sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Quanto o noivo já não estiver com eles, então jejuarão-Claretianos

Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2015
Eleutério Isaías 58,1-9a: O jejum que agrada a Deus
Salmo 50: Um coração contrito e humilhado, não desprezeis, Senhor
Mateus 9,14-15: Quanto o noivo já não estiver com eles, então jejuarão

14 Então os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?" 15 Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.

COMENTÁRIO

A passagem evangélica à qual pertencem estes versículos descreve o banquete que Mateus o publicando ofereceu a Jesus e a seus discípulos no dia do chamado que o mestre lhe fez para que o seguisse. Os fariseus, nos vv. 11-13, criticavam Jesus por sua participação na mesa com os pecadores; os vv. 14-15 tocam o tema do jejum. Entretanto, os interlocutores de Jesus mudaram: na passagem de hoje os “discípulos de João” são sucessores dos fariseus e estranham que Jesus e seus discípulos não jejuem como o fazem eles mesmos de uma maneira rigorosa que supera amplamente as observâncias judaicas relativas ao jejum. A resposta de Jesus salienta que os discípulos de João Batista não descobriram ainda em Jesus o “noivo” messiânico, pois se o tivessem descoberto teriam compreendido que de agora em diante o jejum não tem o mesmo significado.

O jejum está relacionado com o tempo de espera. Jesus mesmo jejuou no deserto resumindo em si a longo preparação da humanidade para a instauração do reino. Porém, quando começa seu ministério público, Jesus pode dizer com toda razão que o reino já está aí, pois chegou o noivo e não convém que os “amigos do noivo” jejuem enquanto o noivo está com eles. O jejum só terá sentido depois da ressurreição, quando o noivo já não está mais fisicamente com a comunidade dos discípulos.  

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