domingo, 15 de junho de 2014

Os Frutos não mentem. - -Diac. José da Cruz

QUARTA FEIRA DA XII SEMANA DO TC 25/06/2014
1ª Leitura 2 Reis 22,8-13. 23, 1-3
Salmo 118(119), 33 a “Mostrai-me Senhor, o caminho de vossas leis”
Evangelho Mateus 7, 15-20

. “Os Frutos não mentem...”
O que caracteriza e dá identidade a uma laranjeira são, evidentemente as laranjas colhidas dos seus galhos, a Videira a mesma coisa, sabemos que na parreira iremos encontrar os deliciosos cachos de uva, já um espinheiro nada vai dar além de espinhos, também não se pode esperar algum fruto de uma moita de urtigas. Este raciocínio é óbvio demais, entretanto, é essa comparação que Jesus faz para falar com os discípulos sobre o perigo dos falsos profetas de ontem, e dos falsos cristãos de hoje, que além de nada produzirem de bom, ainda contaminam a comunidade com suas ideologias aparentemente cristãs, mas que trazem incertezas, intrigas e divisões.
Os que ocupam cargos de coordenações dentro da grande Eclésia, ou mesmo nos nossos movimentos, tão importantes na evangelização da pós modernidade, podem sim, ter segundas intenções naquilo que fazem. É preciso ter cautela pois é fácil identificar a autenticidade dessas lideranças, pelos seus frutos. Nos dias de hoje em nossas comunidades o grande pecado ainda são as divisões e aí os tais Falsos Profetas são os principais articuladores.
Podemos atualizar este evangelho e filtrar melhor certas conversas e conselhos. Lideranças que se preocupam excessivamente só com a sua pastoral ou Movimento, não dando muita importância a comunhão com a paróquia como um todo. Pessoas que defendem de unhas e dentes os interesses da SUA comunidade, contra o bem comum de toda a paróquia. Pessoas que fazem duras críticas a outras lideranças, e tentam ainda colocar o povo de Deus contra os Ministros ordenados, tornando a público suas falhas e pecados.
Pessoas que querem dominar a tudo e a todos, brigando com quem quer que seja, para defender seu ponto de vista, sempre acreditando e dizendo que só quer o melhor para a paróquia. Os frutos de quem semeia tanta discórdia, inimizada e intriga, logo vem, e são azedos e intragáveis. As ações do agente de Pastoral autêntico, ao contrário, sempre promovem a união e comunhão de vida, sempre valoriza as demais pessoas e usa de misericórdia e compreensão com quem errou.
Os frutos dessa ação são doces e saborosos, portanto, Jesus pede neste evangelho, para não dar ouvido a quem parece ser tão bonzinho, mas que no fundo é cordeiro disfarçado de Lobo...


Um comentário: