Quinta-feira, 11 de outubro
Evangelho - Lc 11,5-13
Alexandre Soledade
Bom dia!
Sim! Deus dará tudo
que for pedido, mas como diria Paulo, nem tudo nos convém. De forma alguma
estou contradizendo a promessa de Jesus, mas acredito que o Senhor tenha o fino
trato de saber o que nós realmente precisamos e se os nossos motivos valem o resultado.
Daí surge os grandes dilemas que envolvem a nossa fé.
“(…) Tudo me é
permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei
dominar por coisa alguma“. (I Coríntios 6, 12)
Minha avó sempre
afirma que se fosse mais jovem faria muitas coisas diferentes, fatos talvez que
foram mal pensados e talvez realizados e idealizados pelo ímpeto dos nossos
quereres; alimentados pela velocidade que propõe e pede a juventude.
A física explica
que um objeto no topo de uma cachoeira esta repleto de energia potencial, ou
seja, prestes a acontecer e gerar movimento. Quantos de nós também no topo da
idade ou da maturidade não fomos nada além de potenciais por causa do nosso
ímpeto, de nosso orgulho, da nossa vaidade? Muitos não conseguiram transformar todo
o potencial em movimento.
A pedra no topo da
cachoeira somos nós. Se dermos um “passo” passaremos a ganhar movimento, e este
será inevitável e sem volta. Mover-se denota vontade, perseverança e opinião.
Quantas pessoas precisam muito de algo, mas não se movem? Quantos passam
silenciosamente por sofrimentos que seriam resolvidas, ou pelo menos atenuados
com um pedido de perdão, um abraço, atenção?
Não são os pedidos
realizados que demonstram nossa fé, mas sim a nossa fé por si só e essa só
acontece quando transformamos essa energia potencial em movimento, em ação, em
oração, em louvor, em acolhimento, (…). Foi a fé persistente que moveu o
coração do homem para mesmo cansado levantar-se e abrir a porta. Essa fé que
move a Deus não se compra sendo assim difícil de acreditar naqueles que
“vendem” na TV esse Deus comercial.
“(…) A oração é uma
busca constante de viver na presença de Deus e procurar estar em diálogo com
ele para que ele nos ajude em nossas necessidades, mas devemos nos lembrar das
palavras de são Tiago: pedis sim, mas pedis mal, pois não sabeis o que pedir.
MUITAS VEZES PEDIMOS, E PEDIMOS MUITO, MAS NÃO PEDIMOS O QUE DEVERÍAMOS, NOSSOS
PEDIDOS SÃO MESQUINHOS, MATERIALISTAS E VISAM SIMPLESMENTE A SATISFAÇÃO DE
INTERESSES PESSOAIS E IMEDIATOS, não sabemos pedir os verdadeiros valores, que
são eternos, não pedimos a salvação, o perdão dos pecados nossos e dos outros,
não pedimos pela ação evangelizadora da Igreja, pela superação das injustiças
que causam guerras e tantos sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação
do Espírito Santo em nossas vidas”. (Reflexão proposta da CNBB)
Um imenso abraço
fraterno.
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