15 de Novembro - Terça
- Evangelho - Lc 19,1-10
Bom dia!
Onde estão as oportunidades? Com que frequência oportunizo chances?
Quantas vezes perdoar; quantas chances dar?
Consigo ver sob os olhos da sabedoria como esta pessoa ou pessoas
que erraram ou se afastaram veem o amor de Deus por nós? É claro que nenhum de
nós conseguiu ou conseguirá ter amor por alguém ao ponto de esquecer POR
COMPLETO um ocorrido ou um fato, mas o texto bíblico na realidade que vivemos
hoje: fala de oportunidade e perdão e não somente do completo esquecer.
Um questionamento: Alguém saberia o teor da conversa de Zaqueu com
Jesus se os apóstolos não tivessem relatado no evangelho? Será que “nossas
bolas de cristais” leitoras da mente humana já nos credenciam a nortear quem
Jesus deve abrir às portas a salvação? Duro dizer, mas se assim pensamos estamos
recheando nossa vida de rancor, vingança e de um sentimento perigoso chamado
preconceito.
Vamos deixar claro um ponto primeiro:
Existem pessoas que conhecem o que deve ser feito, mas não fazem;
Outras que ainda fazem por não ter sido apresentado a verdade;
E outras que fazem com muita consciência.
Uma pessoa que já conhece a verdade não pode dizer que foi
enganada. Que na ausência de um culpado, sugere como os irmãos protestantes,
que o diabo é sempre o culpado.
Um frei (não recordo o nome) certa vez nos falou que TODOS têm a
propensão ao erro. Que mesmo não querendo estamos sujeitos a momentos de ira,
raiva, desamor, ódio, (…) e que o inimigo de Deus teria o poder de APENAS
sugerir o gesto, mas não a consolidação do fato, ou seja, quem realmente torna
a sugestão um ato, somos nós mesmos. O frei sugeria a vigilância a esse “ser
humano” falho e em construção. Um ser que julga, separa, desagrega e que tem
medo de assumir que faz tudo isso por coisas banais como inveja, egoísmo, (…)
frutos do não zelo a seus próprios atos.
Zaqueu, como outros que ainda não conhecem a verdade, não se
preocupou com que diriam a seu respeito, pois estava prestes a trocar sua vida
repleta de incertezas por algo tão grande e tão sublime – um tesouro chamado
perdão.
“(…) O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido
num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria,
vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. Reino dos céus é ainda
semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de
grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra“. (Mateus 13, 44-46)
Do alto daquela árvore, o homem de pequena estatura se mostra
grande. Um gesto nobre ao reconhecer suas fragilidades e erros perante aquele
que pouco se importou ou perguntou por onde andou. Um homem que não perdeu
tempo encontrando um culpado para suas faltas; que não se escondeu atrás de
JUSTIFICATIVAS, (…), e outros tantos esconderijos da alma. Um homem que não
encontrou barreiras como as que colocamos para aquele que errou volte a
levantar.
É um fato: nós por vezes, tecemos comentários baseados nas nossas
experiências e no que acredito e não de fato no que aconteceu e quando fazemos
isso cortamos a árvore que o irmão subiu pra ver Jesus.
Concluindo… Sim, talvez tenhamos justificativas provocadas pelas
limitações provocadas por situações do nosso passado ou presente (as mais
destrutivas são as psicológicas) , mas até quando isso me impedirá para atender
ao pedido de Jesus em abrir nossa casa, nosso coração, nossa vida para Ele
entrar? Se são mais fortes do que eu, por que não procurar por ajuda?
Lembremo-nos sempre que Deus deseja muito nossa volta nem que seja
no último instante, imagine o que Ele faria por quem se humilha, “engole” o
orgulho e resolve voltar?
Em suma…
“(…) O Evangelho de hoje nos mostra os passos que todos nós devemos
dar no caminho da conversão. Inicialmente, Jesus nos provoca o desejo de
conhecê-lo e nós, respondendo a essa provocação, procuramos vê-lo de alguma
forma. Então Jesus entra na nossa vida e nós, porque alegremente o acolhemos,
fazemos a experiência da sua companhia e da sua amizade através da intimidade
da experiência interior, o que nos faz vislumbrar os verdadeiros valores que
nos fazem felizes, de modo que procuramos viver o amor fazendo o bem e
reparando o mal que praticamos. Assim, Jesus nos encontra quando estamos
perdidos e nos possibilita trilhar o caminho da salvação”. (reflexão proposta
pela CNBB)
Acredite: “(…) Hoje a Salvação entrou em sua casa”
Um imenso abraço fraterno.
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