30/01/2016
- sábado – III semana comum – 2 Samuel 12, 1-7.10-17 “as consequências dos
nossos pecados nos acompanham”
Apesar do
horrendo pecado de Davi, Deus cumpriu a Sua Palavra e lhe foi fiel, mandando
que Natã o admoestasse e lhe mostrasse o seu delito a fim de que pudesse
reconhecer a sua miséria e pedisse perdão. Indignado com o homem que se
apoderara da “ovelhinha do pobre” para preparar um banquete para o seu hóspede,
David disse a Natã: “o homem que fez isso
merece a morte!” Na mesma hora, Natã não se omitiu e abriu-lhe os olhos: “Esse homem és tu!” Arrependido, Davi,
disse a Natã: “pequei contra o Senhor”!
Mesmo tendo sido perdoado Davi foi acossado pelas consequências do seu pecado
e, por isso, sujeito a grandes humilhações. Também na nossa vida diante dos nossos erros, o Senhor nos envia os “Natãs” para nos exortar
e abrir os nossos olhos, mas na verdade, nem sempre nós os acolhemos e admitimos
os nossos deslizes. Assim como não reconhecemos as nossas fraquezas também não
experimentamos o perdão de Deus. Nesse caso, o nosso orgulho e obstinação nos
levam para a morte. Quando, no entanto, nos curvamos e recebemos humildemente
as recriminações das pessoas que nos são enviadas pelo Senhor experimentamos o refrigério e o alívio para as
nossas feridas. Precisamos, portanto, ter consciência de que as consequências
dos nossos pecados nos acompanham, porém nos servem de alerta e sinal na hora
em que o inimigo nos quiser tentar. Davi
até hoje é reconhecido como um rei irrepreensível e fiel porque admitiu a sua
iniquidade, arrependeu-se, pediu perdão ao Senhor e ficou alerta para não
magoar mais o coração de Deus. – Você aceita quando um amigo (a) mostra o seu
erro? – Você admite as suas fraquezas? - Você
tem coragem de aconselhar alguém quando ele erra? – Você costuma
arrepender-se e admitir o seu pecado com sinceridade diante dos outros?
Salmo 50 – “Criai em mim um coração que seja puro”
Depois que
nós reconhecemos o nosso pecado e pedimos o perdão de Deus é necessário que
peçamos a Ele o auxílio para podermos caminhar na estrada do bem. Davi nos
ensina a fazer isto quando diz: “criai em
mim um coração que seja puro e dai-me de novo um espírito decidido”. Apesar
do nosso pecado nunca podemos perder
esperança e deixar de confiar na misericórdia do Senhor. Deus esquece o
nosso passado e trabalha em nós em vista do nosso futuro. Peçamos ao Senhor,
portanto, que Ele nos dê de novo tudo o que nós jogamos fora, e nos ensine a
trilhar o caminho seguro e assim possamos também ajudar a todos os que se
transviarem.
Evangelho Marcos 4, 35-41 – “Jesus nos chama para enfrentar a fúria
do mar”
“vamos para a outra margem!” Esta foi a
ordem explícita que Jesus deu aos Seus discípulos! Ele não apenas mandou que os
discípulos fossem sozinhos, mas se dispôs a ir junto com eles para enfrentar a
fúria do mar. Os apóstolos ainda não sabiam o que iriam encontrar e encarar, no
entanto, “despediram a multidão e levaram
Jesus consigo, assim como estava na barca”, diz a Palavra. Pela narrativa podemos perceber que não foram
eles que entraram na barca de Jesus, mas foi Jesus quem entrou na barca deles,
para fazer-lhes companhia durante a travessia. Quando convivemos com Jesus nós
também percebemos que em algum momento da nossa caminhada, (“ao cair da tarde”),
Ele também nos convoca a nos afastar da
multidão para ir mais além, para o outro lado, quem sabe, para alguma mudança
de atitude e de mentalidade. Jesus nos convida à conversão e à mudanças de rumo
e de situação de vida, no entanto, entra conosco na barca e a Sua presença é
certa quando temos que enfrentar as tempestades, mesmo supondo que Ele esteja
dormindo. Jesus nos chama para a outra margem, isto é, para um lugar mais
próximo Dele, longe do mundo e das suas concepções. Ele nos chama para a
santidade, mas não fica de fora, entra na nossa barca, na nossa vida e vem nos
ajudar na viagem. Porém este chamado é pessoal! Jesus chama a cada um de nós em
particular, pra levá-lo na nossa barca a um lugar, que só Ele sabe onde é o que tem lá e para que. A nossa parte é
apenas acolhe-Lo na nossa vida do jeito que Ele está e não querendo dar nenhuma
sugestão, apenas confiando em que Ele nos levará a um lugar “maravilhoso”. Se
Ele nos chama é porque Ele quer nos formar em alguma coisa que ainda não
vivemos e que é “novo”, outra maneira de agir, outra percepção das coisas,
outra conscientização, em fim, à santidade. Como os discípulos, nós também precisamos
ter consciência de que, mesmo que Jesus esteja na nossa barca, também
enfrentaremos as tempestades, oriundas da nossa própria limitação e
incapacidade. Quando entramos na barca com Jesus nós assumimos compromisso com
o amor, com o serviço, e as dificuldades vêm balançar a nossa vida. Por isso,
nós também começamos a temer, porque nos achamos entregues à sorte. Dizemos também como aqueles: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Quantas crises nós também, como Igreja, povo de
Deus, como família e como comunidade experimentamos pela nossa falta de fé?
Ainda que a barca de Jesus balance ao sabor dos ventos contrários, nós, que
confiamos no poder do Espírito Santo, não poderemos nos atemorizar. Jesus
Cristo tem poder para ordenar ao vento que estremece o mar o da nossa
existência: “Silêncio! Cala-te!” Eis
que tudo fica calmo quando nós confiamos em Jesus: os nossos medos se tornam
fumaça e nós conseguimos atravessar as tempestades, certos de que Jesus não
está dormindo, ele apenas espera a manifestação da nossa fé!” – Você já deixou
que Jesus subisse na sua barca? - Você
tem deixado que Ele o (a) leve para a outra margem? - Como você tem atravessado
as tempestades da sua vida? - O que lhe dá medo? – Você já apelou para
Jesus ou tenta vencer a tempestade sozinho (a)?
Estou passando por um momento conjugal que é uma verdadeira tempestade, ou melhor, um verdadeiro desastre, um furacão. Entreguei tudo ao Senhor, mas ainda assim às vezes sinto medo por causa dos meus pecados cometidos no meu casamento,
ResponderExcluiracho-os humanamente impossível de serem perdoados por minha esposa mas ainda assim espero no Senhor.
Estou passando por um momento conjugal que é uma verdadeira tempestade, ou melhor, um verdadeiro desastre, um furacão. Entreguei tudo ao Senhor, mas ainda assim às vezes sinto medo por causa dos meus pecados cometidos no meu casamento,
ResponderExcluiracho-os humanamente impossível de serem perdoados por minha esposa mas ainda assim espero no Senhor.