Bom dia!
Estudos revelam que Betsaida era uma
colônia de pescadores de onde provavelmente Pedro, João e Felipe eram oriundos.
Muito mais que um pequeno povoado, Betsaida era talvez uma região repleta de
povos e, portanto culturas diferentes. Jesus apresentava essa terra a eles.
Imagino a situação em especial dos três
apóstolos que retornavam àquela localidade. Se trouxermos a mente o dizer
popular “santo de casa não faz milagres” o que se poderíamos esperar daquela
população quanto o retorno deles? Acolhimento? Esperança? Fé? Não!
Jesus também hoje nos envia na frente.
Para alguns Ele destina, inicialmente, locais desconhecidos, mas para outros
como Pedro, Felipe e João, a sua ou nossa própria comunidade, aqui represento o
nosso trabalho, na minha escola, em minha casa. É verdade que já passam em
nossos pensamentos o como seríamos (ou como somos) recebidos por eles, mas uma
coisa fica meio que esquecida em virtude do medo – a mochila vazia com que
parti, já não está tão vazia assim.
Imagine um (a) filho (a) que saiu de
casa e foi fazer faculdade em outra região e que anos depois retorna a sua
casa, já formado. Alguém conhecido desde criança que retorna.
Sim, aos nossos olhos já notamos as
transformações nas feições e nos traços que o tempo e a maturidade lhe
impuseram, mas somente quando o (a) ouvirmos falar é que saberemos o que
carrega; pelas suas novas ações é que saberemos o quanto suas atitudes mudaram.
Aqueles três apóstolos já haviam presenciado tantas coisas, aprendizados foram
feitos e até bem pouco tempo viram cinco pães alimentar 5 mil. É impossível ser
o mesmo que partiu.
Do projeto ao destino final de cada
sonho poderemos encontrar dificuldades. Tempestades de pensamentos; ventos
contrários que podem significar o medo e a resistência as novas responsabilidades
que estão por vir, entretanto deve ficar um ensinamento: Em meio às
tempestades, Jesus vem sempre sereno caminhado sobre as águas!
“(…) Respondeu-lhes Jesus: “TENDE FÉ EM
DEUS. Em verdade vos declaro: todo o que disser a este monte: Levanta-te e
lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo
o que disser, OBTERÁ ESSE MILAGRE. Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na
oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado”. (Marcos 11, 22-24)
O que isso tem haver com a epifania?
Recorde que essa manifestação do poder de Deus sobre a física que conhecemos
aconteceu pela não hesitação. Voltar a sua terra, a um povo tão descrente
(remando contra os ventos e enfrentando o mar arredio) é muito além de um gesto
heróico, mas de quem acredita no que fala. Dar de cara com os que nos conhecem
poderá de fato revelar a epifania de Jesus em minha vida, pois para
convencê-los teremos que ter muito mais que palavras… O nosso semblante deverá
resplandecer a epifania.
É comum ver jogadores de futebol,
cantores, artistas, pessoas famosas que após anos e anos de boemia e noitadas
de repente se dão conta que andam sozinhos e remando contra os ventos… Jesus
sereno anda sobre as águas e sobre eles!
Outro exemplo esta naquele que a vida e
as más escolhas que teve lhe apresentaram vícios, sofrimento, angústia e
solidão. Por estarem anos e anos “remando” já não tem mais forças, pararam no
meio do mar da vida, já não são donos do seu destino, são passageiros desse
barco que vão conforme a correnteza o leva. Sobre esse Jesus também quer
chegar.
Não leremos sobre isso essa semana, mas
todo esse “sofrimento” no mar da Galiléia pela salvação de um único homem do
outro lado da praia. Alguém que deve ter tocado Jesus pela fé. Alguém que em
suas orações clamava um milagre. “(…) Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: –
Coragem, sou eu! Não tenham medo”! Estou chegando! Já cheguei!
É para eles que devemos apresentar a
vitória e a epifania reveladas em nossa vida
Mantenha a fé! Todo sofrimento tem um
motivo do outro lado da praia. Seja a epifania.
Um Imenso abraço fraterno!
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