quinta-feira, 17 de junho de 2021

-NÃO JULGUEIS!-José Salviano

 

21 de Junho de 2021-Ano B

 

Evangelho Mt 7,1-5

 


Evangelho - Mt 7,1-5

Tira primeiro a trave do teu próprio olho.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,1-5

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
'Não julgueis, e não sereis julgados.
Pois, vós sereis julgados
com o mesmo julgamento com que julgardes;
e sereis medidos, co a mesma medida com que medirdes.
Por que observas o cisco no olho do teu irmão,
e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho?
Ou, como podes dizer ao teu irmão:
'deixa-me tirar o cisco do teu olho',
quando tu mesmo tens uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho,
e então enxergarás bem
para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Palavra da Salvação.

Infelizmente todos nós julgamos o irmão e a irmã. Uns mais, outros menos, mais todos fazemos isso. E às vezes,  a nossa desculpa  é que estamos fazendo correção fraterna, ou que estamos defendendo os interesses da empresa, da família, do Reino de Deus, da Igreja, dos padres, etc.

Ora, a correção fraterna deve  ter uma mão dupla de diálogo. Pois é preciso considerar a opinião do outro, é preciso  escutar o por que ele fez tal tipo de coisa. E muitas vezes, ele agiu daquele modo, por que foi pressionado, ou por que não tinha para onde correr, ou por motivos de força maior, como a fome, a sede, o desespero, etc.

Mais não!  A nossa pressa de apurar os fatos, nos conduz a uma atitude de puro julgamento do irmão.

Irmãos. Nós  precisamos considerar, que a correção fraterna deve ocorrer num clima de democracia, onde precisamos considerar que existe a nossa opinião, a opinião do irmão em questão, e a opinião verdadeira.  E esta opinião verdadeira, é a opinião do Evangelho, a opinião de Jesus. Imaginemos que Jesus esteja do nosso lado, ouvindo o nosso debate, a nossa discussão. O que Ele diria?

'Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós sereis julgados
com o mesmo julgamento com que julgardes.

Caríssimas e caríssimos. Da próxima vez que formos corrigir um nosso irmão, estejamos abertos para ouvir  os seus motivos pelos quais ele agiu daquele modo.  Não nos esqueçamos da presença de Jesus do nosso lado.

Jesus nos mostra hoje por meio deste Evangelho, que geralmente os nossos defeitos podem  ser até maiores que os defeitos daquelas ou daqueles aos quais fazemos severas críticas.

Quando criticamos negativamente uma pessoa, estamos querendo dizer com essa nossa atitude, que somos bem melhores do que ela, ou mesmo perfeitos, capazes de corrigir a todos. Que bobagem!

Na verdade isso não passa de uma demonstração de fraqueza da nossa parte, pois no fundo, podemos mesmo é estar  com inveja da pessoa a qual colocamos muitos defeitos. 

É assim que funciona a nossa miséria humana, o nosso psiquismo. Infelizmente!

E gostamos de fazer isso, para impressionar os amigos e amigas na rodinha da fofoca, na festa ao ver alguém chegando, lá no bar, no encontro dos alterocopistas, (levantadores de copos) e assim por diante.

 

Somos especialistas em julgar pessoas, e fatos. Principalmente com a desculpa de que estamos agindo em nome do Evangelho, em nome da verdade, e da justiça. É preciso tomar muito cuidado com nossas atitudes a esse respeito, para que não corramos o risco de nos condenar. Pois, na  verdade nos esquecemos  sempre que também somos humanos, e cheios de defeitos. E partimos para o julgamento das pessoas, como se fôssemos juízes universais, como se tivéssemos o direito de condenar as pessoas que estão fazendo coisas erradas.

           

Com a intenção de nos mostrar como perfeitos aos olhos dos demais, muitas vezes concentramos as nossas energias, as nossas conversas em redor do mesmo assunto. Criticar, e  apontar defeitos, com a desculpa de que estamos buscando a correção, em prol de uma administração adequada, produtiva  e  eficiente. 

           

É verdade que Jesus nos ensinou a combater as injustiças, é verdade que precisamos corrigir os erros das pessoas, mas precisamos arrumar um jeito de fazer tudo isso como Jesus o fez. Com muita caridade. Lembrando sempre que  amigo é aquele que vê os nossos defeitos, cita-os para nos corrigir fraternalmente e em seguida nos perdoa.   

 

Assim como o  limiar da justiça e da vingança , o limite entre o bem e o mal ,  polícia e bandido, estão próximos, a distância entre defender a justiça e julgar com nossos próprios conceitos, é apenas um pulo. Não podemos nos esquecer que também somos seres imperfeitos que cometemos erros uns atrás dos outros, e que não somos melhores que ninguém.

 "Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão."

 

Falar mal por falar mal, para nos mostrar melhor, perfeitos, e superiores, não é uma atitude de cristão, mas sim, pelo contrário, estamos mostrando a nossa fraqueza, nossa frustração, nossa inveja, numa atitude de competição desleal, numa atitude de quem não tem competência de ser melhor, e para compensar essa deficiência, procura desvalorizar os demais, principalmente aqueles que são do  mesmo nível que nós.

 

Cuidado! Quem nos escuta falar mal de uma pessoa pode pensar: ele ou ela também será capaz de falar mal de mim para as pessoas.

 

Vamos administrar, combater as injustiças e  corrigir fraternalmente, mas não nos esqueçamos da caridade!

 

 

 

Tenha um bom dia. José Salviano

 

 

 

 

3 comentários:

  1. José Salviano, você é muito importante para Deus, para nós e para a Igreja, com certeza é apenas uma provação que, com Deus você vai VENCER, para continuar com esse trabalho bonito, útil e necessário para a nossa VIDA. SAÚDE e PAZ pra você e tua família!!! 🙏🙌🛐🌹

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  2. Força, irmão! Deus é contigo! Não sei qual seu problema, mas Deus sabe. Estarei, junto com minha família em oração por sua saúde. Abraço fraterno.

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  3. Vamos sim está em orações José Salviano.
    Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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