segunda-feira, 1 de março de 2021

O Pai sempre nos receberá-Helena Serpa

6 DE MARÇO DE 2021

 

SÁBADO DA SEGUNDA SEMANA

 

DA QUARESMA

 

Cor Roxo

1ª. Leitura – Mq 7, 14-15.18-20

 

Leitura da Profecia de Miquéias 7,14-15.18-20

14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; 15E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. 18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? - Ele não guarda rancor para sempre,
o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós,
esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. 20Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos. Palavra do Senhor.

 

Reflexão - “A autoridade de Deus se apoia no cajado da Sua misericórdia”

Todos nós queremos ver novos prodígios acontecendo na nossa vida e provar da misericórdia de Deus para com as nossas faltas. Entretanto, nos esquecemos de que a condição para que aconteçam na nossa existência os milagres dos quais precisamos é a nossa fé e a nossa conversão ao Senhor. O povo que retornava do Egito, através do profeta Miquéias implorava de Deus  a sua fidelidade às Suas promessas. Hoje também nós precisamos fazer votos de verdadeira conversão e absoluta fé nas promessas do Senhor convictos de que a Sua autoridade se apoia no cajado da Sua misericórdia.  A certeza de que Deus apaga a nossa iniquidade e esquece o nosso pecado daqueles nos dará ânimo e segurança para que retornemos ao caminho certo de onde saímos. Nós também vivemos no exílio do pecado, por isso, precisamos também nos considerar parte do resto do povo de Deus que caminha neste mundo em busca da pátria definitiva.  Este tempo de Quaresma é um tempo favorável para que   também façamos a nossa prece ao Senhor a fim de que Ele se compadeça de nós e nos faça dar passos de conversão e nos restabeleça em uma terra nova, reconhecendo os milagres e prodígios que Ele faz em nosso favor.  O grande milagre e o maior prodígio do Senhor é justamente o fato de Ele nos amar do jeito que   somos e nos perdoar quando reconhecemos o nosso pecado colocando o Seu coração contrito em favor da nossa miséria. - Você se considera propriedade de Deus?  Você sente a misericórdia e a compaixão de Deus? – Deixe-se apoiar no cajado do Senhor e que a Sua misericórdia visite a sua miséria.

 

Salmo 102, 1-2. 3-4. 9-10. 11-12 (R. 8a)

 

R. O Senhor é indulgente e favorável.

1Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores! R. 

3Pois ele te perdoa toda culpa, * 
e cura toda a tua enfermidade;
4da sepultura ele salva a tua vida * 
e te cerca de carinho e compaixão;R. 

9Não fica sempre repetindo as suas queixas, * 
nem guarda eternamente o seu rancor. 
10Não nos trata como exigem nossas faltas, * 
nem nos pune em proporção às nossas culpas. R.

11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, * 
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
12quanto dista o nascente do poente, * 
tanto afasta para longe nossos crimes. R.

 

Reflexão - Às vezes não acreditamos na misericórdia do Senhor porque duvidamos também de que ele possa esquecer por completo as nossas más ações do passado. Não entendemos que o amor de Deus é muito maior do que a nossa miséria. Precisamos sempre conscientizar a nossa alma dos favores do Senhor para que assim ela possa bendizê-Lo com convicção. Assim sendo, será mais fácil acolhermos a Sua indulgência.

 

Evangelho – Lc 15, 1-3.11-32

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 15,1-3.11-32

Naquele tempo:  1Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.  2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. 'Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.' 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11'Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. 
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'. 
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.  24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 
26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: `É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'. 
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: `Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 
30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'. 31Então o pai lhe disse: `Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 
32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'.' Palavra da Salvação.

 

Reflexão - “O Pai sempre nos receberá

Neste Evangelho Jesus nos dá uma demonstração de como é a mentalidade de Deus. O Pai sempre sente compaixão pelo filho que se arrepende. Todos nós, hoje, podemos nos considerar um filho pródigo, pois, vivemos fazendo as contas e pedindo a Deus a parte da herança que nos cabe. Saímos da casa do Pai onde temos à nossa disposição fartura de alimento e queremos saciar a nossa fome de felicidade desejando nos apossar de uma falsa liberdade, buscando no mundo a mesma comida que os “porcos comem. Quando nos afastamos de Deus e, arrependidos, queremos voltar, também nos enganamos, pois erroneamente entendemos que o Pai quer ter conosco uma relação de patrão e empregado. Voltamos querendo ser recebidos como empregado que regressa acabrunhado, sem direito nenhum, para somente receber um prato de comida e não percebemos que Ele está de braços abertos para nos receber como filhos amados, pondo à nossa disposição tudo quanto possui para festejar o nosso retorno com um banquete. Precisamos entender que em uma relação de Pai e filho, a todo o momento podemos ter acesso a nossa herança para usufruí-la de uma maneira que nos faça desfrutar a vida e ser feliz. Não precisamos de fazer cálculos exigindo a nossa parte como se fosse um salário que apenas serve para comprar coisas que não têm serventia, pois alimentam exclusivamente os desejos da nossa humanidade. O Pai sempre nos receberá!  O nosso arrependimento e humildade nos darão a garantia de que já fomos justificados e que o Pai nos acolhe com a Sua misericórdia. No entanto, estejamos conscientes de que quem não se arrepende não precisa ser perdoado. Às vezes nós somos o filho mais velho que não compreende o porquê da misericórdia de Deus para com os pecadores. Vivemos na casa de Deus como hóspede que não se sente à vontade nem se acha com livre-arbítrio de provar de tudo que o Pai põe ao seu dispor. E quando retorna o “filho pródigo”, nós também, não compreendemos a compaixão que o Pai tem para com ele e queremos que Deus faça tudo de acordo com a nossa “justiça”, que é injusta.  -  Você já experimentou voltar para Deus arrependido e humilhado? Como você se sentiu? – Quando você erra volta-se pra Deus com o coração de filho (a) ou de empregado (a)? – Você acha que o filho mais velho se comportou com a mentalidade de filho ou de empregado?

  

5 comentários:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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  3. José Maria Nascimento6 de março de 2021 às 06:13

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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  4. É bênção de Deus, as homilias, tds ótimos. Deus os abençoe.

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  5. Acompanho todos os dias suas reflexôes muito obrigado

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