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de Abril - Terça - Evangelho - Jo 3,7b-15
Alexandre Soledade
Bom dia!
Lembro de uma propaganda que passava na televisão
(faz tempo, nem me atrevo a lembrar quanto tempo faz… risos) onde Caetano
Veloso narrava a insistência de um homem sobre uma bancada ou degrau de uma
praça onde tentava convencer as pessoas sobre as coisas que aconteciam a seu
redor que deveriam ser mudadas. Ao ver que ninguém o ouvia uma pessoa o indagou
o porquê não desistia de mudar as pessoas… Ele respondeu que se ele desistisse
era por que as pessoas conseguiram mudá-lo
É preciso continuar insistindo na mudança. Ser novo
não só hoje, mas amanha também. Não podemos desistir de tornar esse mundo novo,
repleto de pessoas novas.
“(…) Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir
qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”.
(Romanos 12, 2)
No entanto, de forma especial hoje, falo para
lideranças, condutores, coordenadores, pregadores da palavra de Deus: Tenho me
empenhado a manter-me de pé, à frente, liderando sem desistir ou esmorecer
mediante as criticas ou ao desânimo que assolam as pessoas de hoje?
É fato, só convenço daquilo que realmente acredito
se vivo. Estou convencido da minha espiritualidade? Ela é só na igreja? “(…) O
senhor é professor do povo de Israel e não entende isso? Pois eu afirmo ao
senhor que isto é verdade: nós falamos daquilo que sabemos e contamos o que
temos visto, mas vocês não querem aceitar a nossa mensagem. Se vocês não creem
quando falo das coisas deste mundo, como vão crer se eu falar das coisas do
céu”?
Sei que por maior ou melhor que sejam os argumentos
ou exemplos que possamos dar a alguém, sempre depararemos com uma parede
chamada livre arbítrio. Sabemos também que o que chateia e desmotiva é a
vontade que alguns tem de não ouvir e a outros de atrapalhar. O próprio Jesus
deparou com os que não queriam ouvir no episódio da mulher que seria
apedrejada. O silêncio e a sabedoria nas palavras ditas resolveram a situação.
Somos convidados a buscar a sabedoria e ao silêncio e não a desistir.
Certa vez Jesus disse que os filhos desse mundo são
tremendamente astutos. Somos convidados a ser ainda mais… Precisamos abusar de
novas metodologias de trabalho, buscar o conhecimento de áreas como filosofia,
pedagogia, psicologia, sociologia, serviço social, gestão de pessoas, gestão e
mediação de conflitos, mas nunca abandonar o bom e velho rosário, pois somos
“professores” e precisamos cultivar o exemplo.
É preciso entender que somente métodos racionais e
intelectuais não surtem efeito contra pessoas que são “escoladas”. É como
convencer um ativista radical de esquerda a apoiar a opinião e visão antagônica
do seu opositor de direita. Quantas pessoas conhecemos em nossa comunidade que
nunca sentaram numa carteira universitária, mas a vida os fez doutores?
Ser novo também é buscar por capacitação
Ser novo também consiste em ter vontade de
aprender, ser uma esponja, não negar o conhecimento, pois quando me fecho a
ouvir, me nego por tabela em aprender.
É importante frisar um segundo lado do conto do
primeiro parágrafo: E SE AS PESSOAS ESTIVEREM CERTAS E NÓS ERRADOS? De cima de
um pedestal de vaidades e orgulho não conseguiremos ver a verdade enquanto não
descermos ou “baixarmos nossa bola”. Esse processo de se declarar superior
chama-se arrogância.
Arrogantes não convencem. Prepotentes também não!
Ser novo às vezes é ser aluno do seu aluno. É ouvir
os mais velhos e respeitar o talento dos mais novos; é treinar um sucessor; é
não ficar perpetuando em um cargo ou coordenação; é abolir a idéia que “sem você
nada acontece”. A esse tipo de irmão (ã) costumamos chamar de beatos. É PRECISO
LEMBRAR QUE OS BEATOS AINDA NÃO SÃO SANTOS, pois ainda precisam de muito mais
que palavras para assim se tornarem.
Sejamos novos… Do reboco à pintura, obra completa.
Um imenso abraço fraterno
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