quarta-feira, 12 de maio de 2021

A hora da glorificação-Helena Serpa

 

18 DE MAIO DE 2021

 

3ª. FEIRA DA SÉTIMA SEMANA

 

DA PÁSCOA

 

Cor Branco

 

1ª. Leitura – At 20, 17-27

 

Leitura dos Atos dos Apóstolos 20,17-27

Naqueles dias: 17De Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja.  18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: 'Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus. 20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor. 
22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.  25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino.  26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – prisioneiro do Espírito
As palavras de Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso deixam o nosso coração cheio de zelo e de ardor e são para nós exemplo de como servir a Deus no anúncio do Evangelho de Jesus. São um verdadeiro testemunho do servo fiel que percebe claramente o momento em que vive e a missão que lhe foi confiada. Entregue ao Espírito que predizia lutas, cadeias e tribulações ele seguia de cidade em cidade passando por todas as provações possíveis, firmado na assistência do Espírito Santo que o preparava, orientava e guiava. O Espírito Santo não tira os obstáculos do nosso caminho, mas nos exercita para que possamos suportar a pressão. Paulo se dizia “prisioneiro do Espírito”, numa atitude de verdadeira humildade e submissão a Deus. Ele tinha um único objetivo: servir a Deus, testemunhando o Evangelho e anunciando a Salvação para todos os homens. No final ele sente-se à vontade e chama a atenção do povo: “eu não sou responsável se alguém de vós se perder, pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito”. Quando cumprimos fielmente com a nossa missão em qualquer trabalho que desempenhamos, fazendo a parte que nos cabe, também podemos ficar tranquilos em relação às pessoas a quem formamos, pois, o comportamento delas será um compromisso pessoal de cada um. À exemplo de São Paulo nós também podemos permanecer firmes no desempenho da nossa missão dando testemunho do Evangelho e da graça de Deus, não considerando a nossa vida preciosa para nós mesmos, mas colocando-a a serviço da Igreja de Jesus Cristo.  - Como você se sente em relação às recomendações de Paulo? – Você já entendeu qual o projeto de Deus para você? – O que você está esperando: um carro novo, um bom trabalho, sucesso, fama, uma esposa, um esposo? Mas o que será mesmo que o Pai preparou para você? – Reflita!

 

Salmo 67, 10-11. 20-21 (R. 33a)

 

R. Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

10Derramastes lá do alto uma chuva generosa, * e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;
11e ali vosso rebanho encontrou sua morada;* com carinho preparastes essa terra para o pobre. R. 

20Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, * o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! 
21Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador;* o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte! R.

 

Reflexão - O salmista conclama a todos os reinos da terra a cantar a bondade do Senhor que derrama lá do céu uma chuva generosa no chão do nosso coração a fim de nos restaurar para edificar o Seu reino de amor. A chuva que cai do céu é a graça do Senhor que se derrama copiosamente sobre nós. O Senhor carrega os nossos fardos e nos livra da morte eterna: “nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador”. Somente Ele tem o poder de nos livrar da morte eterna, portanto, cantemos ao Senhor, porque fazemos parte do Seu reino!

 

Evangelho – Jo 17, 1-11a

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,1-11a

Naquele tempo: 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: 'Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te
glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. 3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,
e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra
e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti
antes que o mundo existisse. 6Manifestei o teu nome aos homens
que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. 9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste,
porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti'.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “A hora da glorificação”

 Pai, chegou a hora!”   A hora de Jesus era justamente aquela em que iria ser consumado o plano de Deus para a humanidade e, então, o Pai glorificaria o Filho e o Filho glorificaria o Pai. Difícil de entendimento para nós que enxergamos a glória somente na hora da vitória. No entanto, vemos que há uma sintonia entre Jesus e o Pai na missão a que se propõem:  a de conceder a vida eterna a todos aqueles que o Pai confia ao Filho. Por isso, Jesus, percebendo a hora em que iria ser sacrificado, se despede dos Seus discípulos com uma belíssima oração de intercessão a Deus Pai para que todos nós tivéssemos a oportunidade de conhecê-Lo e assim nos apropriar do Seu plano de salvação. O Plano de Deus para cada um de nós é a vida eterna, perfeita comunhão com Ele, felicidade desde já e a bem-aventurança na outra vida. Deus Pai confiou a nossa vida a Jesus Cristo, deste modo, a condição para que ela seja conservada é a fé em Jesus Cristo e no mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Recebemos a vida nova de Jesus quando Ele foi glorificado depois que passou pela Cruz. Se não acreditarmos e não acolhermos o novo nascimento proporcionado por Jesus, nós perderemos a vida eterna. Assim como também, só alcançaremos a glória eterna, se nós nos fizermos um com Jesus e o Pai pelo poder do Espírito Santo.  Todos os que creem, acolhem e reconhecem como verdadeiras as Palavras de Jesus, o Enviado do Pai, estão aptos a entrar na vida eterna. Jesus rogou pelos que eram Seus, mas olvidou o mundo que não crê, questiona e se distancia de Deus e, por isso mesmo, vive na escuridão. Estamos no mundo, mas não somos do mundo e o nosso destino é a casa do Pai, morada que Jesus conquistou para nós.  – O que você entende por “vida eterna”? – Você acredita que Jesus rogou por si também? – Você acolhe no coração, como num terreno bom, os ensinamentos de Jesus? – Você tem certeza de que irá para o céu?

 

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