SÃO JOSÉ, ESPOSO DA BEM AVENTURADA
VIRGEM MARIA 20/03/2017
1ª Leitura 2 Samuel 7, 4-5ª.12-14ª. 16
Salmo 88/89,37 “Sua posteridade
permanecerá eternamente, e seu trono, como o sol, subsistirá diante de mim”
2ª Leitura Romanos 4,13.16-18.22
Evangelho Mateus 1,16.18-21.24a, ou
Lucas 2,41-51ª
"O
discreto José..."
É
admirável em São José, esposo de Maria e Pai adotivo do menino Jesus, a sua
discrição. É o homem do silêncio, mesmo em momentos como este, narrado pelo
evangelho, quando as dúvidas e incertezas parecem querer sufocar a Esperança e
a Fé. No coração de José chegou a pairar a dúvida e a
desconfiança sobre sua esposa Maria, entretanto, a sua Fé ao Deus de
Israel foi mais forte e conseguiu assim superar aceitando que o Deus
da Aliança estava realizando algo sobrenatural em sua noiva, algo que ele não
conseguia compreender naquele momento, mas com o qual deveria colaborar e dizer
seu SIM .
A
nossa Fé não te respostas para todas as situações complexas que se nos
apresentam nesta vida. Mas ela nos pede ao coração a necessária confiança na
Providência Divina, ainda que as coisas não pareçam bem. Fé é aceitação, de
acontecimentos que muitas vezes fogem totalmente do nosso controle. Aceitar é
simplesmente confiar em Deus e fazer a parte que nos toca, realizando a missão
que Ele nos deu. José parece não gostar de propaganda, mantem-se na discrição
guardando um segredo Divino que era seu e de Maria.
Na
maioria dos relatos que o envolvem, e que são bem poucos, menos que Maria, o
nosso "Bom José" entra mudo e sai calado. Não é que seja tímido e não
queira se expor, é que José, este Santo Homem venerado no mundo inteiro, sabia
ocupar o seu lugar na comunidade.
Em
nossas comunidades conhecemos pessoas que se identificam muito com José, dão o melhor
de si, mas sempre muito discretamente, sem muito alarde cumprem um papel
importante na caminhada da igreja, cientes de estarem cumprindo a Vontade de
Deus. Um certo dia fui ao velório de um irmão Vicentino e fiquei pasmo em ver a
presença de um grande número de assistidos por ele, que sofriam com a sua
morte, uma senhora bem pobrezinha disse chorando que "Ele dava-nos muito
mais do que uma cesta básica...nos valorizava e nos fazia sentir importantes,
pelo jeito com que nos tratava". Pensei comigo mesmo que ele poderia ter
sido um coordenador da comunidade mas o meu pároco, muito sabiamente comentou
"Ele era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse...". Penso
que São José também era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse....
São
José é Patrono da nossa Igreja, e se Maria Santíssima é a primeira cristã, José
merece o título de primeiro agente de Pastoral pois sua missão foi servir Maria
e a ela se dedicou de tal forma que mudou os planos de sua vida para poder
ficar para sempre ao seu lado. Evidentemente ocupou na vida de Jesus o lugar de
Pai, ensinando-o a sobreviver transmitindo-lhe seus conhecimentos de artesão e
carpinteiro.
Teve
uma morte Santa, não se sabe exatamente em que momento, pois quando Jesus
iniciou sua vida pública, já era falecido. A morte santa não é pelo simples
fato de ter morrido nos braços de Jesus e de Maria, mas por tê-los servido
durante a sua vida, sendo um homem justo e reto. Nem Jose e nem Maria nunca
quiseram ser na comunidade o centro das atenções, tinham razões de sobra para
fazê-lo mas preferiram o anonimato, seguindo a mesma linha de conduta de João
Batista, o Precursor "E preciso que Ele cresça e eu desapareça".
(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP-
E-mail cruzsm@uol.com.br)
Admirar
José e tê-lo com Padroeiro ou o Santo da nossa devoção, deve fazer parte da
piedade cristã de todos os tempos, entretanto, o bom mesmo é seguir o seu santo
exemplo, dar tudo de nós, aos irmãos e irmãs de caminhada, e passar sempre
desapercebido....
Oh
Glorioso São José, Rogai por todos Nós . Amém ! (Diácono José
da Cruz – E-mail jotacruz3051@gmaIl.com)
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