quinta-feira, 17 de junho de 2021

12o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente

 

 

Evangelhos Dominicais Comentados

20/junho/2021  -  12o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Mc 4, 35-41)

 

À tarde daquele dia, Jesus disse aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado do mar”. Eles despediram a multidão e levaram Jesus no barco em que estava. Havia ainda outros barcos com ele. Nisto levantou-se uma grande tempestade que lançava as ondas dentro do barco, de sorte que ele já se enchia de água. Jesus estava na popa, deitado num travesseiro. Eles o acordaram e disseram: “Mestre, não te importas que vamos morrer?” Jesus acordou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Calma!” O vento parou e se fez grande calma. E Jesus disse aos discípulos: “Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?”  Tomados de grande medo, diziam uns aos outros: “Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?”

 COMENTÁRIO

 

O evangelho deste domingo nos chama à realidade. É uma forte sacudida em nossa fé. Na verdade, usando uma linguagem bem popular, este evangelho é um belo "puxão de orelhas" para cada um de nós.

 

Marcos faz questão de dizer que Jesus está deitado, porém junto, no mesmo barco e bem ao lado dos seus discípulos. Vem a tempestade e com ela vem também o medo dos ventos fortes e das ondas que ameaçam naufragar a embarcação e afogar toda tripulação.

 

Este evangelho tem tudo a ver com o nosso dia-a-dia. A cena é de desespero geral. Cada um gritava mais que o outro e, pelas palavras que usaram, tinham a certeza que Jesus não estava nem aí com tudo aquilo que estava acontecendo.

 

"Mestre, estamos afundando e o Senhor não se importa?!" Esse desabafo é a grande prova de que os apóstolos ainda não conheciam Jesus verdadeiramente. Até aquele instante, pouco ou nada haviam entendido de tudo que Ele dissera, de tudo que ensinara.

 

Certamente não tinham ainda a menor noção de quem era Aquele que ali estava. Simplesmente porque quem conhece Jesus, não se desespera, não sente medo. Acredita que não morre jamais aquele que está ao lado do Mestre, mesmo que aparentemente o Salvador esteja “dormindo!”

 

Foi muito alto o preço da salvação, por isso Jesus não "cochila" um só instante. Ele permanece em vigília durante as vinte e quatro horas do dia. Ama e cuida das suas ovelhas. Para preservá-las de todo mal, não desvia sua atenção um só segundo.

 

Por outro lado, Ele também quer provas concretas de que acreditamos nisso. Continuamente nos apresenta oportunidades para que possamos demonstrar nossa fé. Deixa acontecer tempestades e espera que as adversidades e as turbulências nos façam crescer.

 

O Mestre está sempre ao nosso lado e confia em nós. Precisamos também acreditar, pois o nosso dia-a-dia é um mar bravio, cheio de ondas perigosíssimas prestes a nos envolver e afogar. Quem não estiver no mesmo barco de Jesus, afunda e perece.

 

Estar no mesmo barco de Jesus significa caminhar com Ele, lutar com todas suas forças, e acreditar que juntos, podemos silenciar o vento e a maré da desigualdade, da injustiça e da exclusão. Jesus tem toda razão ao chamar-nos de medrosos e descrentes. Quem tem fé, vê no Mestre a segurança necessária para a travessia.

 

Coragem!!! Quem navega com Jesus tem poder para acalmar os ventos e acabar com as ondas. Sabe que a onda do desemprego é superada através da partilha, da divisão de renda e de alimentos. As ondas de invasões de terras deixarão de existir quando o muito que sobra, para poucos, for distribuído entre os milhares que nada têm.

 

É bom lembrar que Jesus não está dormindo e que estamos sendo observados, permanentemente, por Aquele a quem até o vento e o mar obedecem.

 

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br  - 20/junho/2021

 

(08694) - Palavras de Vida       [367]

 

Décimo Segundo Domingo do Tempo Comum – 20/junho/2021

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

Loc – Bom dia para você que nos acompanha através das emissoras interligadas à Rede Imaculada de Comunicação!

 

Loc – A partir de agora apresentamos: Palavras de Vida!

 

Loc – Vamos juntos refletir e nos alimentar da Palavra de Deus deste domingo, dia do Senhor.

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

LocA liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum nos convida a meditar sobre o questionamento que, não raras vezes, nós nos fazemos: Será que Deus se preocupa com os nossos dramas e angústias? Onde Ele está nos momentos de sofrimento e de dificuldade que enfrentamos ao longo da nossa vida? Você já se fez essa pergunta?

 

Então, vamos procurar respostas nas leituras de hoje:

 

 

1ª leitura  Jó 38, 1.8-11

 

A primeira leitura nos fala de um Deus majestoso e onipotente, que domina a natureza e que tem um plano perfeito e estável para o mundo. O homem, na sua pequenez, nem sempre consegue entender a lógica dos planos divinos; resta-lhe, portanto, entregar-se nas mãos de Deus com humildade e com total confiança. Convivemos diariamente com realidades positivas e negativas, com luzes e sombras. Normalmente, as sombras constituem uma fonte de preocupação e de inquietação. A violência traz sofrimento e insegurança; as novas doenças, tais como o Covid, geram inquietação; as catástrofes naturais nos fazem sentir impotentes e indefesos; as injustiças e arbitrariedades provocam revolta e descontentamento. Confusos e desorientados nos voltamos contra Deus. Por vezes, criticamos a sua indiferença diante dos dramas do mundo; outras vezes, sentimos a tentação de lhe mostrar como é que Ele devia atuar para que o mundo fosse melhor. Este texto do Livro de Jó que hoje meditamos, é um alerta para não exigirmos que Deus atue segundo a nossa lógica humana. Na verdade, o Deus que criou tudo o que existe, que conhece os segredos de cada uma das suas criaturas, que cuida de cada um de nós com cuidados de pai, não pode, nem quer ignorar nossos problemas. Ele tem um projeto coerente e estável, para o mundo e para todos os seus filhos e filhas. Deus está presente na história humana, sabe para onde caminhamos e nos conduz, através das armadilhas do dia a dia, ao encontro da realização plena, na vida definitiva.

 

 

Op - (02452) –  “Misericórdia infinita” 

 

 

Salmo 106 (107)

 

O salmo 106 é uma oração de agradecimento, celebrando quatro situações típicas. A situação difícil, o clamor, a libertação e o agradecimento. O agradecimento vem logo no início, talvez convidando as pessoas para testemunharem a libertação recebida. A situação de deserto pode referir-se tanto ao êxodo quanto à volta do exílio. A situação de prisão, mencionada nos versículos de 10 ao 16, pode significar tanto a escravidão no Egito, como o exílio na Babilônia. A libertação da doença, mencionada nos versículos de 17 ao 22, dá a entender que a doença é uma consequência do pecado, mas que pode levar à conversão. As quatro situações mencionadas proclamam a ação de Deus na história. Deus inverte as situações, derrotando os poderosos para libertar os pobres. O salmista conclui dizendo que quem é capaz de ler a história a partir das ações de Deus, torna-se sábio. Em outras palavras, tem a percepção da verdadeira fé.


Op - (01237) –  “Acreditar no coração” 

 

 

2ª leitura  2 Cor 5, 14-17

 

A segunda leitura garante que o nosso Deus não é um Deus indiferente, que deixa os homens abandonados à sua sorte. A vinda de Jesus ao mundo para nos libertar da escravidão do pecado e da morte, mostra que o nosso Deus é um Deus que nos ama e que quer nos ensinar o caminho da vida. Nesta segunda carta aos coríntios Paulo admite que, no passado, entendeu Cristo à maneira humana e não percebeu que a sua doação até à morte era expressão de um amor ilimitado. Porém, depois de se encontrar com Cristo ressuscitado na estrada de Damasco, Paulo passou a ver as coisas de forma diferente. Paulo quer anunciar que a adesão a Cristo faz desaparecer o homem velho e faz surgir uma nova criatura. Paulo experimentou o amor de Cristo e tornou-se uma nova criatura. Agora, ele sente que Deus o manda testemunhar essa experiência diante de todos os homens. Paulo afirma que o objetivo de Deus é fazer aparecer o Homem Novo e uma Nova Humanidade. A todos os homens e mulheres é pedido que aceitem a proposta de Deus, que aceitem renunciar à vida velha do egoísmo e da escravidão e que aceitem nascer, livres e transformados, para o amor que torna livre toda a humanidade.

 

 

Op - (02951) –  “Nascer de novo” 

 

 

 

Evangelho Mc 4, 35-41

 

No Evangelho, capítulo 4, versículos de 35 ao 41, Marcos nos apresenta uma catequese sobre a caminhada dos discípulos em missão no mundo. Aqui encontramos a resposta para a nossa dúvida quanto a presença de Deus em nossas vidas. Ao longo da sua caminhada pela terra, o homem não está perdido, sozinho e abandonado. Deus caminha ao seu lado, cuidando dele com amor de pai e oferecendo-lhe a cada passo a vida e a salvação. O evangelista nos garante que os discípulos nunca estão sozinhos enfrentando as tempestades que todos os dias se levantam no mar da vida. Os discípulos nada têm a temer, porque Cristo vai com eles, ajudando-os a vencer as forças que se opõem à vida. Imagine esta cena: um barco lotado, uma tempestade enorme, e Jesus dormindo, como se não estivesse preocupado com o bem estar e segurança de seus discípulos.  Não dá para acreditar que Jesus não estivesse em sintonia com seus seguidores. Por isso, mais do que a narração detalhada de uma viagem de Jesus com seus discípulos através do Lago de Tiberíades, o texto que Marcos nos apresenta deve ser visto como uma página de catequese. Marcos escreve numa época em que a Igreja de Jesus enfrenta sérias tempestades, inclusive a perseguição de Nero e as dificuldades sentidas pelas comunidades em encontrar o caminho para o futuro. Marcos pretende dar sugestões a respeito do caminho a seguir. O caminho percorrido pela comunidade de Jesus em missão no mundo é, muitas vezes, um caminho marcado por duras tempestades. Quando a comunidade procura ser fiel à sua vocação e levar a libertação aos homens, confronta-se frequentemente com as forças que não estão interessadas em que o anúncio libertador de Jesus ecoe no mundo. Por isso, a comunidade de Jesus encontra, ao longo da sua caminhada, a oposição, a perseguição, as calúnias e até a morte. No entanto, os discípulos devem estar conscientes de que esse cenário é inevitável e resulta da sua fidelidade ao caminho de Jesus.

 

Op - (03084) –  “Acalmando a tempestade” 

 

Loc – Com os trabalhos técnicos de ..................... e apresentação de Jorge Lorente, nós encerramos a nossa meditação da Palavra de Deus. Obrigado por seu carinho e audiência. Palavras de Vida volta no próximo domingo neste mesmo horário. Continue conosco, em instantes estaremos rezando com você através das canções que falam de fé, amor e fraternidade. Deus abençoe seu lar e sua semana. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e salve Maria Imaculada!

 

 

 

 

Um comentário:

  1. Vamos sim está em orações José Salviano.
    Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

    ResponderExcluir