terça-feira, 13 de abril de 2021

3º Domingo da Páscoa-Jorge Lorente

 

Evangelhos Dominicais Comentados

18/abril/2021  --    Domingo da Páscoa

Evangelho: (Lc 24, 35-48)

 

Os discípulos de Emaús começaram a contar o que tinha acontecido no caminho e como reconheceram Jesus ao partir o pão. Enquanto falavam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Assustados e cheios de medo julgavam estar vendo um espírito. Mas ele lhes disse: “Por que estais perturbados e por que estas dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e pés; sou eu mesmo! Tocai-me e vede: um espírito não tem carne nem ossos como eu tenho”. Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. Como ainda assim, dominados pela alegria, não acreditassem e permanecessem surpresos, perguntou-lhes: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” Então lhe ofereceram um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois lhes disse: “Isto é o que vos dizia enquanto ainda estava convosco: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos a meu respeito”. Então Jesus abriu-lhes a inteligência para compreenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim estava escrito que o Cristo haveria de sofrer e ao terceiro dia ressuscitar dos mortos e, começando por Jerusalém, em seu nome seria pregada a todas as nações a conversão para o perdão dos pecados. Vós sois testemunhas disso”.

 

COMENTÁRIO

 

O Evangelho de hoje é riquíssimo em sua mensagem. Vamos juntos ressaltar alguns momentos para a nossa reflexão: Primeiro, vamos analisar o comportamento dos discípulos que se dirigiam para Emaús.

 

Estavam arrasados, cabisbaixos e sem rumo. Evidentemente tinham bons motivos para se sentirem assim. Voltavam para as suas terras, derrotados. Suas vidas já não tinham mais sentido. Não havia mais motivo para lutar.

 

O Mestre, em quem tanto acreditavam, o Messias que viria para aniquilar o inimigo, aquele que iria exterminar os romanos opressores, estava morto. Parecia que ninguém estava se importando com eles. Todos os sonhos e castelos se desmoronaram. Caminhavam conversando sobre isso, quando Jesus lhes aparece e anda com eles os quilômetros restantes. Caminharam vários quilômetros, lado a lado com Jesus, e não o reconheceram.

 

Quantas vezes nos comportamos da mesma maneira. Parece que nada mais tem jeito e que tudo se acabou. Andamos quilômetros e quilômetros, dias e dias cabisbaixos, sem rumo e totalmente descrentes, sem perceber que Jesus caminha conosco. O Mestre está ao nosso lado pronto, até mesmo, para nos carregar no colo, e não pedimos ajuda, pois não o reconhecemos.

 

No entanto, ao repartir o pão, os discípulos reconheceram Jesus. Através da Partilha Jesus se manifesta e mostra sua presença. É assim mesmo, só podemos reconhecer Jesus e sentir sua presença na partilha, na distribuição do pão e dos dons.

 

Para se fazer conhecer, Jesus pede algo para comer. Se alguém duvida, aí está a grande prova de sua presença. Jesus se manifesta no pedinte. Ao repartir com o faminto e maltrapilho, ao dividir com o marginalizado, com o doente e com o excluído, fatalmente nos deparamos com Jesus. 

 

Finalizando, Jesus se coloca no meio de seus discípulos e lhes deseja a paz. Essa saudação de Jesus não é mera formalidade. A Paz de Jesus é alegria da alma, é paz interior. Paz é vida em plenitude, é comunhão, respeito, liberdade e cidadania.

 

Essa é a Paz de Jesus. Custe o que custar, essa é a paz que devemos buscar. Entretanto, é preciso estar preparado, pois na luta pela paz vamos encontrar milhares de obstáculos. As grandes potências, a indústria da guerra, os interesses econômicos e políticos não respeitam a vida e matam em nome da paz.

 

Por tudo isso, não é fácil a tarefa de quem luta pela paz. Talvez encontre a própria morte. No entanto, testemunhar e buscar a paz é missão do cristão. Alegre-se, portanto, com esta boa notícia: a morte não é o fim! É o começo da verdadeira vida! Por isso, não tenha receio em lutar por justiça, pois a Glória Eterna é o verdadeiro e único fim para quem caminha com Jesus.

 

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 18/abril/2021

 

 

(08694) - Palavras de Vida       [358]

 

Terceiro Domingo da Páscoa – 18/abril/2021

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

Loc – Bom dia para você que nos acompanha através das emissoras interligadas à Rede Imaculada de Comunicação!

 

Loc – A partir de agora apresentamos: Palavras de Vida!

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

LocVamos iniciar nossa meditação com um questionamento; com algumas dúvidas que nós trazemos, aqui dentro do coração: Será que Jesus ressuscitou verdadeiramente? Como é que podemos fazer uma experiência de encontro com Jesus ressuscitado? Como é que podemos mostrar ao mundo que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação? São estas questões que a liturgia do terceiro Domingo da Páscoa procura responder. 

Vejamos as leituras de hoje:

 

Primeira leitura At 3, 13-15.17-19

 

A primeira leitura tirada do livro dos Atos dos Apóstolos nos apresenta o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação. Pedro e João convidam os seus ouvintes a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz. Dirigindo-se aos israelitas, Pedro dá a entender que o gesto libertador que beneficiou o homem coxo foi realizado em nome de Jesus. Pedro mostra que o projeto de Jesus continua a se realizar e demonstra que Jesus está vivo. Enquanto percorreu os caminhos da Palestina Jesus manifestou, em gestos concretos, a presença da salvação de Deus Pai entre os homens. Se essa salvação continua a se derramar sobre as pessoas doentes e privadas de vida e de liberdade, é porque Jesus continua presente, nos oferecendo a vida nova e definitiva. Os discípulos são os agentes através dos quais Jesus continua a sua obra libertadora e salvadora no mundo. No seu testemunho, Pedro começa referindo-se aos dramáticos acontecimentos que culminaram na morte de Jesus. Explicando a rejeição da proposta salvadora de Deus por parte dos israelitas. Deus ofereceu-lhes a vida e eles escolheram a morte; preferiram preservar a vida de Barrabás que trouxe a morte e condenar à morte alguém que oferecia a vida. Deus, no entanto, ressuscitou Jesus, demonstrando como a proposta que Jesus veio apresentar é uma proposta geradora de vida. O apelo ao arrependimento e à conversão que aparece no discurso de Pedro nos lembra a necessidade de reavaliarmos as nossas opções e deixarmos de lado o egoísmo, o orgulho e o comodismo. É preciso que, em cada instante da nossa vida, nos convertamos a Jesus e aos seus valores, numa disponibilidade total para acolhermos os desafios de Deus e a sua proposta de salvação.

 

Op - (03930) –  “Conversão”  3’ 38”

 

Salmo 4

 

O salmo quatro é uma oração individual de confiança, na qual o pobre adquire forças para enfrentar os inimigos e encorajar assim seus próprios companheiros. As dificuldades já enfrentadas e superadas, pelo salmista, fazem perceber que Deus é de fato o defensor do pobre. Aos companheiros desanimados, o salmista aconselha que reflitam pessoal e comunitariamente, para então reencontrar a confiança no Senhor. E, finaliza dizendo que, ao invés de invejar e cobiçar a abundância dos ricos, o pobre deve saber que somente o Projeto de Deus poderá trazer-lhe segurança e a verdadeira felicidade.

 

Op - (03722) –  “Conversão”  4’ 01”

 

Segunda leitura 1Jo 2, 1-5

 

A segunda leitura tirada da primeira carta de João lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu. Essa coerência deve manifestar-se no reconhecimento da fragilidade humana e num esforço de fidelidade aos mandamentos de Deus. Vamos analisar e refletir estas palavras de João: “Aquele que diz conhecer Jesus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele”. Na linguagem bíblica, conhecer a Deus não é ter um conhecimento teórico e abstrato, mas é viver em comunhão íntima com Deus, numa relação pessoal de proximidade, de familiaridade e de amor sem limites. Ora, quem disser que mantém uma relação de proximidade e de comunhão pessoal com Deus, mas não quer saber das suas propostas e muito menos de colocá-las em prática, é mentiroso. Por isso, o cristão deve estar ciente de que conhecer a Deus exige atitudes concretas que passam pelo ouvir, acolher e viver as propostas de salvação que Deus nos faz, através de Jesus. O cristão é aquele que aceitou o convite de Deus e assumiu o compromisso de conduzir sua vida na retidão. Não é possível comprometer-se com Deus e conduzir a sua vida por caminhos de orgulho e de indiferença. A vida do cristão não pode ser vivida sem vibração, acomodada e envolvida com falcatruas, corrupção, jogos de oportunismo e de interesses; mas tem de ser uma vida consequente, comprometida e exigente. 

 

Op - (01114) –  “Venha conhecer Jesus”  2’ 40”

 

Evangelho Lc 24, 35-48

 

No Evangelho de hoje, através do cap 24, versículos de 35 ao 48, Lucas nos assegura que Jesus está vivo e continua a ser o centro ao redor do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto, no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço, que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Depois desse encontro, os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus Ressuscitado, diante dos outros homens e mulheres. Vamos, portanto, ressaltar aqui aquela nossa dúvida: a ressurreição de Jesus teria sido uma simples invenção da Igreja primitiva, ou então um piedoso desejo dos discípulos, na esperança de que aquela maravilhosa aventura que viveram com Jesus não terminasse no fracasso da cruz e num túmulo escavado numa rocha em Jerusalém? Pois é, a dúvida só tem sentido e é geradora de crescimento, se nós buscarmos a resposta no lugar certo. Por isso, não devemos buscar respostas em qualquer esquina. É, justamente, a esta questão que Lucas procura responder. Na sua catequese, Lucas procura deixar claro que a ressurreição de Jesus foi um fato real, verídico. No entanto, os discípulos só descobriram e experimentaram essa verdade, após um caminho longo, difícil, penoso, carregado de dúvidas e incertezas. Todos os relatos das aparições de Jesus ressuscitado falam das dificuldades que os discípulos sentiram em acreditar e em reconhecer Jesus ressuscitado. Essa dificuldade deve ser histórica e significa que a ressurreição de Jesus não foi um acontecimento cientificamente comprovado e registrado pelas objetivas dos fotógrafos ou pelas câmeras da televisão. Nos relatos das aparições de Cristo ressuscitado, os discípulos são apresentados como um grupo desconfiado e exigente, que só acabou reconhecendo Jesus vivo e ressuscitado depois de um caminho muito longo e difícil. O caminho da fé não é o caminho das evidências materiais, das provas palpáveis, das demonstrações científicas; mas é um caminho que se percorre com o coração aberto à revelação de Deus. Um coração pronto para acolher a experiência de Deus e a vida nova que Ele quer nos oferecer. Foi esse o caminho que os discípulos percorreram. No final desse caminho que, como caminho pessoal, para uns demorou mais e para outros demorou menos, eles experimentaram e acreditaram que Jesus estava vivo, que caminhava com eles pelos caminhos da história e que continuava a oferecer-lhes vida plena. É essa certeza que os relatos da ressurreição procuram nos transmitir. Na catequese que Lucas apresenta, Jesus ressuscitado confia aos discípulos a missão de anunciar o arrependimento e o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Continuando a obra de Jesus, agora a minha missão, a sua missão, enfim a missão do discípulo é eliminar da vida dos irmãos o egoísmo, o orgulho, a violência e propor aos homens e mulheres uma dinâmica de vida nova.

Op - (02869) –  “Aleluia, o Senhor ressuscitou”  2’ 52”

 

Loc – Com os trabalhos técnicos de ..................... e apresentação de Jorge Lorente, nós encerramos a nossa meditação da Palavra de Deus. Obrigado por seu carinho e audiência. Palavras de Vida volta no próximo domingo neste mesmo horário. Continue conosco, em instantes estaremos rezando com você através das canções que falam de fé, amor e fraternidade. Deus abençoe seu lar e sua semana. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e salve Maria Imaculada!

 

Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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