21/03/2017 -
3ª. Feira III semana da Quaresma – Daniel 3, 25.34-43 – “somos convidados a nos
curvar diante do Senho”
Daniel pedia clemência ao Senhor pelos
desmandos do seu povo que passava por humilhação no exílio, dizendo: “estamos
reduzidos ao menor de todos os povos... por causa de nossos pecados”! Neste tempo de quaresma, todos somos
convidados a nos curvar diante do Senhor e, de “alma contrita e espírito de humildade”, fazer como Azarias (Daniel),
e seus companheiros, quando se achavam na fornalha ardente. Por causa dos
nossos pecados e das nossas transgressões, nós também sofremos na carne a
insanidade da violência, da miséria, da prostituição, da corrupção, do
adultério, da promiscuidade. Somos também, muitas vezes, jogados na fornalha
ardente, quando não queremos seguir a onda do mundo e nos recusamos a adorar os
“deuses” que nos são apresentados. Sabemos
que todos os sofrimentos pelos quais passamos, são decorrentes do exílio em que
vivemos, longe de Deus. Precisamos também nós, de “alma contrita e em
espírito de humildade, de todo o coração” ter confiança na misericórdia de
Deus, admitindo o fato de que somos coniventes com a maldade que impera no
mundo! Nunca queremos assumir também o
pecado coletivo que causa tantas consequências na sociedade! Entendemos que em
tudo agimos corretamente entendemos que somos bons e nunca somos culpados de
nada. No entanto, as sequelas das nossas pequenas faltas também contribuem para
que sejamos provados, enquanto caminhamos aqui na terra. A fornalha ardente significa para nós a hora
da provação, do sofrimento, da grande dificuldade, do beco sem saída, quando
não temos a quem recorrer. O fogo são as angústias, as aflições, as incertezas,
o abandono, as decepções que temos experimentado na vida. Nestas horas quantos
de nós ao invés de nos apegarmos a Deus, praguejamos e nos rebelamos, só
piorando a nossa situação! Como eles, nós também às vezes nos sentimos
solitários (as), desamparados (as), sem “chefes,
sem profetas, sem guias”, mas o Senhor continua atento às nossas preces e
ao louvor que brota de dentro de nosso coração. Louvar no meio da dificuldade é
a maior experiência que a nossa alma humana pode vivenciar. Não há quem tenha
feito essa prova alguma vez na vida, que possa esquecer o momento da graça do
Senhor que nos faz louvá-Lo e Nele confiar. Nessas horas tudo o que nos
acontecer será o melhor, pois estará centrado na vontade de Deus para nós. - Até que ponto você se acha responsável
pelas coisas ruins que acontecem no mundo? E na sua família, na comunidade? –
Como é a sua reação nos momentos de fogo: humildade ou revolta? – Você
já experimentou louvar a Deus “no meio do fogo”, da dificuldade, do
sofrimento?
Salmo 24 – “Recordai, Senhor a vossa
compaixão!”
Nos momentos de dificuldades e de penúria devemos pedir ao Senhor
que nos mostre o Seu caminho. A estrada de Deus é a mais segura para nós e a
verdade da nossa vida está na Sua Palavra que nos orienta e nos conduz. Somente
quem tem experiência com a Palavra de Deus pode provar da Sua compaixão porque
nela encontra conforto, sabedoria e ânimo para prosseguir caminhando protegido
(a).
Evangelho – Mateus 18, 21-35 – “não
podemos abusar da compaixão de Deus”
Esta
parábola do servo cruel nos leva a refletir sobre a metodologia de Deus diante
das nossas dívidas e ao mesmo tempo testa a nossa fidelidade aos Seus
ensinamentos. Deus é amor e nos criou para vivenciarmos o amor com Ele e com os
irmãos. O amor de Deus é o referencial para as nossas ações, pois é
misericórdia e justiça e é assim que Ele nos trata. Quando Jesus responde a Pedro que precisamos
perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, nós intuímos que a
misericórdia é a chave que o Senhor usa para com as nossas dívidas. Deus sempre
nos perdoa, não só uma vez nem dez, mas sempre, porém, espera que também
perdoemos aos nossos devedores, sempre. O homem da parábola, no entanto, não
entendeu que o método usado pelo rei ao perdoar-lhe uma grande soma deveria ser
o mesmo adotado por ele em relação àqueles que também lhe deviam alguma coisa.
Assim, não usando de misericórdia ele colocou na prisão o companheiro que lhe
devia pouco. Precisamos ter consciência de que Deus é misericordioso, mas é
justo, por isso, não podemos abusar da Sua compaixão. Somos devedores uns dos
outros aqui nesta terra. E a melhor maneira para que sejamos também justos é
usarmos de misericórdia e compaixão para com os nossos devedores. Mas
precisamos fazer isto, desde já. Ainda estamos vivendo dentro do prazo que o
Senhor nos dá para que possamos pagar a “dívida” que assumimos diante do mundo
em consequência das nossas más ações ou da má aplicação dos bens que Dele
recebemos. E esta dívida, nós podemos pagá-la não apenas rezando muito ou indo
muito à missa, ou apenas confessando aos pés do padre a nossa culpa, mas
vivenciando o Evangelho de Jesus que nos manda perdoar àqueles que nos têm
ofendido da mesma maneira como Deus nos perdoa. Nós prestamos contas com Ele
quando também damos aos nossos devedores a oportunidade
para que paguem os seus débitos para conosco. Isto acontece concretamente, quando
temos paciência com o próximo, quando também aceitamos as suas reivindicações
ou compreendemos as suas razões, quando finalmente, também sabemos perdoar até
setenta vezes sete, isto é, sempre. – Você usa de misericórdia com o próximo da
mesma forma que alcança a misericórdia de Deus? – Você é justo para com o
próximo? – Como você age com as pessoas que lhe devem alguma coisa? – Você dá
alguma chance a elas ou prefere revanche? – Você perdoa?
DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
ResponderExcluirNOSSO DEUS E NOSSO PAI PERDAO POR MEUS PECADOS E PELOS PECADOS DO MUNDO,OBRIGADO POR TUDO QUE SOU POR TUDO QUE TENHO;IRMAOS E IRMAS QUE A PAZ ESTEJA COM TODOS,FIQUEMOS ATENTOS,POIS E SERIO NAO BRIQUEMOS AMEM
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