domingo, 20 de julho de 2014

O tesouro escondido no campo... Jorge Lorente

Evangelhos Dominicais Comentados

27/julho/2014 – 17o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Mt 13, 44-52)



No evangelho deste domingo, novamente Jesus nos fala em parábolas. São três as parábolas de hoje; a do tesouro escondido no campo, a do comerciante que encontrou a pérola que tanto procurava e por fim, a história da rede de pesca que quando é lançada ao mar, apanha qualquer tipo de peixe.    

No tempo de Jesus havia muitas guerras, invasões de tribos e de povos estrangeiros. Quando atacados, os habitantes tinham que fugir às pressas, levando consigo somente o necessário. Por isso, era muito comum enterrarem suas economias, joias e até mesmo, verdadeiros tesouros no quintal, antes de abandonarem suas casas e fugir.

Evidentemente, essas famílias imaginavam poder voltar um dia e reaver a sua fortuna, porém nem sempre isso acontecia. As terras ficavam abandonadas até serem ocupadas por outras pessoas que, ao prepará-las para o cultivo, acabavam encontrando o tesouro escondido.

Já pensou? Vender tudo, desfazer-se de todos os bens, para comprar aquele terreno ou aquela pérola... e se a pérola não for legítima e tão valiosa quanto se espera? E se o tesouro não for tão compensador quanto parece?

Com essas parábolas Jesus nos revela como é valioso o Reino de Deus. Diz que é preciso ter confiança. Afirma que é compensador deixar tudo de lado e colocar o Reino em primeiro lugar. Colocar todo restante em segundo plano.

Vender tudo significa renunciar ao poder e ao dinheiro; renunciar à ganância e à exploração, enfim, abdicar à tudo que nos impede de viver a Palavra de Deus. Vender tudo significa mandar para bem longe todas as coisas que nos impedem de viver o amor. 

Esse é o preço da pérola, esse é o custo do tesouro que tanto almejamos. Preço altíssimo, mas que vale a pena! Vale o sacrifício. Será compensadora a alegria de vislumbrar a beleza e o esplendor de joias tão raras. Como disse São Paulo, maravilhas que os olhos humanos jamais viram. 

Finalizando, Jesus nos fala da rede que ao ser lançada no mar apanha todas as espécies de peixes, bons e ruins. Alguns de excelente qualidade, outros impróprios para o consumo. Exatamente como a Rede do Amor de Deus que, também é lançada sobre todos os seus filhos, sem restrição nem discriminação.

Como todo pescador, Nosso Pai ficaria muito feliz se pudesse aproveitar cem por cento dessa pescaria. Mas, infelizmente não é assim, haverá um processo de seleção e, na hora certa, eles serão separados pelo Pescador. Os bons serão preservados e conservados em local arejado e fresco. Os maus serão deixados na praia, ficarão expostos ao sol escaldante e irão deteriorar-se em meio aos detritos.

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