sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Quem receber em meu nome esta criança, estará recebendo a mim mesmo-Alexandre Soledade

Dia 28

Lucas 9,46-50

Surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior. Sabendo o que estavam pensando, Jesus pegou uma criança, colocou-a perto de si e disse-lhes: “Quem receber em meu nome esta criança, estará recebendo a mim mesmo. E quem me receber, estará recebendo Aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”. Tomando a palavra, João disse: “Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome, mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco”. Jesus respondeu: “Não o proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor”.
Bom dia.
Muitas vezes o cotidiano nos ensina mais que os livros que devoramos em busca do conhecimento. Olhar nossas atitudes ou apenas sentar e observar fatos da natureza ou do dia a dia das pessoas podem nos ofertar pérolas de crescimento individual.
Onde trabalho temos os funcionários da casa e aqueles tornam nossa vida melhor. São eles: vigias, serviços gerais, copeiras, jardineiros, (...) prestadores de serviço de empresas terceirizadas cujo seu oficio é nos dar condição de trabalho. Sem eles, rapidamente percebemos que algo esta faltando... Parecem transparentes aos olhos da maioria do nosso tempo, entram e saem de nossas salas sem nada falar ou pontuar sobre o dia, mas eles estão ali.
Como cristãos perdemos boa parte do nosso tempo, quando assunto religião surge na “roda”, com quem estaria certo sobre esse ou aquele assunto. Quantas vezes viu ou presenciou um assunto ficar tão complicado e tenso e a turma do “deixa disso” gritar: “Religião não se discute”!?
Não somos a única religião do planeta, também nós, na mesma linha dogmática, não temos os mesmos entendimentos sobre determinados assuntos ou preceitos. Dentro de uma mesma comunidade não somos uma única pastoral ou movimento; na pastoral não somos unanimidade. Portanto, por mais que as pessoas que nos ajudam pareçam ser transparentes ao que pensamos ou a que acreditamos, elas estão ali e devem ser vistas, ouvidas e respeitadas.

"(...) Nenhum humano, indivíduo ou grupo pode se considerar onipotente e autorizado a passar por cima do direito dos outros" (PAPA FRANCISCO - discurso na ONU – 2015)

Nosso foco como cristãos não é divergir ou lutar contra aqueles que também lutam pela construção de um reino de Paz e Justiça. Nosso foco não é prevalecer sobre esse ou aquele que também quer que a esperança e a felicidade cresçam sobre a terra. Nosso foco é contra o mal, a soberba, a desigualdade, a injustiça, a tristeza, a falta de amor. Nosso foco é não mais existir intolerância contra o que meus olhos acham estranho ou errado por não pensar ou ser igual a mim.
Que tal hoje uma reflexão humilde e fraterna? Como seria o nome da moça que limpa sua sala de trabalho? Qual é o nome do jardineiro do seu condomínio? Como se chama o bebê recém-nascido da vizinha que ainda chora aos prantos por gases? Que tal abrir a porta da sua casa e dar bom dia ao vigia?
Termine o terço e vá lá!!
Como mariano que sou, preciso entender que para conquistar uma oração fervorosa e íntima com Deus, temos que enxergar o invisível.
Sua religiosidade não vai ser discutida se todos virem que você realmente foi tocado por Deus! #ficaadica. Só há "discussões" se pelo menos um não foi tocado por Deus ainda.
Um imenso abraço fraterno


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