domingo, 20 de outubro de 2013

Desejo de conversão e mudança de vida- Helena Serpa


19 de Novembro - Evangelho - Lc 19,1-10
2 Macabeus 6, 18-31 - ”um exemplo de coerência e fé“

A nobre resolução de Eleazar, homem de fé que, resistindo às ameaças preferiu entregar a sua própria vida a desobedecer à lei judaica, é para nós um exemplo de coerência a ser seguido. Mesmo diante da oferta dos encarregados do “banquete ímpio” para que fingisse estar comendo a carne de porco, proibida pela sua religião a fim de livrar-se da morte, ele tomou a nobre decisão de resistir até o sacrifício, para não trair a Lei de Deus. A sua coerência de vida, o seu testemunho de fidelidade a Deus, com certeza, como diz a Palavra, é um modelo inesquecível de virtude para todos nós. Muitas vezes, somos intimados (as) a infringir os ensinamentos evangélicos para agradar a alguém ou mesmo, para não ferir os nossos interesses. Em outras ocasiões, também pode acontecer que não nos preocupemos muito em dar bom exemplo de comportamento, de costumes, de compostura e, mesmo sem nenhuma maldade, aparentemente, estejamos escandalizando as pessoas. Isso acontece com os mais velhos, ou seja, os que são referenciais para os mais jovens, quando, inadvertidamente dão contra testemunho na bebida, nas conversas, nos comentários, entendendo que têm autoridade e, por isso, podem fazer o que quiserem sem dar satisfação a ninguém. Por isso, devemos levar em conta que, “Não nos basta apenas ser, mas importa também, parecer”. Mesmo que estejamos apenas “fazendo de conta”, o fingimento, a falsidade nas ações, são atitudes indignas de quem quer dar bom exemplo, mesmo que seja para escapar de algum sofrimento. Eleazar compreendeu que não valeria à pena enganar aos homens para salvar um breve resto de vida e, ser infiel a Deus a quem ele tinha temor. Por isso, preferiu entregar-se nas mãos dos seus algozes. Esse ensinamento poderá ser valioso para nós quando tivermos em situações nas quais precisamos ter coragem, destemor e, principalmente, fé em que o Senhor Todo Poderoso nos dará a força necessária para resistirmos ao mal. Assim agindo suportaremos no nosso corpo dores cruéis, mas a nossa alma cantará de alegria. – O que você teria feito no lugar de Eleazar?- Alguma vez você já teve que infringir os mandamentos da Lei de Deus para não desagradar a alguém, ou mesmo para satisfazer os seus interesses? – Mesmo sendo jovem, você acha que deve ser testemunho para os seus pais? – E você que é uma pessoa já madura, tem se preocupado em ser referência para os mais jovens?

Salmo – 3 – “È o Senhor quem me sustenta e me protege!”

Nada nem ninguém poderá abalar o nosso coração quando temos a nossa esperança firmada nas promessas do Senhor. Mesmo que aos olhos do mundo sejamos considerados “loucos” e insensatos sabemos que temos um escudo protetor, um rochedo que nos ampara, pois ouve as nossas súplicas. Quando acreditamos nisso, a paz e a serenidade são estampadas no nosso semblante e podemos adormecer tranquilamente, pois o Senhor Deus é o nosso guardião.

Evangelho – Lucas 19, 1-10 – “ desejo de conversão e mudança de vida“

O homem vive buscando Aquele que pode lhe conceder paz e serenidade, entretanto, muitas vezes não consegue, pelas contingências próprias da sua vida, suas ocupações e preocupações, afazeres e tantas coisas lícitas e ilícitas que ele prioriza. A experiência de Zaqueu quando teve um encontro pessoal com Jesus levou-o ao arrependimento e, por conseguinte, a ter um gesto concreto de penitência adquirindo uma vida nova. Percebemos, então, que todo aquele (a) que se deixar olhar por Jesus e atender ao seu convite, terá a sua vida salva e verá aqui na terra dos viventes o supremo bem de uma vida transformada. Embora, fosse um pecador público, Mateus provocou aquele encontro com Jesus apesar das suas limitações. O seu gesto de subir na árvore significa para nós o esforço que nós também precisamos fazer para nos reconciliar com Deus, apesar da multidão que nos atrapalha e tenta nos impedir de fazê-lo. A árvore pode ser uma pessoa amiga em quem nos apoiamos ou alguém que nos leva para um grupo de oração ou a algum lugar no qual nós podemos conhecer Jesus. Jesus está atento a todo e qualquer gesto nosso que possa sugerir um desejo de conversão e mudança de vida. Porém, Ele não quer que fiquemos em cima da árvore, ou melhor, dependendo que alguém nos apresente a Ele. Por isso, Ele nos manda também descer da árvore para que nós possamos levá-Lo para a nossa casa. “Hoje eu devo ficar na tua casa”, disse Jesus a Zaqueu. O homem que recebe Jesus Cristo na sua casa terá encontrado a verdadeira bem-aventurança. É na nossa casa, no nosso interior que o Senhor deseja permanecer. É no convívio do nosso coração que o Senhor faz a sua obra de misericórdia acontecer nos levando a um arrependimento sincero, a ponto de também nós, devolvermos tudo o que havíamos usurpado antes. Zaqueu, cobrador de impostos, ficou rico com o dinheiro que tomava dos pobres, nós, podemos não fazer o mesmo, mas, ficamos devendo a nós mesmos, o amor que podíamos ter usufruído antes para partilhar com as pessoas com as quais convivemos. Não podemos nos esconder no meio da multidão, debaixo dos nossos pecados e das nossas faltas do passado. Precisamos também, como Zaqueu, procurar Jesus, desejando uma verdadeira conversão de vida. Jesus também quer entrar na nossa casa e permanecer junto da nossa família. Hoje, podemos ser para eles essa árvore que dá apoio, que sustenta e faz com que tenham um encontro pessoal com a salvação. - Quem faria o papel de multidão hoje para você não conseguir enxergar Jesus? - Quem foi para você, a árvore que o (a) fez ver Jesus? - Você já desceu da árvore? – Jesus já está morando no seu coração ou você ainda depende de alguém para encontrá-Lo? - O que pode estar impedindo você de receber Jesus na sua casa, no seu coração? - O que e a quem você prometeu a Jesus devolver para se redimir?

Helena Serpa


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