não conseguimos cura e continuamos perdidos no meio da multidão. Cada um de nós tem em si alguma coisa do que se envergonhar, no entanto, Jesus deseja nos colocar no centro, bem à vista de todos e nos manda estender a mão, a fim de que a nossa “mão seca”, seja vista e aceita pelos outros e assim sejamos curados (as) e libertados (as) dos complexo e dos traumas que nos deixam defeituosos.  – Você também se esconde na multidão para não deixar que percebam a “sua mão seca”?  - Você costuma discriminar alguém e deixá-la de lado por causa da sua vida errante? – Você reconhece que é enfermo (a) e que precisa de aceitação e de cura?  – Faça isso hoje: apresente-se a Jesus, ponha-se no centro da sala e admita as suas dificuldades e as suas limitações. – Peça a Ele que o (a) cure!

 

2 comentários:

  1. José Maria Nascimento17 de janeiro de 2018 às 04:33

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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