-Vinde a mim-José Salviano

 

09 de Dezembro de 2020

 

Evangelho Mt 11,28-30

 

Evangelho

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Reflexão

 

Quando o sofrimento bate a nossa porta, nós poderemos ter duas reações:

1-Numa atitude de humildade, nós recorremos ao Pai pedindo socorro, pedindo ajuda, pedindo que nos liberte da tormenta a que nos metemos.

2-Numa atitude de arrogância e de revolta, nós começamos a xingar, e a pensar mal de Deus! O que é o pior de tudo... Pois Deus não tem a culpa das nossas escolhas erradas. Ele nos deu a liberdade para escolher os caminhos que quisermos. Porém, com uma condição. Que arquemos com as consequências das nossas opções, ou escolhas.

Caríssimas, e caríssimos. A melhor reação nossa diante do desespero causado pelo sofrimento, é a de recorrer ao Pai. Pois só Ele pode nos ajudar. Somente Deus tem o poder de nos livrar de todo sofrimento, de aliviar e de curar as nossas dores. Sigamos os ensinamentos de Deus pois  Ele é manso e humilde como todos nós deveremos ser.

Se você hoje está passando por um sofrimento seja físico, moral ou psicológico, pense nessas palavras de Jesus.  Deus nunca vai permitir um sofrimento maior do que a nossa capacidade de resistir, a menos que tenha chegado a nossa hora.  Porém, por incrível que possa parecer, o sofrimento físico, que pode nos levar ao desespero, é nada diante do sofrimento da nossa alma, por causa dos nossos pecados. Assim, o sofrimento físico é até bom para que sejamos purificados. Portanto, é até bom que soframos para que sejam perdoados os nossos pecados. Porém, o sofrimento da nossa alma causado pelo peso dos nossos pecados, é muito prejudicial, por que ele pode nos tornar merecedores do fogo eterno. 

A nossa consciência pesada por causa do mal que fizemos ao nosso irmão, nos torna indignos da vida da graça, e portanto, precisamos imediatamente procurar um sacerdote para uma confissão, a qual nos devolverá a amizade com Deus, e a paz interior, além de nos tornar merecedores da vida eterna.  

Neste Evangelho, Jesus disse: Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.

O carinho de Jesus para com os que sofrem é imenso, para não dizer infinito. Neste texto podemos ver a preferência de Jesus pelos pobres, pelos excluídos. Porém, infelizmente, encontramos muitos pobres com cabeça de ricos, ou seja, com um pouco do orgulho dos poderosos. São pobres que comem mortadela e arrotam peru. Que contam vantagens nas rodas com se fossem também importantes, e chega até a discriminar os fracos, se esquecendo que eles também são fracos. Esta lamentável realidade pode ser explorada pelos donos do poder, pois se aproveitam desses tais novos ricos pela sua bajulação para uma mão-de-obra barata, para não dizer quase escrava. Observamos isso não só nos velhos tempos dos canaviais, dos Senhores de engenho, mais também hoje.

Que Deus nos perdoe a todos, que derrame sobre todos nós a sua infinita bondade e seu infinito perdão, e que não nos olhe com o rigor da sua justiça, nessa boba aventura de brincar de ricos.

O pecado maior de um pobre se fazer de rico, além do ridículo a que se expõe aos olhos de todos, é que ele está infringindo gravemente a virtude da caridade, ao desprezar o seu igual.

Os ricos não são seres desprezíveis. São nossos irmãos. Eles são peças importantes na economia, pois são eles quem geram ou produzem os nossos empregos.

Caso parecido, é um adolescente que despreza seus pais por eles serem: Ignorante, velhos, de origem pobre, etc. É o cúmulo da falta de caridade a qual dói demais!

Prezado irmão. Se você se encontra em uma dessas situações, reveja a realidade da sua justiça, reflita e considere que Jesus mesmo sendo Deus, escolheu viver como pobre, desde o seu nascimento, além de ter optado pela causa dos humildes. E somos cristãos para que? Para segui-lo e imitá-lo.

 

José Salviano.