06 de Fevereiro de 2021-Ano B
Evangelho Mc 6,30-34
Evangelho
E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe
tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um
lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não
tinham tempo para comer.
E foram sós num barco para um lugar deserto.
E a multidão viu-os partir, e muitos o
conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram
primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve
compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a
ensinar-lhes muitas coisas.
Reflexão
Jesus viu uma grande multidão diante dele, todos procurando
por sua força, por sua ajuda, pois eram como ovelhas sem pastores. Pobres,
desvalidos, sem a quem recorrer, e com
muitas carências.
Hoje também, (2020) são
muitos os que vivem também como ovelhas sem pastores. São muitos os que
perderam a sua força tanto física, como
econômica. Perderam o seu poder de compra, perderam a aposentadoria, e o
desemprego atinge patamares assustadores.
Os preços nos super mercados nos
impedem de trazer para as nossas mesas o suficiente para nos alimentar. Pequenas empresas estão falindo, e muitos daqueles e daquelas que apoiaram
tudo isso já estão chegando a
conclusão de que estamos como o
Titanic em pleno início do grande
naufrágio!
Os
apóstolos, depois da primeira experiência missionária fora da companhia de
Jesus, reuniram-se com Ele e contaram tudo o que haviam vivenciado,
experimentado nas suas primeiras santas aventuras como anunciadores do
Reino do Céu. Estavam muito cansados, e Jesus os convidou para um lugar à parte,
distante da multidão que os seguiam, para descansar um pouco.
Os
nossos padres atuais também se sentem muito cansados pela dedicação às
coisas de Deus. Pois são poucos, para atender a tanta gente, uma verdadeira
multidão, que são com ovelhas sem pastores! As suas agendas estão sempre
lotadas.
O
que eu e você estamos fazendo para resolver, ou pelo menos remediar
tamanha pendência? A quantos ainda falta levar a palavra de Deus
neste mundo? O crescimento populacional é incompatível com o crescimento
dos sacerdotes. Alguém precisa fazer alguma coisa! Pois a messe aumenta a
cada dia e os operários continuam os mesmo, para não dizer que eles diminuem. É
um quadro pessimista, desanimador, muito triste se não apelarmos para a graça
de Deus que pode tudo, e que prometeu estar com a sua Igreja até o fim dos
tempos.
Precisamos
vivenciar mais a nossa fé, confiar nas palavras de Jesus, arregaçar as mangas e
irmos à luta, pela causa do Reino. Estamos falando da atuação leiga. O
leigo que estuda, pratica e vai aos irmãos distantes ou desgarrados, levar a
palavra de Jesus Cristo.
A
quantos ainda precisamos levar o evangelho, e trazer de volta da fé
perdida? E a quantos que ainda não conheceram o Evangelho, que foram
criados longe dos ensinamentos de Jesus, muito pelo contrário, só aprenderam o
que não presta, aquilo que é ensinado pelos amigos, pela mídia, pelo cinema e
pela televisão?
Caríssimas
e caríssimos! Temos de nos esforçar um pouco mais para que as pessoas se
aproximem de Deus. Primeiro pelo nosso exemplo, depois aos que possuem o
dom da palavra, dividir o nosso tempo parte pela sobrevivência e parte pela
anunciação do Reino de Deus.
Para
isso nós precisamos ser santos, devemos perseverar na prática das boas
obras, mesmo durante as mais obscuras trevas interiores. É a prova do espírito,
que somente pode ser superada num intenso exercício de fé. Sei que Deus me ama
e me chama para evangelizar. Devemos repetir esta frase no pensamento
diariamente: Sei que Deus me chama e isso basta!
Precisamos
ir em frente indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias
Salvador como nós o encontramos. Por que somos o Sal da Terra. E se não
fizermos nada, outros que não são convertidos como nós, com certeza não farão
nada. E existem muitas maneiras de sermos o sal da terra. Primeiro, como
já o dissemos, dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na
Igreja e na sociedade. Depois, anunciando os seus ensinamentos.
Porque
nós, cristãos escolhidos, temos que manifestar aos outros o sentido das
suas próprias vidas através da consciência e da vivência do autêntico sentido
da existência. Todos precisam saber o porquê e para que estão nesse
mundo: para amar, adorar e glorificar, e anunciar a Deus, vivendo
como irmãos, e não como animais predadores uns dos outros. Nós fomos criados
para a felicidade. Deus quer que sejamos felizes também aqui na terra e,
depois, no céu… para sempre!
Os
dissabores desta vida e as contrariedades do nosso dia a dia são uma
benção de Deus: Elas nos ajudam a amadurecer, nos fazem mais disponíveis,
elas reduzem o nosso egoísmo, a nossa preguiça, nosso orgulho e faz
crescer em nós a caridade. Tudo isso será possível pela graça de Deus
aliada a nossa fé. Tudo isso pode ser real se deixarmos que Deus trabalhe
conosco e em nós.
Meus
irmãos. Vamos parar de dar desculpas dizendo que não temos tempo!
Pois ter tempo é uma questão de preferência. Preferimos uma coisa que não
outra. Escolhemos estar num certo lugar fazendo uma certa coisa em vez de
outra. Aqueles que se amam, os namorados apaixonados, sempre arrumam um
jeito de se encontrarem. Porque nós não nos organizamos, não arrumamos um tempo
par Deus? Um tempo que se resultará na nossa própria salvação?
Vai
e faça o mesmo! Fica com Deus, José
Salviano.
Linda mensagem! Me tocou bastante
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