terça-feira, 8 de dezembro de 2020

-Prometer e não cumprir-José Salviano

 

15 de Dezembro de 2020

 

Evangelho Mt 21,28-32


Evangelho

Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

Reflexão

 

Quantas vezes nós já não fizemos isso? Prometemos uma coisa e não a fizemos. Prometemos no altar no dia do casamento coisas lindas uns aos outros. E anos depois, no nosso dia a dia, fazemos tudo ao contrário. Por que somos assim? Por que somos humanos, ridículos, limitados, que só usamos 10% da nossa cabeça animal...

Nós acabamos de passar por mais uma  época de eleições. Você reparou o sorriso estampado nos rostos dos candidatos nas fotos? Você anotou todas as promessas que eles fizeram em seus discursos? Então, tá. Agora é a sua vez de verificar se eles irão cumprir ou não o que prometeram!

Nem todo homem e mulher cumprem o que prometem aos amigos e ao próprio Deus. Assim como nem todo homem que diz: Senhor, Senhor, se salvará. E aquele que diz: Sou, não é. Nem toda aquela que se apresenta como santa, é na verdade pura e digna da própria salvação. 

É claro que ninguém é santo, nenhum de nós merece ser salvo. Porém, não é por causa disso que vamos desistir de buscar a santidade, e de tentar nos preparar para a vida eterna, na qual chegaremos pela graça de Deus e não pelos nossos merecimentos.

Neste Evangelho Jesus está se dirigindo aos judeus, especialmente os fariseus, e todos os que se dizendo santos, puros, seguidores da Lei se acham melhores que os outros e merecedores da vida eterna, ao contrário das prostitutas e dos cobradores de impostos, que se consideram pecadores, conformados com a sua situação.

Jesus desmascara aqueles arrogantes e pretensiosos, propondo uma pequena parábola.  O filho que prometeu trabalhar na vinha e depois não foi, representava os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos que se julgavam os santos, os justos porque observavam a Lei, porém, não passavam de hipócritas, mentirosos, injustos e exploradores dos fracos. Por isso é que Jesus em público, acaba com toda a sua arrogância, colocando-os abaixo dos pecadores mais desprezados da época. Os cobradores e impostos e as prostitutas.

Este foi o contexto o qual levou a Jesus a falar daquele jeito com os seus oponentes.  "Em verdade vos digo: os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus!       

Quer dizer. Os piores pecadores  entrarão no Céu e vocês vão para o inferno.

E hoje? Será que existe algo semelhante a isso entre nós? Será que existe alguém que se faz ou se considera santo ou santa porém  na verdade são como os sumos sacerdotes?

Jesus comparou o filho que prometeu ir trabalhar na vinha mais não foi, com os judeus hipócritas que se diziam justos mais na verdade não o era.  Hoje este personagem da parábola de Jesus, representa todo aquele ou aquela que vestem uma capa de puros, de santos, mais por dentro, só Deus sabe o que eles realmente o são.

Prezadas irmãs, prezados irmãos. Que isto não aconteça a nenhum de nós. Que Deus nos ajude a ser cristãos autênticos de fatos e de atos e não somente de aparências externas e de palavras.

O personagem da parábola que diz que não vai trabalhar na vinha e acaba indo, Jesus os comparou com os pecadores daquele tempo. Os quais apesar de se julgarem um caso perdido, podem ser perdoados na última hora caso se arrependerem de verdade e serem salvos,  como foi o caso de Dimas, um dos ladrões ao lado de Jesus na cruz. Hoje esse personagem está representado por todo aquele que mesmo não sendo de nenhuma comunidade, possa fazer o bem, ajudar aos necessitados, sem ficar dizendo, ou se mostrando  que são religiosos. A esses irmãos, nós devemos convidá-los a partilhar conosco da caminhada para a casa do Pai.

 

Tenha um bom dia. José Salviano

 

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