14 de Maio - Quinta -
Evangelho - Jo 15,9-17
Bom dia!
Ano passado, quando
refletíamos esse evangelho, trazíamos à tona a preocupação com o esfriamento
dos movimentos e pastorais de nossas comunidades. Perguntávamos quais eram os
motivos pelo esfriamento das pessoas. Hoje pergunto: Como estamos agora? O que
mudou? O que continuou? O que persevera?
Os coordenadores do
ano passado, muitos já não os são nesse ano. Muitos cumpriram seus mandatos e
agora descansam; outros renovaram seus votos de compromisso; alguns tombaram;
novos surgiram, mas o que mudou quanto à participação das pessoas?
Cada comunidade vive
suas próprias necessidades e aqui também não é diferente. Moro em Cuiabá e
estamos acostumados com o calor de janeiro a janeiro. Habituamos-nos com
temperaturas acima de 40ºC. Nossa cidade não para de crescer e bairros cada vez
mais longe do centro surgem. Temos uma paróquia com mais de trinta comunidades…
Por que estou dizendo tudo isso? É apenas para enfatizar que o tempo não para!
A cidade cresce e
nossas comunidades também. Hoje as pessoas são mais seletivas, criteriosas e às
vezes até mais “chatas” que antigamente. Muitos vêem a igreja como uma loja,
pois se vêem como consumidores e sob esse olhar escolhem aonde ir, exigem mais
conforto, não desejam longas e vazias homilias, querem igrejas com
estacionamento, ar condicionado, (…), mas e minha contrapartida? Como ouvintes
da palavra só me dou direito a pedir e nada fazer? Estou disposto a ajudar na
missa ou só exigir como um “bom” consumidor?
Outro ponto…
Sim! É muito bom e
plausível investir em conforto e certa comodidade para as pessoas, mas devemos
também investir mais NAS pessoas. Devemos rever nossas críticas, o peso do
nosso braço, das nossas cobranças. Muitas pessoas não se motivam a se engajar
ou participar dos nossos movimentos, pois paramos no tempo. Hoje temos recursos
audiovisuais ainda melhores, mas tememos usá-los.
Fico muito feliz que
na minha comunidade ainda temos equipe de liturgia que organiza antecipadamente
a missa sendo que algumas comunidades as leituras são entregues aos primeiros
que chegam à missa (hunf!). Esse é o zelo com o templo que temos?
Ao ver o desânimo das
pessoas como não desanimar? Quantos não desanimaram assim?
“(…) e já esquecestes
as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: “Meu filho,
não desprezes a correção do Senhor, não te desanimes quando ele te repreende;
pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho; (…)
PORTANTO, FIRMAI AS MÃOS ENFRAQUECIDAS E OS JOELHOS VACILANTES; TORNAI RETAS AS
TRILHAS PARA OS VOSSOS PÉS, PARA QUE NÃO SE DESTRONQUE O QUE É MANCO, MAS ANTES
SEJA CURADO. Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o
Senhor. Cuidai para que ninguém fique privado da graça de Deus”. (Hebreus 12,
5-6; 12-15a)
Investimos muito nos
coordenadores, mas precisamos formar novos líderes.
Precisamos de pessoas
com olhar aberto a comunidade, que tenham ideias e um pouco de tempo.
Precisamos de pessoas que não temam a modernidade, que saibam gerenciar
pessoas, formar e capacitar novas lideranças, mas muitos deles se cansaram.
Precisamos que os antigos voltem e que os novos não se afastem; precisamos de
gente que ainda queira aprender e não mais os que “acham que já sabem de tudo”
“(…). Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida
por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais
vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas
chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não
foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que
vão e deem fruto e que esse fruto não se perca”.
Todos! Desde padres
àquele que só reclama são amigos. Temos obrigações a cumprir e se estivéssemos
cumprindo não haveria tanta gente sobrecarregada.
Ano que vem
conversaremos de novo e veremos o que mudou! Com fé em Deus, muita coisa terá
mudado para melhor. Enquanto isso, fique de pé!
Um imenso abraço
fraterno
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