4 DE MARÇO DE 2021
5ª. FEIRA DA 2ª. SEMANA
DA QUARESMA
Cor Roxo
1ª. Leitura – Jr
17, 5-10
Leitura do
Livro do Profeta Jeremias 17,5-10
5Isto diz o Senhor: 'Maldito o
homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o
seu coração se afasta do Senhor; 6como os cardos no deserto, ele não
vê chegar a floração, prefere vegetar na secura do ermo, em região salobra e
desabitada. 7Bendito o homem que confia no
Senhor, cuja esperança é o Senhor; 8é como a árvore plantada junto às
águas,
que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a
chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca
e nunca deixa de dar frutos. 9Em tudo é enganador o coração, e isto é
incurável; quem poderá conhecê-lo?
10Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que
dou a cada qual conforme o seu proceder
e conforme o fruto de suas obras. Palavra do Senhor.
Reflexão - “a árvore plantada junto às águas”
Fazendo o paralelo entre o homem que confia em Deus e a Ele entrega
a sua vida e aquele que se afasta do Senhor e põe a sua confiança nele ou em
outro ser humano, o profeta Jeremias coloca como protótipo disso uma árvore que
é plantada junto às águas e cujas folhas mantêm-se sempre verdes e os cardos do
deserto que não vêm chegar a floração. Fazendo esta comparação com a nossa vida
percebemos que é isso mesmo o que acontece quando estamos perto do Senhor e
quando Dele nos afastamos. Quando deixamos de confiar em Deus para confiar nos
homens, sobretudo, em nós mesmos, somos malditos, isto é, condenados a viver o
mal, o pecado, experimentamos o fracasso e entramos nas trevas. Do contrário, quando
nós nos voltamos para Deus e confiamos no Seu poder vitorioso, somos então,
benditos, isto é, motivados a viver o bem, a vida plena, a vitória e caminhar
sob a luz. Bendito, então é aquele que confia em Deus e não depende da força
dos homens! Cada um de nós, então, pode
fazer uma avaliação para observar em quem estamos pondo a nossa confiança para
chegar a uma conclusão se somos benditos ou malditos. As consequências dessas
duas condições manifestam-se dentro de nós, no interior do nosso coração: se temos
paz, esperança e fé, mesmo passando por dificuldades é porque somos como uma
árvore plantada junto às águas e, que se conserva verde até no tempo da seca e
nunca deixa de dar frutos. Por outro lado, a revolta, o desassossego, a ira, o
ressentimento e a murmuração são sinais sensíveis da nossa alma quando
colocamos a nossa confiança nos homens, nos negócios, nas facilidades da vida e
nos esquecemos de olhar para Deus. Assim sendo, tenhamos cuidado para não
colocar a confiança nas criaturas que passam, mas tenhamos sempre em mente que
o Senhor conhece as nossas necessidades e somente Ele poderá nos ajudar. – Qual
é a sua situação? - Você é como cardo no deserto ou como árvore plantada junto
às águas? - Nos seus empreendimentos e problemas em quem você confia mesmo? –
Você dá muito valor aos homens poderosos do mundo?
Salmo
1,1-2.3.4.6 (R. Sl 39,5a)
R.É feliz quem a Deus se confia!
1Feliz é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar. R.
3Eis que ele é semelhante a uma
árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
4Mas bem outra é a sorte dos
perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Reflexão - O salmo é uma confirmação da profecia de Jeremias. O
salmista faz uma comparação entre as pessoas que andam conforme os conselhos
dos perversos, isto é, dos homens que têm a mentalidade do mundo e as pessoas
que meditam na lei de Deus em todos os momentos da sua vida. Os que seguem a teoria do mundo são como a
palha seca que se espalha e é dispersa pelo tempo. Porém, os que andam segundo
a Lei do Senhor, prosperam e têm uma vida profícua, portanto, são felizes.
Evangelho – Lc
16, 19-31
+
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19'Havia um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas
esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas,
estava no chão à porta do rico. 21Ele queria
matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham
os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o
pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e
foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro
ao seu lado. 24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a
língua,
porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão
respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida
e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra
aqui consolo e tu és atormentado. 6E, além
disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não
poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até
nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu
pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham
também eles para este lugar de tormento'.
29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os
escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até
eles, certamente vão se converter'. 31Mas Abraão
lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão,
mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.'
Palavra da Salvação.
Reflexão – “é
tempo de nos apropriar dos terrenos do céu”
A vida aqui na terra é uma
oportunidade preciosa para que possamos nos apropriar dos “terrenos do céu”.
Esta parábola nos mostra claramente a situação do homem rico que viveu aqui na
terra aproveitando tudo o que possuía satisfazendo apenas o seu apetite humano
como se um dia não tivesse que se apartar do seu penhor e o pobre, que, por
força das circunstâncias teve uma experiência completamente oposta e provou das
agruras da vida por conta da sua completa miséria. Vemos, então, que os dois
poderiam ter sido instrumentos de salvação, um para o outro. O rico teve todas
as chances para bem viver com a sua riqueza fazendo dela um trampolim para
alcançar a vida plena depois que partisse para a outra existência. A conjuntura do rico e do Lázaro nos dá uma
amostra do julgamento de Deus. A salvação
que Jesus veio nos oferecer é algo pertinente à nossa vida, desde já. A nossa
vivência aqui na terra já pode ser um testemunho de que estamos salvos e um dia
iremos viver na companhia dos anjos ou no meio dos tormentos. Infelizmente,
muitos ainda não compreenderam isso, por isso, a parábola do rico e do Lázaro
nos mostra uma situação, ainda hoje, persistente dentro da nossa realidade de
vida. Porém, não podemos nos confundir achando que a riqueza é uma coisa má, no
entanto, há uma condição imprescindível para que ela seja um instrumento para a
nossa salvação: a de partilharmos os nossos bens e nossos “terrenos da terra”
com os outros moradores. O mal é quando queremos ter tudo só para nós e
desprezamos àqueles que vivem à nossa porta implorando por migalhas porque não
possuem o suficiente para viver com dignidade. O pobre existe para dar ao rico
uma chance de empregar os seus bens e assim poder obter ainda muito mais para
ajudar a quem precisar. Precisamos refletir no tempo atual da nossa vida quando
temos a oportunidade de pôr em prática todos os ensinamentos de Jesus a fim de
não tenhamos a mesma sorte dos mesquinhos. – Quais os bens que você tem
recebido na vida? - Como é a sua vida:
você tem recebido mais bens ou mais feridas?
Existe alguém na sua porta, ferido, chagado e faminto que precisa de um
pouquinho do que você possui? – Pense nisso!
Louvado seja Deus ! Lindas reflexões!
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
ResponderExcluirReflexões que nos fazem ir no nosso interior e compreender tudo o que Deus quer de nós. Que o Espírito Santo ilumine cada dia mais cada um.
ResponderExcluirDEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.