04/03/2016 -
6a. Feira –III semana da quaresma -
Oséias 14,2-10 – “produtos de nossas mãos”
Nesta profecia de Oséias, o próprio Deus nos ensina a pronunciar as
palavras certas para pedir-Lhe clemência pelos nossos pecados quando erramos o
alvo e nos afastamos da Sua graça alimentando pensamentos de ódio e vingança no
coração e nos entregando aos desejos da nossa humanidade: “Livrai-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos, o fruto de
nossos lábios.” Assim sendo, Ele mesmo nos motiva a confessar
como são falsos os deuses nos quais colocamos a nossa confiança e que nos
afastam do Seu amor, reconhecendo como são frágeis os produtos de nossas mãos.
Os “produtos de nossas mãos” são os nossos desejos humanos, nossos planos
equivocados, que não vêm do coração de Deus os quais, muitas vezes, colocamos
como prioridade na nossa vida. Somente
quando, de coração contrito, nos rendemos à realidade da nossa pequenez e
reconhecemos que apenas no Senhor encontraremos salvação e libertação,
conseguimos também ofertar a Ele um louvor que seja fruto dos nossos lábios, de
onde transbordem as palavras que a nossa alma canta. Como resposta Deus
nos revela as maravilhas que acontecem em cada um de nós por causa do nosso
regresso e nos promete de novo um lugar à sombra recebendo Dele a seiva, isto é
a graça para produzir frutos novos. O Senhor cura a nossa perversidade, isto é,
o nosso pecado e nos faz florescer e dar frutos de vida nova. Todo este cenário
nos é narrado pelo profeta a fim de que nós, como o homem sábio, saibamos
refletir e entender que o Senhor Deus abriu para nós um caminho justo, isto é,
reto e sem tropeços, para a nossa salvação. – Você tem se apropriado da justiça
de Deus para si? – O que você considera
como justiça de Deus para a sua vida? – Quais são os frutos que você tem
produzido por estar perto de Deus? Leia mais uma vez com muita atenção e pense no que significa para você essas expressões- “Voltarão a sentar-se à minha sombra e
cultivar o trigo”....- “Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu
fruto”...
Salmo 80 – “Ouve, meu povo, porque
eu sou o teu Deus!”
Você já imaginou que a voz do Senhor parece uma súplica para nós? A
todo o momento o Senhor nos pede para ouvi-Lo! A voz de Deus quer fazer-se
conhecida por nós; o Senhor tem desejo de nos falar, de nos ensinar, de nos
exortar, de nos consolar e nós teimamos em não prestar atenção aos Seus apelos
e nos voltamos para deuses desconhecidos, só porque os podemos tocar
enxergá-los com os olhos físicos.
Evangelho – Marcos 12, 28-34 – “ouvir e amar”
Neste Evangelho Jesus apela para nossa inteligência desejando conectar em nós
definitivamente a arte de saber ouvir, assim como também nos fazer atentar,
encarnar e assumir como sendo parte do nosso ser, o mandamento do AMOR. Assim
sendo, diante da pergunta do escriba, Ele proclama: “Ouve, Israel! “O
Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!”
Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos é a direção segura que
Jesus nos dá para que alcancemos o reino de Deus aqui na terra. Como homem Jesus conheceu a nossa realidade de
seres sensíveis e frágeis em vista das nossas próprias limitações. Ao mesmo tempo, também como ser humano Jesus
nos deu o testemunho de que quando nos apossamos da graça e do poder de Deus,
quando O escutamos nós nos tornamos aptos a vencer todas as barreiras que são
próprias da nossa fragilidade humana. Ter a Deus como nosso único Senhor faz
toda a diferença, pois nos apossamos do Seu poderio e conseguimos assim viver
de acordo com o que nos é proposto por Ele. Partindo dessa premissa todos nós
poderemos cumprir o primeiro de todos os mandamentos e ainda mais, também
cumprir com o segundo mandado que Jesus nos aponta: “amarás o teu próximo
como a ti mesmo”. Corpo, alma e espírito; físico e mente; intuição,
consciente, subconsciente, inconsciente... É o homem total tomado pelo amor de Deus vivenciando a Palavra que
gera santidade e realização pessoal, de dentro para fora, a partir do mais
profundo do seu ser. No Catecismo da
Igreja nós aprendemos que fomos criados para amar, louvar e servir a Deus
acolhendo o Seu amor e assumindo compromisso com o próximo. Portanto, amar a
Deus e ao próximo como a nós mesmos (as), é algo muito natural à essência da
nossa alma e se nos abandonarmos conseguiremos ser fiéis à proposta de Jesus. O
amor a Deus, a nós próprios (as) e aos nossos irmãos e irmãs é uma resposta ao
amor que já foi gravado em nós desde a eternidade e para sempre. Para
demonstrá-lo, o nosso primeiro passo deverá ser ouvi-Lo. Aí então, o
amor de Deus se expressa de forma concreta no nosso dia a dia e assim, conscientemente
nós sentiremos as suas manifestações a
cada minuto. – Para você o que é amar a Deus? –
Você dá ouvidos à Palavra de Deus? -
Você sabe qual é a diferença entre
gostar e amar? - Você ama a você mesmo (a)? O que você deseja ao seu vizinho
(a) é o mesmo que você deseja para você?
- Você tem dificuldade em aceitar-se a si mesmo (a)? E aos outros?
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