domingo, 20 de outubro de 2013

À beira do caminho - Helena Serpa


18 de Novembro -- Evangelho - Lc 18,35-43

1 Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64 – “pacto com as nações vizinhas”

Aconteceu no tempo dos macabeus, mas acontece também, hoje, no nosso tempo, quando “pessoas ímpias” , isto é, que não têm nenhum compromisso nem aliança com o Deus verdadeiro, nos levam, sutilmente, a que nós nos afastemos dos mandamentos da lei do Senhor. É costume, também, hoje, tentarmos “fugir” dos sofrimentos e das dificuldades enveredando por caminhos mais suaves e “asfaltados” que, no entanto, nos levam a erigir altares aos deuses que o mundo idolatra. Assim sendo, nós abandonamos os nossos costumes particulares, como a oração, o jejum, o sacrifício, a renúncia, a vigilância, assim como também, os valores éticos que são a honestidade, a solidariedade, a sinceridade, etc. Cultivamos a mordomia, a passividade, a permissividade, a libertinagem, a corrupção, o individualismo, a falsidade e outras práticas que terminam por nos conduzir para fora dos parâmetros da vontade de Deus para nós. Firmamos um pacto com as nações vizinhas, isto é, com a mentalidade pagã do mundo à nossa volta e assim, violamos a aliança sagrada com o Deus que nos criou e nos formou. Muitos israelitas, naquele tempo, resistiram e decidiram firmemente a não quebrar o compromisso com a sua religião, preferindo a morte. Sobre os outros, que foram seduzidos e se desencaminharam, abateu-se uma terrível cólera. Resta-nos, mais uma vez, avaliar se também nós, somos capazes de resistir aos acenos dos nossos “vizinhos”, mesmo que sejamos levados à morte, pela causa de Jesus. A morte pode significar o desprezo de alguém, a perseguição, a rejeição social, o passar por alguma dificuldade financeira para não se corromper, o ter que trabalhar dez vezes mais para sobreviver, etc... Precisamos, portanto, estarmos atentos e firmes no nosso lugar e ter cuidado para que não sejamos atraídos pela filosofia do “bem bom”.- Como você se comporta em um lugar em que todos estão se embriagando?- O que você tem feito para fugir das maneiras atrativas de ganhar dinheiro?- O dinheiro de que você dispõe tem o carimbo do céu ou da terra?- Você tem feito algum esforço para ser fiel aos sacramentos e a vida de oração?

Salmo 118 – “Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa aliança!”

É nosso dever então, nos voltarmos ao Senhor e a Ele implorar o dom da fortaleza para que não caiamos nas sugestões daqueles que se aproximam de nós com maldade. Ó Senhor, dai-nos vida e santidade, que nós nos indignemos diante dos ímpios que abandonaram a vossa lei. Que possamos guardar a vossa aliança de amor dentro de nós a fim de que aconteça, na nossa vida, a vossa vontade. Libertai-nos da opressão e da calúnia para que possamos viver dentro do Teu amor eterno.

Evangelho – Lucas 18, 35-43 – “ à beira do caminho”

A leitura nos sugere que aquele homem não era um “cego de nascença”, mas era alguém que havia perdido a visão e não conseguia mais enxergar. E, que, apesar de não ver, ele estava atento ao que se passava ao seu redor quando a multidão que acompanhava Jesus passava por ele. Somos esse cego de Jericó quando nos perdemos de Deus, nos afastamos da vivência da Sua Lei, estamos mergulhados na escuridão do mundo e, por isso, não mais enxergamos nem vislumbramos as coisas como antigamente. No entanto, porém, poderemos ter a nossa visão restaurada se estivermos atentos (as), à passagem do Senhor. O cego de Jericó não via, mas ouvia e podia falar, por isso gritou apesar das pessoas mandarem-no calar-se: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Por causa da sua persistência e determinação, que são atitudes de fé, Jesus o curou da sua cegueira. Quando nós tomamos consciência de que estamos equivocados (as) e que precisamos de conserto, nós também não podemos nos acomodar na “beira do caminho”. Para que sejamos curados (as) da nossa cegueira momentânea ou do nosso entendimento deturpado, nós precisamos também parar para perceber a passagem de Jesus e gritar como o cego o fez: “Jesus, estamos aqui, precisamos te ver, precisamos te servir, cura a nossa falta de entendimento, converte o nosso coração”. O Senhor vai querer saber de nós o que nós desejamos que Ele nos faça. “Que queres que eu faça por ti?” A nossa resposta consciente determinará o grau da nossa fé no poder curador de Jesus. Não percamos a oportunidade, Jesus Cristo está passando por aqui, Ele está no meio de nós e traz a bênção que curará a nossa cegueira e renovará a nossa percepção das coisas do alto. – Você ainda está esperando Jesus passar ou você já percebe que Ele está perto de você e quer tirar todas as suas dúvidas? – Qual é a sua cegueira: o que você ainda não está entendendo? – O que precisa acontecer para que você saia do comodismo? – Você tem medo de que as pessoas o (a) mandem calar-se ou você tem coragem de gritar por Jesus mesmo que chame a atenção de todos?

Helena Serpa

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