sexta-feira, 31 de maio de 2013

Com que autoridade fazes essas coisas?-LEITURAS DO DIA- Helena Serpa



1 º de junho

Postado por JOSÉ MARIA MELO


Reflexão Pessoal – Eclesiástico 51, 17-27 – “em busca da sabedoria”

O homem busca a sabedoria, mesmo sem perceber nem transparecer. A sabedoria é o amor de Deus vivendo em nós, agindo através das nossas ações. A sabedoria é a manifestação Espírito Santo em nós, nos fazendo criaturas novas, nos ensinando a progredir na graça, nos levando a participar da natureza divina. A sabedoria é Jesus Cristo que vive em nós pela presença do Espírito Santo que continuamente nos transfigura de um grau de glória para outro, e por isso, vamo-nos tornando cada vez mais semelhantes a Ele. A sabedoria de Deus se revela através da Sua Palavra e quando a pomos em prática nós não somos confundidos nem nos confundimos. Com a sabedoria de Deus a nossa alma aprende a ser valente e cuidadosa. Buscar a sabedoria e com ela viver eternamente é o passo mais seguro para que tenhamos a alegria de seguir por um caminho reto, desde já. – Nas suas orações você tem pedido a sabedoria de Deus? – Você tem firme conhecimento do amor de Deus por você? – Você tem sabido viver com sabedoria? – O que você tem buscado na sua vida? – O que está faltando para que você seja mais feliz?

Salmo 18 – “Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.”

A lei do Senhor trás alegria ao coração de quem a cumpre. Ela é perfeita e foi gerada para nos dar uma vida digna de filhos e filhas de Deus Pai. O Senhor nos deu os mandamentos para nos conduzir por um caminho reto, isto é, sem percalços, sem indecisões. A lei do Senhor é luz para os nossos olhos que muitas vezes enxergam apenas trevas. Nós não sabemos, mas a nossa alma anseia por viver fielmente a lei de Deus. Viver os mandamentos da Lei de Deus é como viver na casa do Pai, no Seu amparo e proteção.

Evangelho – Marcos 11, 27-33 – “a autoridade de Jesus”

Muitas vezes Jesus agiu assim e com isso, Ele confundia ainda mais àqueles que armavam ciladas contra Ele. Jesus operava com sabedoria, porque tinha conhecimento da falsidade daqueles que o inquiriam. Seria fácil para Jesus dar uma resposta correta, porém Ele sabia que por mais que Ele esclarecesse as dúvidas, eles nunca iriam entendê-Lo, porque Ele falava das coisas que O Pai lhe revelara, coisas que os homens não entendem por si mesmo. Quantas vezes nós também fazemos perguntas a Jesus e não recebemos as respostas? Quantas vezes nós também abrimos a Bíblia querendo um retorno para as nossas indagações? E sabe por que também isso acontece conosco? Porque nós também não entenderemos quando Jesus nos falar de coisas que nós não queremos aceitar porque já temos uma opinião formada. Porque nós não nos abrimos ao Espírito Santo para compreender os mistérios de Deus e aceitá-Los, porque a mentalidade do mundo ainda é muito poderosa nas nossas ações. Precisamos desistir das nossas próprias opiniões para que as respostas de Jesus ecoem dentro de nós de uma forma convincente. – Você tem dado abertura ao Espírito Santo para que Ele elucide as suas dúvidas? – Quais as perguntas que você tem feito a Jesus? – Ele tem respondido? – Você tem entendido o que Ele fala? – Você é daquelas pessoas que abrem a Palavra esperando logo uma resposta que lhe seja agradável? – Você acredita que Deus fala com você?

Helena Colares Serpa,




quinta-feira, 30 de maio de 2013

Maria e a responsabilidade de ser a mãe de Jesus.-Alexandre Soledade



Bom dia!
Maria recebe de Deus um grande presente e uma grande responsabilidade – Ser a mãe de Jesus. O que se passou na cabeça daquela jovem, na fração de segundos entre a mensagem do anjo Gabriel e a resposta da mãe escolhida por Deus? Que reação temos ao sermos pegos de surpresa?
Sim! Tremem-se as pernas, pupilas se dilatam, o corpo se arrepia, nosso tempo de reação fica comprometido pela descarga de adrenalina na corrente sanguínea, a freqüência cardíaca dispara, ficamos pálidos e geralmente não conseguimos nem nos mover, outros apenas fogem. Numa situação fisiológica tão desconfortável e peculiar (ainda parece que é a noite) é que Maria recebe o anúncio.
O anjo a acalma, diz que nada há por temer, recebe o SIM da jovem e parte!
“(…) Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela“. (Lucas 1, 35-38)
Imagino agora a inquietação dessa serva ao saber o que lhe aconteceu por meio do Espírito Santo. Imagine alguém que passou numa prova, num concurso, no vestibular, [...] e que naturalmente quer que apareça, o mais rápido que possível, alguém para que possa contar a novidade e com ela celebrar. Lembrei dos meus familiares quando passei no vestibular… Estavam mais felizes do que eu, mas por que?
Porque olhavam para meu sucesso como se fosse deles. O que eu havia conseguido era uma vitória, mas para eles era o gol do time favorito numa final de campeonato. “(…) Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre”.
E foi assim que Isabel recebeu Maria. Isabel talvez se lembrasse das promessas de Deus para seu povo, lembrava das vezes em que foram infiéis; olhava para Maria, sua prima, e talvez pensasse: Ele nos perdoou! “(…) Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse”.
Isabel via naquele ventre a prova real que Deus não havia abandonado seu povo (para o Judeu, o maior bem que podemos querer, é sentir a presença de Deus). A alegria de sua prima se firmava, pois em meio ao domínio romano, da opressão, dos tantos deuses, da falta de fé, alguém conseguiu tocar a Deus, gesto este que outras santas mulheres, santas, pois tinham fé, conseguiram durante a missão de Jesus.
Sim! Do anúncio ao MAGNIFICAT foram poucos dias. Da possível dúvida que brotava de um coração humano, da angústia de ser mãe numa terra onde apedrejavam as adúlteras, de estar noiva de José e de portar em seu ventre a maior declaração de amor de Deus, foram poucos dias. Isso nos chama atenção ao fato de não podermos perder tempo. João Evangelista, mesmo tão querido e próximo a Jesus, levou quase sessenta pra entender do fundo de sua alma que Deus é amor!
Maria com seu “SIM” ensinou ao mundo a perdoar e esquecer o erro de EVA e a fraqueza de ADÃO. Fez acreditarmos novamente que nunca estamos sozinhos.
Maria foi visionária num tempo onde homens eram pequenos; foi destemida, pois não sabia as linhas escritas no seu destino. Amou uma criança, a fez homem, o viu pregar, anunciar, salvar, [...]. Jesus não passou num vestibular, mas creio que Maria, como mãe, ao vê-lo se tornar grande, se realizou em seu filho.
Santa Maria, mãe de Deus, Rogai por nós!
Um imenso abraço fraterno.



A sabedoria humana rejeita a Sabedoria Divina... -Diac. José da Cruz


SÁBADO DA OITAVA SEMANA DO TC 01/06/2013
1ª Leitura Eclesiástico 51, 17-27
Salmo 18 (19b),9 a “Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração”
Evangelho Marcos 11, 27-33

A sabedoria humana rejeita a Sabedoria Divina... -Diac. José da Cruz

Autoridade e Direito, eis aí duas palavrinhas perigosas, que quando mal empregadas e interpretadas, destroem ao em vez de edificar. Autoridade e direito não pode ser confundido com Autoritarismo, que leva a prática de um poder centralizador. Temos de um lado Jesus Cristo, Filho de Deus, revestido de todo poder e glória, mas que se rebaixou á nossa natureza humana, sem entretanto deixar de ser Deus.E de outro os príncipes dos sacerdotes, escribas e anciãos, defensores ferrenhos da tradição do antigo Israel, e que, por isso mesmo, falando em nome dessa tradição se tornaram autoritaristas com pleno direito sobre a vida do povo, por conhecerem a Lei e os Profetas (Torá), a última palavra eram sempre deles, todas as ações concernentes a prática religiosa, tinham de ter o aval desse grupo, tidos como sábios, guardiães da tradição e da lei, e que aproveitando-se desse status, impunham o seu domínio sobre o povo e não havia quem os afrontasse, isso é, que ousasse dizerem algo que contrariasse os seus ensinamentos. Até que surgiu Jesus de Nazaré, profeta ousado e corajoso, cuja sabedoria superava todas as demais, merecendo a atenção e a admiração do povo...
O que fazer quando alguém subestima nosso conhecimento e autoridade nos trabalhos pastorais? A estratégia utilizada pelos que exerciam o poder na comunidade de Israel era o questionamento. "Com que direito fazes isso? Quem te deu autoridade para fazer essas coisas?"

O direito emana do Poder, e quem tinha o Poder nas mãos eram eles, os Doutores da Lei, Escribas e Príncipes dos Sacerdotes. Em nossas comunidades o questionamento vai também nessa linha "Escuta, o Padre está sabendo disso?" ou "Você falou com o cooperador?" e ainda "O Coordenador autorizou?". Sem o crivo desses nada se pode fazer ou criar, e nem dar opinião. Quando se faz tal questionamento, é porque a Autoridade virou autoritarismo e aplica-se aquele ditado "Manda quem pode, obedece quem têm juízo..."

Jesus desmascara essa Sabedoria Humana, que quer manipular a Deus, e impor as coisas da terra, como superiores as do Céu.

E Jesus mostra como o sistema é frágil, quando indaga sobre o Batismo de João Batista, como se perguntasse aos "Donos e Mandatários da Religião", "Quem de vocês autorizou João Batista a pregar e batizar no deserto?". Os Sabichões percebem que, na armadilha que armaram para Jesus, iriam cair eles próprios, se respondessem que o poder e autoridade de João vinha do Céu, estariam legitimando o Messianismo de Jesus, se respondessem que era da Terra, arrumariam encrencas com o povo, que ouvia, respeitava e admirava João Batista porque viam nele o Profeta enviado de Deus.E pela primeira vez, os "Donos absolutos da verdade" tiveram que admitir que "Não Sabiam", mas fizeram isso diante do Mestre de todos os mestres, Jesus de Nazaré, nosso Deus e Senhor, diante do qual toda a sabedoria humana, mesmo a mais brilhante, é menos que um grão de areia da praia.



Bendita és tu entre as mulheres -TODAS AS LEITURAS DO DIA - Helena Colares Serpa


 Postado por JOSÉ MARIA MELO
 Visitação de N. Senhora

- Sofonias 3, 14-18 – “como nos dias de festa!”

Esta mensagem é para nós, hoje, um alento no meio das dificuldades que enfrentamos na vida quando cremos que nunca sairemos delas e não temos saída para as nossas aflições. È como uma injeção de ânimo para nos reabilitar e nos fazer ter esperança nas realidades que ainda não vemos, mas que esperamos. Há momentos na nossa vida em que ficamos presos no pecado, na culpa e não percebemos que para nós, também, a sentença foi revogada pelo Senhor que nos deu um Rei Poderoso que veio nos libertar. Portanto, ele também diz para nós: “Não temas, não te deixes levar pelo desânimo”; “o Senhor está contigo! É este o motivo pelo qual nós precisamos ter um coração sempre alegre e agradecido como num dia de festa. O Senhor é o nosso valente guerreiro e conquistou para nós a vitória. Ele está no meio de nós! Somos hoje a Cidade de Sião, Jerusalém, povo de Israel a quem Deus revogou a sentença que pesava contra ele. Apesar dos transtornos que o pecado nos acarreta, temos consciência de que somos mais que vencedores em Jesus Cristo. Ele veio para nos libertar por isso, não precisamos mais temer o mal. O Senhor nos livrará afastando de nós a desgraça para que ela nunca mais nos cause humilhação. Por isso, somos chamados a cantar de alegria e exultar de todo o coração. Jesus já veio, e já nos libertou dos nossos inimigos e, por isso, não precisamos temer nem desanimar. Este é, portanto, o motivo da nossa alegria. – Você se considera hoje essa pessoa, alegre e liberta do mal? – O que essa Palavra fala no seu coração? – Você se considera como a cidade de Sião, eleita pelo Senhor para ser feliz? – Em que consiste a sua felicidade?


Salmo Isaias 12 – “O Santo de Israel é grande entre vós”

Se nós somos como a cidade de Sião, todo o nosso ser deve se rejubilar pelas maravilhas que acontecem dentro de nós. No nosso interior há um universo de sentimentos, de pensamentos, de desejos, de motivações, de interesses que às vezes se confundem. Porém, quando o nosso ser como um todo elege a Deus Criador como o seu Senhor, aí então nós podemos ter harmonia interior e manifestar entre os povos a Sua glória. Então podemos exercitar a prática do louvor e do reconhecimento à grandeza de Deus, e assim, automaticamente nos apoderamos do Seu poder e da Sua grandeza. Desse modo nós nos tornamos homens e mulheres cheios de coragem e destemor, pois o Senhor é força, é poder e salvação.


Evangelho – Lucas 1, 39-56 – “ O Espírito Santo é a alegria de Jesus”

O Espírito Santo é quem realiza a obra do Senhor no nosso coração e é Ele quem nos faz sair de nós mesmos (as) para ir em busca daqueles que estão necessitados. Por isso Maria serve de exemplo para nós quando, apressadamente, se dirigiu à casa da sua prima Isabel levando no ventre o Filho de Deus sendo portadora da graça e da alegria do Espírito Santo. Plena do Espírito Santo Maria saudou Isabel e esta soltou um grande grito de alegria reconhecendo nela a Mãe do seu Senhor, portanto, bendita entre todas as mulheres. Assim sendo, o relato da visita de Maria a Santa Isabel nos faz reconhecer que ela é a portadora da alegria do Espírito Santo para nós e para a nossa casa. Cheios do Espírito Santo nós também podemos ser instrumentos de Deus na vida dos nossos irmãos e fazer com que se cumpram na vida deles os desígnios e os planos de Deus. Basta que nos ponhamos atentos e disponíveis, o Senhor nos usa para levarmos consolo, abrigo, alegria e solidariedade. Maria soube distinguir isto e não perdeu tempo, pôs-se a caminho das montanhas e esquecendo a glória de ser mãe de Deus se fez serva, auxiliadora, anunciadora e canal da alegria e da graça do Espírito Santo. Por este motivo nós reconhecemos Maria como a primeira discípula e missionária de Cristo e a primeira serva a levar a alegria de Jesus ao mundo! Por isso, Ela mesma se auto afirmou bem-aventurada, feliz, cheia de graças! Somos também bem aventurados (as) se acreditamos nas promessas do Senhor. O Espírito Santo é quem nos ensina a louvar a Deus e a manifestar gratidão pelos Seus grandes feitos na nossa vida, por esta razão também somos felizes. Assim como visitou Isabel, transmitindo a ela e a João Batista, o poder do Espírito, Maria hoje, também nos visita e traz para nós o Seu Menino Jesus, cheio da alegria do Espírito Santo que nos ensina a cantar, a louvar, a bendizer a Deus com os nossos lábios. – Reze com Maria, hoje: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!”- Você também se considera bem aventurado (a)? Você se sente comprometido (a) com Deus? - Você tem usado o Espírito Santo que mora em você para ir em busca daqueles que precisam ser amados e ajudados?- Imagine-se como Maria visitando hoje alguém que você sabe que está precisando de amor!

Helena Serpa


“MAS DIZE UMA PALAVRA E O MEU EMPREGADO FICARÁ CURADO!” – Olivia Coutinho


XI DOMINGO DO TEMPO COMUM
  
Dia 02 de Junho de 2013
 
 Evangelho de Lc 7,1-10
 
 
 A presença de Jesus no meio de nós significa a chegada de um tempo novo, a certeza de nunca estarmos sós!
Os sinais de libertação realizados por Jesus é a prova concreta da imensidão do amor Deus, afinal, Ele é o próprio Deus que se humanizou para ficar mais próximo de nós, respeitando a nossa liberdade, Jesus só  entra  na nossa vida, quando chamamos por Ele.
É a fé que nos torna dependentes de Deus, que nos faz ir ao encontro de Jesus!
A fé, não é algo que se tem e pronto, a fé é construção, uma construção que se desenvolve através de um processo lento, que vai se solidificando à medida que em nos deixamos inundar pelo amor de Deus.
Quem tem fé, nunca perde a esperança e nem se deixa abater diante às dificuldades, pois carrega consigo, a certeza de que em Deus, está o seu porto seguro!  
Precisamos a todo instante nos abastecer na fé,  pois a fé é o pilar que nos sustenta e nos torna suporte para o outro!
Em todas as suas ações libertadoras, Jesus sempre deixava claro, que cura de quem recorria a Ele, era fruto da fé. O que vem nos dizer, que a nossa libertação só acontece pelos  caminhos da fé!
O Evangelho de hoje, chega até a nós como um convite a refletirmos  sobre a essencialidade da fé, de uma fé que nos torna imbatíveis!  A narrativa nos mostra um belíssimo testemunho de fé, que encantou Jesus! Um soldado romano, movido pelo amor ao próximo e a confiança no poder libertador de Jesus, pede a Ele, a cura de um de seus  empregados.
O texto nos chama a atenção  para três virtudes que devem nortear a nossa vida: FÉ, CARIDADE FRATERNA, E HUMILDADE.  
O soldado romano, embora não pertencesse ao povo  que  seguia  Jesus,  dá um grande testemunho de fé, ao acreditar, que bastava uma palavra de Jesus à distancia, para que  o seu empregado ficasse  curado. Intercedendo  em  favor do seu empregado, ele  dá também, um testemunho do seu amor ao próximo, e da sua  humildade ao reconhecer indigno de receber Jesus em sua casa.
Deste  episódio, podemos tirar uma grande lição: não é pela religião que se dá testemunho de fé, e sim, pela confiança no  poder de Deus.
A fé é um dom de Deus, cabe a cada um de nós, acolhe-la, reconhecendo as nossas fragilidades  na certeza de que, em Deus, está a nossa verdadeira segurança!
 Fé e vida são inseparáveis! Viver a fé, é cuidar da vida, é ser vida para o outro,  é  ter a certeza deque somos amados e conhecidos intimamente pelo Pai!
Ter fé, é acreditar naquilo que não se vê, é  caminhar como se visse o invisível!
Exercitemos pois, a nossa fé, através da oração, da reflexão da palavra, da vivencia em comunidade e principalmente através eucaristia.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia

Visitação de Nossa Senhora á Santa Izabel-Lucas 1, 39-56- Diac. José da cruz


 31/05/2013
1ª Leitura   Sofonias 3, 14-18
Salmo Isaias 12,6b “É grande no meio de Vós o Santo de Israel”
Evangelho Lucas 1, 39-56 - ano C
Muitas vezes me perguntei, o que teria Maria ido fazer na casa de sua parenta Isabel, cujo caminho montanhoso era íngreme e distanciava mais ou menos 40 km de sua casa. Ela não foi sozinha, provavelmente acompanhou alguma caravana que seguia para aqueles lados, pois sozinha seria muito arriscado. A catequese Lucana nos dá a entender que Maria foi para servi-la, preocupada com a situação delicada da sua parenta, avançada em anos. Mas prestemos muita atenção na conversa dessas suas mulheres, nesse roteiro catequético muito bem preparado e magistralmente produzido por Lucas. 
O que teria a ver essa visita com a História da Salvação, e por que Lucas registrou em seu evangelho essa conversa entre Maria e Isabel ?  Isabel, estéril e avançada em anos, como nos o texto, é o resumo da História do Povo de Israel, que havia feito uma grande caminhada na História, animados pelas promessas de Deus, mas até aquele momento nada de especial tinham visto e mesmo os profetas, que eram os porta-vozes de Deus, há 300 anos  Deus não suscitava profetas no meio do povo. Os mais céticos achavam que Deus havia se esquecido do seu Povo e não faltava os mais os mais incrédulos que diziam ser tudo aquilo das Promessas Divinas uma grande Lorota. Podemos dizer que nesse encontro de Maria e Isabel, Deus tomou a pena de novo para começar a reescrever a História, com o final do tempo das promessas e a chegada dos templos da Plenitude.
Maria é uma menina, que vai ser a primeira Discípula de Jesus, a primeira Cristã, a primeira Mulher do Povo da Nova Aliança. É a portadora do Germe Divino que Deus havia prometido. Podemos dizer que essa passagem é o epílogo de todo Antigo Testamento, e ao mesmo tempo o início do Novo. De um ventre seco e do seio de uma Virgem, de maneira prodigiosa  Deus interfere com o seu Espírito e a Fertilidade supera a esterilidade, o Possível Divino suplanta o impossível Humano.
Na resposta de Isabel ao Shalon desejado por Maria, quando chegou á sua casa, encontramos o Antigo Testamento, que exulta com o Novo. No vente de Isabel, João Batista, o último dos profetas do Antigo Testamento, manifesta alegria pela presença do Salvador.  Aquela que acreditou nas promessas é Bendita, porque agora, não só vai vê-las ser realizadas, mas terá o privilégio de participar delas. Quase nada poderia a pobre serva fazer, para que se cumprissem as Promessas Messiânicas feitas á seu Povo.  Quem era ela afinal? Apenas  uma adolescente, moradora de um Vilarejo montanhoso chamado Nazaré. Dela nada poderia  se esperar.
Também de nossas comunidades, principalmente as mais simples e pequenas, não se pode exigir nenhum grande empreendimento que mude os destinos da Humanidade. Mas é precisamente aí que Deus mora, plantando o Germe Divino, fazendo a Encarnação acontecer de Novo, trazendo uma grande e inexplicável alegria á nossa alma. Nos pequenos e nos simples, que confiam e esperam, tudo se renova e recomeça, a cada momento, a cada dia.



"CORPUS CHRISTI" - ano C - Helena Colares Serpa


Postado por JOSÉ MARIA MELO

30/05/2013 - 5ª. Feira – Dia de Corpus Christi - CORPO E SANGUE DE CRISTO

"CORPUS CHRISTI"

Texto retirado do site http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/insti.html

“Desde o tempo apostólico a Igreja instituiu a Festa do Corpo de Cristo, uma homenagem de gratidão a JESUS pela permanente presença Real em nosso meio. A Festa era celebrada na Quinta-feira da Semana Santa, pelo fato da Sagrada Eucaristia ter sido instituída por JESUS na Quinta-feira, durante a Ultima Ceia no Cenáculo, em Jerusalém, véspera de sua morte na Cruz. Todavia, como na Semana Santa celebramos a Morte e Gloriosa Ressurreição do SENHOR com a recordação de todos os abomináveis sofrimentos de JESUS, o espírito de tristeza domina a maior parte da liturgia. Por essa razão, na continuidade dos anos, a Igreja decidiu escolher outra data, para melhor e mais efusivamente homenagear o SENHOR e LHE agradecer todos os benefícios de Sua Admirável Obra Redentora. Assim, no ano 1246, por ordem de Sua Santidade o Papa Urbano IV, a celebração da Festa do Corpo de CRISTO foi inserida no calendário litúrgico para ser realizada na Quinta-feira, após o domingo em que celebramos a Festa da SANTÍSSIMA TRINDADE.”

Reflexão pessoal – 1ª leitura

– Gênesis 14, 18-20 – “pão e vinho, frutos do trabalho”

O pão e o vinho são figuras presentes desde as nossas origens como nos fala o Livro do Gênesis. Hoje, o pão e o vinho são frutos do trabalho do homem colocados à disposição de Deus para que sejam transformados no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. Contemplando a presença de Jesus Cristo nas espécies do pão e do vinho nós podemos também perceber qual tem sido a nossa participação na vida de Cristo e se estamos contribuindo para que o Seu projeto de salvação se propague aqui na terra. Como Abrão nós também somos abençoados quando colocamos nas mãos do Senhor os frutos do nosso labor. A Eucaristia é um milagre de Deus, alimento para nossa caminhada, prova do Seu amor e remédio para nossas enfermidades espirituais. Ela nos fortalece e ajuda a vencermos os desafios que nos são propostos para sermos protagonistas e canais da graça de Deus no mundo, pois Ele precisa da nossa contribuição para realizar milagres na nossa vida e na vida das pessoas a quem nós encontramos. – Você tem contemplado o milagre da presença de Deus na Eucaristia? – Qual o pão e o vinho que você tem ofertado ao Senhor? - A quem você tem oferecido os frutos do seu trabalho? - Quando você olha para Jesus Eucarístico você se vê em Cristo?



Salmo 109 – “Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque”

Este salmo exalta Jesus Cristo, Senhor e Rei que está assentado no Trono ao lado direito do Pai. O sacerdote é aquele que oferece ao Pai a oferta para o sacrifício. Jesus Cristo ao mesmo tempo é, OFERTA, ETERNO SACERDOTE e PRÍNCIPE VITORIOSO, que tem poder para ter domínio sobre todos os seres da terra e para abater o inimigo que tenta atrair os filhos de Deus. Ele foi gerado antes da Criação do mundo e tudo está sob o Seu controle. Que nós possamos permitir que Ele seja também o SENHOR das nossas vidas.

2ª leitura – 1 Coríntios 11, 23-26 – “a última ceia ”

São Paulo se reporta à última ceia, quando Jesus celebrando a Páscoa com Seus discípulos tomou o pão e o vinho deu graças e entregou-os para que eles comessem o Seu Corpo e bebessem o Seu Sangue já antecipando o que iria acontecer com a sua entrega na Cruz. Naquele momento Jesus pronunciou as palavras que, hoje, nos dão a certeza de que todas as vezes que participamos da Eucaristia nós comungamos o Seu Corpo e o Seu Sangue: “ISTO É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS. FAZEI ISTO EM MINHA MEMÓRIA”. “ESTE CÁLICE É A NOVA ALIANÇA EM MEU SANGUE. TODAS AS VEZES QUE DELE BEBERDES, FAZEI ISTO EM MINHA MEMÓRIA!” Assim, Jesus já proclamava a Nova e Eterna Aliança que iria ser perpetrada em favor dos homens. Por amor Jesus se ofereceu como alimento e bebida de vida plena para nós, por isso, o pão é verdadeira comida e o vinho verdadeira bebida. Jesus instituiu a Eucaristia que é memória da sua Paixão, Morte e Ressurreição para que nós nos apossemos da Sua graça e tenhamos a nossa alma fortalecida.

LEIA O TEXTO ABAIXO E MEDITE NO GRANDE PRESENTE QUE DEUS NOS DÁ, HOJE E PARA TODOS OS DIAS DA NOSSA VIDA.

Retirado do site http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/insti.html

“As palavras de JESUS são claras e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo ESPÍRITO SANTO no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original das mesmas espécies. Isto significa dizer, que verdadeiramente JESUS está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada Comunhão não pode e não deve ser considerada como um "símbolo" ou como uma "representação" do SENHOR, porque é ELE Mesmo. O SENHOR está Realmente Presente na menor fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da vida. Cheio de amor e misericórdia ELE Se apresenta modestamente numa partícula de trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade ELE esconde todo o seu poder e a sua divindade. Porque ELE quer que cada um de nós, O procure não com pompas e falatórios, mas com as próprias fraquezas e limitações. Assim, prostrados diante DELE, conscientes de nossa insignificância e de nosso nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera, para alcançarmos DELE as graças que emanam do Seu Divino e imenso Amor”.

Evangelho – Lucas 9, 11-17 – “O CORPO DE DEUS é alimento de todas as almas”

Neste Evangelho Jesus nos dá consciência de que o CORPO DE DEUS está à disposição para ser alimento de todas as almas em qualquer momento e em todas as circunstâncias da nossa vida, não importando se a hora já está adiantada. No entanto, Ele nos mostra que precisa de nós para que o milagre aconteça. Deus não quer agir sozinho! Quando acolhia as multidões e lhes falava do reino de Deus curando-as das suas mazelas físicas e espirituais, Jesus já sabia de que elas precisariam de alimento para o resto da caminhada. Sabia que somente a cura e o anúncio do reino de Deus não os sustentariam depois que saíssem dali. Sabia que com a chegada do fim do dia, ao entardecer eles iriam estar fracos. Por isso, Ele se voltou para os Seus discípulos, que já estavam fortes e bem alimentados, e deu-lhes instrução para que eles mesmos dessem de comer àquelas pessoas, dizendo: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Jesus sabia que os Seus discípulos tinham algo para oferecer, o que, mesmo sendo pouco, daria para nutrir uma multidão e, para muito mais. Eles, porém, subestimavam o que possuíam e apelavam para a maneira mais prática e confortável: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. No entanto, Jesus nem aventou com essa possibilidade e prosseguiu com as Suas instruções: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinqüenta”. E depois de tomar os cinco pães e os dois peixes que os discípulos colocaram à disposição, “Jesus elevou os olhos para o céu, abençoou-os e deu aos discípulos para distribuí-los à multidão”. É essa a metodologia de Jesus para nós, seus discípulos e discípulas: fazer-nos participantes dos Seus milagres entre os homens aqui na terra. Jesus poderia ter rogado ao Pai e do nada o milagre teria acontecido, no entanto, Ele nos mostrou que a nossa participação é imprescindível. A Sua Palavra nos serve de alimento e de instrução para que os prodígios aconteçam por meio de nós. A PALAVRA DE DEUS é alimento comparável AO CORPO E SANGUE DO SENHOR. Quando nós anunciamos a Palavra e a interpretamos sob a luz do Espírito Santo nós estamos saciando a fome de Deus que as pessoas têm. São, os nossos cinco pães e dois peixinhos os quais, colocamos à disposição para que Deus realize o milagre. Precisamos, no entanto seguir as instruções do Mestre e fazer com que as pessoas se assentem e formem grupos homogêneos, com a mesma disposição, com a mesma fome e vontade de se alimentar, com os mesmos objetivos e propósitos, do contrário estaremos “malhando com ferro frio”. Jesus não nos mandou distribuir alimento aleatoriamente, de acordo com a nossa vontade própria, apregoando o que nós pensamos e entendemos. Ele nos deu um caminho e nos instruiu a segui-lo. Assim com precisa de nós para alimentar o povo com a Sua Palavra, da mesma forma Deus precisa da nossa participação na Eucaristia quando o milagre da transubstanciação acontece. A nossa parte é ofertar a Ele a matéria do pão e do vinho que são os frutos do trabalho do homem. No entanto, não bastam apenas o pão e o vinho material, mas o nosso acolhimento espiritual manifestado pela fé na presença real de JESUS na HÓSTIA CONSAGRADA. SEM a nossa fé estaremos comungando inútil e indignamente. A fé é quem nos faz sair do nosso comodismo e vestir a veste de Cristo nos tornando um com Ele. – A sua alma precisa de alimento? – Aonde você tem ido buscar esse alimento? – Você tem conseguido “SENTAR” para participar da ceia? – Você tem ido aos lugares onde existe alimento? – Qual é a sua participação nos milagres que Cristo realiza na vida das pessoas? – Você se sente inserido neste mistério? – Você tem tido paciência com as pessoas que estão famintas de Deus e não sabem manifestar isto? – Como e que você conhece quando uma pessoa tem fome de Deus?

Helena Serpa

Fonte: Blog da Sagrada Família

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Fazer a Eucaristia e anunciar Cristo -João Paulo II


Homilia de João Paulo II


"Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha" (1 Cor 11, 26).

Com estas palavras, São Paulo recorda aos cristãos de Corinto que a "ceia do Senhor" não é apenas um encontro de convívio, mas também e sobretudo o memorial do sacrifício redentor de Cristo. Quem nele participa explica o Apóstolo une-se ao mistério da morte do Senhor, aliás, faz-se "anunciador" da mesma.
Portanto, existe um relacionamento muito estreito entre o "fazer a Eucaristia" e "o anunciar Cristo". Entrar em comunhão com Ele, no memorial da Páscoa, significa ao mesmo tempo tornar-se missionário do evento que tal rito atualiza; num certo sentido, significa torná-lo contemporâneo de todas as épocas, até que o Senhor volte.
Caríssimos Irmãos e Irmãs, revivemos esta maravilhosa realidade na hodierna solenidade do Corpus Christi, em que a Igreja não apenas celebra a Eucaristia, mas também a leva de forma solene em procissão, anunciando publicamente que o Sacrifício de Cristo é para a salvação do mundo inteiro.
Reconhecido por este dom imenso, ela reúne-se em redor do Santíssimo Sacramento, porque ali estão a fonte e o ápice do próprio ser e agir. Ecclesia de Eucharistia vivit! A Igreja vive da Eucaristia e sabe que esta verdade não exprime apenas uma experiência quotidiana de fé, mas encerra de modo sintético o núcleo  do  mistério  que  ela  mesma  é (cf.  Carta  Encíclica  Ecclesia  de  Eucharistia, 1).
Desde que, com o Pentecostes, o Povo da Nova Aliança "iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança" (Ibidem).
"Dai-lhes vós mesmos de comer" (Lc 9, 13).
A página evangélica que acabamos de escutar oferece uma imagem eficaz do vínculo íntimo que existe entre a Eucaristia e esta missão universal da Igreja. Cristo, "pão vivo que desceu do Céu", é o único que pode saciar a fome do homem de todos os tempos e em todas as regiões da terra.
Porém, ele não quer fazê-lo sozinho, e assim, como na multiplicação dos pães, envolve também os discípulos:  "Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os deu-os aos discípulos para que os distribuíssem à multidão" (Lc 9, 16).
Este sinal milagroso é figura do maior mistério de amor que se renova cada dia na Santa Missa:  mediante os ministros ordenados, Cristo dá o seu Corpo e o seu Sangue pela vida da humanidade. E quantos se nutrem dignamente à sua Mesa, tornam-se instrumentos vivos da sua presença de amor, de misericórdia e de paz.
"Lauda, Sion, Salvatorem...
Sião, louva o Salvador
o teu guia, o teu pastor
com hinos e cânticos".
Com íntima emoção, ouvimos ressoar no coração este convite ao louvor e à alegria. Contemplando Maria, compreenderemos melhor a força transformadora que a Eucaristia possui. Colocando-nos à escuta dela, encontraremos no mistério eucarístico a coragem e o vigor para seguir Cristo Bom Pastor e para O servir nos irmãos.


Na outra vida ninguém estará preocupado com bens materiais nem com a vida conjugal - José Salviano.


05 de junho
Mais uma armadilha que fizeram para pegar Jesus. Eles não desistiam. E desta vez escolheram aqueles que eram os representantes da classe alta. Os saduceus eram membros de um partido político-religioso cujos membros eram os ricos latifundiários (donos de terras) e "comiam juntos com os dominadores romanos", ou seja, eles colaboravam com os invasores romanos em troca de favores. Como vimos na leitura do Evangelho, eles inventaram um estória de sete irmãos que embora cheios de saúde, morreram um a um, porém antes esposaram a mesma mulher, de acordo com a lei do levirato (Dt 25,5-10). E mais uma vez Jesus desmascara os seus adversários mostrando a eles que na outra vida ninguém estará preocupado com bens materiais nem com a vida conjugal. O que permanece para a eternidade são os atos de amor que constroem a vida, e não os interesses econômicos com seu apego aos bens materiais.
Caros irmãos. Como é do nosso conhecimento, existem muitas pessoas que  levam a vida toda acumulando bens materiais como se fossem viver para sempre aqui na Terra. São pessoas que se especializam em multiplicar suas riquezas, sem sequer se preocupar com o destino da sua alma no pós morte. Como disse, procuram cada vez mais dinheiro como se fossem viver para sempre, e por uma ironia do destino, muitos deles morrem cedo, pois não se interessam em aprender como cuidar da sua saúde. Morrem cedo e deixam tudo para os outros, pois dessa vida não se leva nada. Vejam bem! Não cuidaram da alma, não cuidaram da saúde, e toda aquela riqueza conseguida com sacrifício e idolatrada por eles, ficará para os familiares, os quais vão esbanjar despreocupadamente, na maior alegria, pois para eles não custou nenhum sacrifício. Vou repetir aqui o que já mostrei em outra reflexão. Conheci um homem, que não viveu a vida, para poder guardar dinheiro. Nunca viajou, nunca foi ao cinema nem a uma festa, enfim, só acumulou dinheiro, apesar de ter um emprego  bem insignificante do ponto de vista social. Vivia com roupas sujas e mal-cheiroso.  Morreu e deixou para seus sobrinhos uma pequena fortuna, que foi desperdiçada em menos de um ano.
Não estamos condenando os ricos nesta reflexão. Só estamos colocando  a verdade para a gente pensar, refletir, e decidir se o estilo de vida que estamos levando está valendo apena. Se não está na hora de mudar de rumo, porque  o essencial é invisível!

Dai a César o que é de César-José Salviano


04 de junho

Os  fariseus "armaram uma" para pegar Jesus. Qualquer resposta do Mestre, o incriminaria, porém se Jesus fosse uma pessoa comum. Mas não o era. Logo percebeu que era uma armadilha para pegá-lo, um laço como ele disse. Só pela cara de fingidos. Ao dirigir as primeiras palavras a Jesus, já dava para entender que estavam agindo de má fé. Se Jesus dissesse que era injusto pagar imposto ao Imperador de Roma, os mandatários romanos  ali presentes, logo o enquadrariam  como revoltoso, e o jogariam contra o poder romano (que dominava a Palestina no tempo de Jesus), e Ele logo seria preso, e o seu plano de amor para conosco estaria terminado sem mesmo ter começado. Se Jesus dissesse que era justo pagar o imposto a César, imperador de Roma que ora dominava e oprimia aquele povo, este mesmo povo se voltaria contra Jesus chamando-o de traidor, e o exterminaria antes da hora. Para os fariseus, era a pegada perfeita que deixaria Jesus sem saída. Mas não sabiam que estavam brincando com o próprio Deus. E Jesus, simplesmente como em todas as vezes que tentaram pegá-lo, dá uma saída de Mestre!
"Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário...  ... De quem é esta imagem e a inscrição? De César... ... Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus."
Para o partido dos Zelotes e todos aqueles que faziam resistência ao domínio romano, a atitude de Jesus foi de uma covardia muito grande. Para eles, Jesus "amarelou", como dizemos atualmente no Brasil, quando alguém fica com medo e muda de idéia. Para os representantes do domínio romano na palestina, Jesus acabara de demonstrar que Ele não representava nenhum perigo à presença de Roma naquele lugar, e assim, deixa-o livre para ir e vir, e falar ao povo. Para nós, hoje, podemos interpretar a atitude de Jesus da seguinte maneira. Ele não tomou nenhum partido por que não era chegada a sua hora. Porque com certeza, iriam pegá-lo. Por outro lado, apesar de alguns socialistas e antiimperialistas terem ficado decepcionados com o Jesus histórico,o reino de Jesus não era deste mundo. Ele não se envolvia em questões políticas, como estavam esperando alguns, que Jesus teria vindo para libertá-los do poder romano. 
Nós também somos assim. Queremos um Jesus, um Deus que resolva os nossos problemas, não nos importando com aqueles que forem prejudicados. Deus é pai de todos nós. Não importando o partido político, o time preferido, se somos ricos, ou se somos pobres. Deus não toma partido nem tampouco discrimina ninguém. Pelo contrário, está sempre nos convidando a mudar de vida e a segui-lo.
Outro dia, um aluno me pediu para rezar para o time dele ganhar o campeonato paulista.  Era jogo de decisão e todos por aqui estavam muito tensos. Expliquei para ele que todos os torcedores tanto de um time como do outro, eram filhos amados de Deus. Pense comigo. Você tem irmão? Ele respondeu que tinha uma irmã. Veja. Como você se sentiria se Seu pai desse uma forcinha para que sua irmã ganhasse algum jogo contra você? Uma fera! Respondeu ele. Viu? Nesse caso, Deus simplesmente deixa acontecer, e que ganhe o melhor time, caso não haja marmelada. Olha só o que o garoto me disse: "Mas Deus vai assistir o jogo, né?"  Disse-lhe que Deus Vê tudo. Até a nossa conversa. Confesso que perdi a oportunidade de dar uma resposta melhor àquele menino.


Sal

A PARÁBOLA DA VINHA - Sal

03 de junho

Jesus inventou estórias que receberam o nome de parábolas, para explicar a sua mensagem ao povo simples como deveriam fazer para merecer o reino eterno. Com essas parábolas, ficava muito mais fácil do povo entender o que Ele queria dizer. Evidentemente, Jesus poderia se expressar com um palavreado todo  complicado, rico mais difícil de entender.
Irmãos. Que a nossa homilia que é uma catequese, não seja uma rajada de palavras difíceis que passarão por cima da cabeça dos fiéis sentados nos bancos   da igreja a olhar para você sem entender  absolutamente nada. Já tive um professor assim. Ele memorizava,  para não dizer  decorava, muitas palavras difíceis e as bafejava em cima dos alunos. Alguns ficavam se sentindo uns vermes por que achavam que era por ignorância própria o fato de não entender.  Outros, como eu, ficávamos revoltados e denominamos aquelas tais aulas de  "enrrolação"  geral.  Isso não é dar uma bola aula, mas sim, puro exibicionismo  intelectual, que não leva a nada, pelo fato de não ter atingido o público ouvinte,  de não  ter comunicado  ou transmitido o  conhecimento, como alguns sermões que já tive o desprazer de ouvir.   Nossa catequese tem de ser clara, objetiva, simples, com dinâmica, e acima de tudo, penetrante. Ela tem de balançar o ouvinte. Tem de tocá-lo profundamente com palavras simples do dia-a-dia da sua experiência vital. Seria uma afronta, falta de amor fraterno,  e anticristão, usar um palavreado difícil  quando me dirijo ao povo simples de uma comunidade semi distante dos grandes centros. Mesmo nos dirigindo a universitários, podemos aqui e ali, usar palavras que "rolam" na boca do povo.
Mas, qual é mesmo a mensagem que está por trás desta parábola. O que mesmo que Jesus queria dizer?  Bem. Ele aqui está criticando os chefes religiosos do templo de Jerusalém, sacerdotes e proprietários de terras. Na aplicação da parábola, entendemos assim:  Deus é o proprietário da vinha.  A vinha, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Tanto é que eles entenderam que Jesus estava falando  deles. E irritados,  procuraram prendê-lo.
Esta parábola, também pode ser lida assim: Deus é o dono da vinha; A vinha é o mundo; Os empregados enviados  a vinha são os profetas que foram mostos, o filho do dono da vinha é Jesus.
Então. Deus mandou ao mundo seus enviados,  os profetas que foram mortos.  Em seguida, Deus manda ao mundo seu próprio filho, que também foi morto.  O que Deus fará com aqueles que fizeram isto?

Sal

Os lavradores mataram os servos e o Filho do dono da vinha- Pe. José Cristo Rey

03 de junho


A liturgia da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.

Na primeira leitura, o profeta Isaías dá conta do amor e da solicitude de Deus pela sua “vinha”. Esse amor e essa solicitude não podem, no entanto, ter como contrapartida frutos de egoísmo e de injustiça… O Povo de Jahwéh tem de deixar-se transformar pelo amor sempre fiel de Deus e produzir os frutos bons que Deus aprecia - a justiça, o direito, o respeito pelos mandamentos, a fidelidade à Aliança.

Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos da cidade grega de Filipos - e todos os que fazem parte da “vinha de Deus” - a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno. São esses os frutos que Deus espera da sua “vinha”.

No Evangelho, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Critica fortemente os líderes judaicos que se apropriaram em benefício próprio da “vinha de Deus” e que se recusaram sempre a oferecer a Deus os frutos que lhe eram devidos. Jesus anuncia que a “vinha” vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que ele espera.
Primeira Leitura - Leitura do livro do profeta Isaías (Is 5, 1-7)
O encontro com o amor de Deus tem de significar uma efetiva transformação do nosso coração e tem de levar-nos ao amor, ao irmão... Quem trata os irmãos com arrogância, quem assume atitudes duras, agressivas e intolerantes, quem pratica a injustiça e espezinha os direitos dos mais débeis, quem é insensível aos dramas dos irmãos, certamente ainda não fez a experiência do amor de Deus.
Segunda Leitura - Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses (Fl 4, 6-9)
Os cristãos não são pessoas fracassadas, alienadas, falhadas, mas pessoas com um objetivo final bem definido e bem sugestivo. O caminho de Cristo é um caminho de dom e de entrega da vida; não é um caminho de tristeza e de frustração.
Por quê, então, a tristeza, a inquietação, o desânimo com que, tantas vezes, enfrentamos as vicissitudes e as dificuldades da nossa caminhada?
Porque é que, tantas vezes, saímos das nossas celebrações eucarísticas cabisbaixos, intranqüilos, de semblantes tristonhos e ar irritado?
Os irmãos que nos rodeiam e que nos olham nos olhos recebem de nós um testemunho de paz, de serenidade, de tranqüilidade?
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 21, 33-43)
A parábola fala de trabalhadores da “vinha” de Deus que rejeitam o “filho” de forma absoluta e radical. É provável que nenhum de nós, por um ato de vontade consciente, se coloque numa atitude semelhante e rejeite Jesus.
No entanto, fica a pergunta no ar: As propostas de Jesus são, para nós, valores consistentes, que procuramos integrar na nossa existência e que servem de alicerce à construção da nossa vida, ou são valores dos quais nos descartamos com facilidade, sob pressão de interesses egoístas e de acomodação?
Comentário Quem são os amos da Vinha?
A tentação permanente de quem tem o “poder” é: apoderar-se do que não é seu! Isto se passa quase imperceptivelmente do serviço à posse. Os melhores servidores ou servidoras - se não prestarem atenção - acabam convertendo-se em proprietários ou proprietárias. E isso é muito perigoso!

Jesus exagera ao máximo essa possibilidade. Na parábola nos fala de "um proprietário" que plantou uma vinha e de alguns "lavradores" que trabalhavam na vinha. Estes, ao chegar o tempo da vindima (colheita das uvas), se apropriaram dela e começaram a impor seu poder, acabando com todos os que eram enviados a ela, até com o Filho do proprietário. Ao final estavam sós, impondo sua ditadura! ... Porém, fica no ar a grande pergunta: "quando voltar o dono da vinha, o que fará com aqueles lavradores?”

Todos nós somos Igreja! As mulheres e os varões! Os laicos e os ministros ordenados! Os seculares e os religiosos! Os jovens e as crianças, os adultos e os anciãos! Os casados e os celibatários! Os africanos, os asiáticos, os americanos e os europeus! Os grupos e os movimentos poderosos e também as comunidades pequenas sem muitos recursos! Todos nós somos Igreja, todos somos a Vinha amada de Deus! Nada, ninguém, senão Jesus é o centro da Igreja. Nada, nenhum grupo, deveria usurpar aquilo que foi concedido a todos em herança. Somos Corpo e cada um de nós é o membro. Cada um tem sua função, mas ninguém, nenhum grupo, deve “suplantar" aos demais. É necessário criar espaços para que todo o corpo funcione evitando áreas de paralisia, ou áreas de competitividade que elimina o "outro."

Os do "ordeno e mando", os que sempre tem razão, quem impõem seu poder, que introduzem uma ditadura na Vinha do Senhor e querem monopolizar tudo, absorver tudo, dirigir tudo, não completam a vontade do Proprietário. São como os lavradores da parábola. Sempre me pergunto: como é possível que em uma grande comunidade de irmãos, todos ungidos pelo Espírito de Deus, tenha alguns que se sintam tão "privilegiados" que querem supor que eles ou elas tenham toda a razão e que os demais devam aplaudir e aceitar o que eles dizem? Como é possível tanta hipocrisia, como para condenar os que não pensam como eu ou como o meu grupo, sem descobrir minha fraqueza, meu pecado e minha mentira? Ouço muitos irmãos e irmãs, em muitas partes da Igreja, reclamar de pequenas ditaduras às que são submetidos e que fazem a vida eclesiástica muito difícil; se sentem estranhos na própria casa, espancados na Vinha.

Não se pode impunemente dizer "em nome de Deus!", "em nome de Jesus Cristo!" para impor o próprio ponto de vista, para condenar o oponente, para defender interesses muito particulares. Se alguma vez se diz, que seja com medo e tremor. É que o Espírito envia mensagens e mensageiros que nós não esperamos. O mesmo Filho de Deus chega a nós com formas inesperadas, com expressões novas. Quem é movido pelo Espírito de Deus a reconhecem e acolhem.

Abbá nosso, como é fácil nós apropriarmos de teus dons! E quando isso acontece, não damos glória a Ti, mas nós apropriamos de tua Gloria. Tu nos amaa todos "Vinha tua”, sem lavradores proprietários... Todos nós somos partícipes da comunhão no serviço. Livra a tua Igreja de toda a ditadura, dos maus pastores que utilizam teu santo nome para impor sua vontade. Purifica os poderes, santifica os poderes, humaniza os poderes... que teu Espírito nos conceda o crescimento. Dá viabilidade também aos "novos poderes carismáticos" com que agracias a tua vinha: que sejam acolhidas e acolhidos os teus enviados... Com elas e eles nos chega teu Filho Amado, o que unicamente proclamamosnosso Senhor!.

José Cristo Rey Garcia Paredes

Mataram o próprio filho do dono da vinha - Pe. Fernando Torres


03 de junho

 

A liturgia de hoje imagem da "vinha de Deus" para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.


No Evangelho, Jesus retoma a imagem da "vinha". Critica fortemente os líderes judaicos que se apropriaram em benefício próprio da "vinha de Deus" e que se recusaram sempre a oferecer a Deus os frutos que Lhe eram devidos. Jesus anuncia que a "vinha" vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que Ele espera.

Portadores da Salvação
Hoje as leituras novamente falam sobre as vinhas. É que Jesus era um homem do campo e, ainda que seu pai fosse um artesão, tinha vivido desde pequeno os trabalhos e esforços que necessitava o campo para dar seu fruto. No mundo agrícola Jesus encontra suas melhores comparações. Também se inspira nas histórias do Antigo Testamento. Sem dúvida Jesus conhecia o texto de Isaías que hoje se proclama na primeira leitura.

A história de amor entre o amigo e a vinha. Os cuidados contínuos para que aquela vinha desse os melhores frutos. Mas também a decepção porque à hora da colheita, a vinha, mal agradecida, não deu uvas senão agraço (uvas verdes). E, depois, a declaração final: a vinha é a casa de Israel. Deus desperdiçou seu amor. Deu-lhes uma terra, protegeu-os de seus inimigos, fez-lhes seu plantel preferido. Mas não responderam como Deus esperava. Não produziram direito senão assassinatos, justiça senão lamentos. 

Uma história algo diferente

Jesus também fala de uma vinha. A história tem um começo similar, mais em seguida há uma mudança importante. De alguma maneira o papel protagonista não o tem a mesma vinha como na leitura de Isaías senão os lavradores aos quais lhes foi encarregado cuidar da vinha. Na parábola de Jesus não se diz que a vinha não tenha dado frutos. Mais se supõe que os deu. A ênfase se põe na atitude dos lavradores que pretendem por todos os meios ficar como proprietários não só dos frutos mais também da vinha. A vinha é o Reino e Jesus declara ao final que tirará estes lavradores e entregará a vinha a um "povo que produza seus frutos". 

A mudança que faz Jesus não é acidental. Jesus está falando aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo. Sentiam-se provavelmente os donos da vinha. Eram os chefes religiosos e morais do povo. Eles sabiam que o mau comportamento do povo tinha provocado o castigo de Deus mais nunca a perda definitiva de seu favor. Eles seguiam sendo o povo eleito. 

A promessa é para todos 

Porém, Jesus faz uma proposta diferente. A promessa de Deus é para todos os povos. O Reino não conhece fronteiras. O povo eleito não se diferencia dos lavradores aos quais encarregará de cuidar da vinha e que devem entregar os frutos há seu tempo. O povo eleito é portador de uma promessa de salvação e de vida para todos os povos. Está claro que o povo eleito, a comunidade dos seguidores de Jesus, não são os proprietários da promessa. Nem sequer pode-se pensar que eles mesmos "são" a promessa. Precisamente Jesus diz aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo que se quiserem se tornar donos do que não é deles, se não entregam os frutos devidos há seu tempo, vai procurar outro povo que se encarregue da promessa. 

Mensageiros da boa nova 

As conseqüências são simples de entender. Hoje a Igreja é depositaria do Evangelho, da boa nova da salvação para todos, homens e mulheres. Mas não é a proprietária. A Igreja está ao serviço do Reino e não vice-versa. Deus convidou-nos a todos, bispos e laicos, sacerdote e religiosos, a trabalhar em sua vinha. Que significa trabalhar aqui?Levar a boa nova a todos os que nos rodeiam e convidar a todos a participar da alegria da salvação, curar feridas e reconciliar corações, promover a dignidade das pessoas e a justiça e se aproximar, sobretudo, dos que estão mais afastados e excluídos do banquete da vida. 

Hoje as palavras de Jesus já não se dirigem aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo. Hoje se dirigem a nós. E nos chama a sermos responsáveis. Se nos entrega o tesouro, devemos cuidar dele. Esse tesouro produz a paz – três vezes repete-se "paz" na segunda leitura – e a justiça. E esse tesouro não é para nós senão para o mundo.Nós somos depositários e portadores. Adiante!
Fernando Torres