segunda-feira, 14 de junho de 2021

o tesouro está no coração-Helena Serpa

 

18 DE JUNHO DE 2021

 

6ª. FEIRA DA DÉCIMA PRIMEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

Cor: Verde

1ª Leitura - 2Cor 11,18.21b-30

 

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 11,18.21b-30

Irmãos: 18Já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21bO que outros ousam dizer em vantagem própria, 
eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 
22São hebreus? Eu também. - São israelitas? Eu também. 
- São da descendência de Abraão? Eu também. 23- São servos de Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto mar. 26Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, 
perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. 27Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28E, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as igrejas! 29Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30Se é preciso gloriar-se, 
é de minhas fraquezas que me gloriarei! Palavra do Senhor. 

 

Reflexão – “enfrentando barreiras”

Talvez, por causa incompreensões dos seus próprios companheiros, São Paulo continua o seu desabafo e faz desfilar todas as grandes dificuldades pelas quais teve que passar a fim de ser fiel ao chamado de Cristo. Neste relato nós percebemos que ele foi perseguido até pelos seguidores de Cristo que não o legitimavam, por causa do seu passado. Na nossa vida também sempre há barreiras que se propõem a nos afastar da nossa verdadeira conversão. Às vezes, o nosso passado também nos condena porque não fazemos parte do bloco escolhido antes ou por não termos correspondido logo ao nosso chamado. Deus nos chamou desde o nosso Batismo para sermos Seus filhos e filhas, no entanto, não assumimos logo a nossa real condição.  Precisamos, porém, estar firmes e convencidos de que fomos comprados pelo sangue precioso de Cristo e batizados na Sua Morte e Ressurreição. Pelo nosso Batismo nós também somos chamados a viver a nova vida no Espírito Santo e, portanto, possuímos na nossa carteira de identidade do cristão, todas as características próprias do seu seguimento, inclusive as tribulações. Portanto, é fiel ao seu chamado todo aquele (a) que continua de pé, apesar de toda oposição. Em Jesus nós recebemos a graça da disposição para sermos fracos  com o  fraco , solícitos com os necessitados, mesmo que estejamos no mais “alto posto” hierárquico. Em Jesus nós também recebemos a força para enfrentar “trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, jejuns, frio e nudez!” Portanto, ninguém pode nos deslegitimar mesmo que no passado nós não tenhamos sido fiéis ao nosso Batismo. – Você tem convicção de que foi chamado (a) por Deus para construir o Seu reino aqui na terra? – Você tem consciência da graça que recebeu no Batismo? – Você se admira quando é perseguido (a) na sua resolução de ser cristão? – Você tem cedido às provocações ou permanecido firme no seu ideal? 

 

 

Salmo - Sl 33,2-3. 4-5. 6-7 (R. Cf. 18b)

R. O Senhor liberta os justos de todas as angústias!


2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,* 
seu louvor estará sempre em minha boca. 
3Minha alma se gloria no Senhor;* 
que ouçam os humildes e se alegrem!R. 

4Comigo engrandecei ao Senhor Deus,* 
exaltemos todos juntos o seu nome! 
5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,* 
e de todos os temores me livrou.R. 

6Contemplai a sua face e alegrai-vos,* 
e vosso rosto não se cubra de vergonha! 
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,* 
e o Senhor o libertou de toda angústia.R. 

 

Reflexão - Faz parte da nossa vivência de filhos e filhas de Deus a conscientização de que Ele nos ampara em todas as situações da nossa vida. Por isso, mesmo antes que sejamos afligidos nós já podemos bendizê-Lo incessantemente. Não precisamos nos abater quando sobre nós vier a angústia, pois o Senhor já ouviu o nosso grito de louvor e já tomou providências a nosso favor. O nosso louvor engrandece o Senhor e nos alegra o coração. Louvemos o Senhor!


Evangelho - Mt 6,19-23

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 6,19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:  19Não junteis tesouros aqui na terra,  onde a traça e a ferrugem destroem, 
e os ladrões assaltam e roubam.  20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu,  onde nem a traça e a ferrugem destroem,  nem os ladrões assaltam e roubam.  21Porque, onde está o teu  tesouro,  aí estará também o teu coração.  22O olho é a lâmpada do corpo.  Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado.  23Se o teu olho está doente,  todo o teu corpo ficará na escuridão.  Ora, se a luz que existe em ti é escuridão,  como será grande a escuridão.  Palavra da Salvação. 

 

Reflexão – “o tesouro está no coração”

As nossas boas ou más ações, o amor ou o desamor com que vivemos têm origem a partir dos nossos pensamentos, das nossas deliberações e resoluções.  No nosso coração nós abrigamos os nossos desejos, anseios, ideais, sentimentos. É nele onde é forjada a nossa mentalidade, o sentido pelo qual agimos e fazemos as coisas.   O nosso ideal de vida e o objetivo das nossas ações darão o rumo da nossa caminhada, para o céu ou para fora dele. É de dentro do nosso coração também que refletimos a luz que ilumina as nossas ações e reações. A nossa maneira de ver e entender as coisas, a nossa visão espiritual e emocional, dá o sinal para que saibamos se a luz que existe em nós, é escuridão ou é fulgor e limpidez.   Nós precisaríamos ter consciência de que as coisas pelas quais lutamos diariamente, assim como também o que vivenciamos e experimentamos são responsáveis pela nossa qualidade de vida aqui na terra. Se trabalharmos e lutarmos por muito dinheiro, sucesso, status, se nos esbaldarmos para adquirir bens materiais que nunca alcançam a marca do chegar, isto é, que não têm um limite, nós estamos sendo inconsequentes, perseguindo um alvo ilusório que não tem consistência e no final da nossa vida restará somente o vazio. Por isso, diante dos conselhos de Jesus nós precisamos identificar com muita sinceridade qual o tesouro pelo qual nós estamos trabalhando e, se os bens que nós buscamos com tanta ansiedade, são verdadeiramente os que a nossa alma anseia ou apenas fazem parte dos desejos da nossa humanidade. Precisamos discernir se estamos amealhando dentro do nosso coração bens duradouros ou se estamos fazendo dele (coração), um celeiro das coisas que só nos servem para esta vida terrena. Se estivermos vivendo assim, com certeza, o tesouro, material que perseguimos deve estar ocupando um espaço precioso que deveria ser preenchido com os valores que permanecerão conosco até o céu.     Nós juntamos tesouro na terra quando procuramos agradar o mundo vivendo em função daquilo que ele valoriza como o dinheiro, a fama e o poder e esquecemo-nos de viver o amor, a fraternidade e a justiça.   – Onde está o seu coração? – Qual o tesouro que você está guardando nele? – Qual é a sua razão de viver e de lutar? – Qual é a visão que você tem do mundo e das pessoas? – Você vê de acordo com a ótica de Deus? –  Para você o que é que tem valor neste mundo? – Você tem consciência da brevidade da sua vida? – Os bens que você tem amealhado têm serventia para a outra vida?

 

 

 

Um comentário:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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