quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

FAMÍLIA HUMANA, FAMÍLIA DE DEUS – Maria de Lourdes Cury Macedo

 

FAMÍLIA  HUMANA, FAMÍLIA DE DEUS – Maria de Lourdes Cury Macedo

Domingo, 27 de dezembro de 2020.

Evangelho de Lc 2,22-40.

 

A liturgia desta festa de hoje destaca que Deus se inseriu na humanidade: Ele percorreu o mesmo caminho que todo ser humano percorre: nasceu de uma mulher, teve um lar, uma família, uma pátria e a uma cultura. Essa família é conhecida como “A Sagrada Família”, que é muito amada por nós cristãos católicos.

A Sagrada Família - Jesus, Maria e José - era fiel à Lei de Deus. Desde o início, a Sagrada Família de Nazaré se faz obediente em tudo, não importando com sofrimentos, sacrifícios, medos, incertezas.

No Evangelho de hoje, observamos mais uma vez a Sagrada Família cumprindo com fidelidade, humildade e obediência, à Lei de Moisés, a apresentação de Jesus no Templo e a purificação de Maria. Eles estavam isentos dessa lei, porque Jesus é Deus e Maria continuou virgem depois do parto. Mas para não escandalizar o povo, eles cumprem rigorosamente o prescrito em Lei.

Segundo a Lei de Moisés, todo primogênito do sexo masculino deveria ser consagrado ao Senhor (cf Ex13,2.12). Os pais de Jesus cumprem o que estava prescrito, demonstrando assim que seu filho Jesus assume a realidade do seu povo. Porém, o primogênito do sexo masculino consagrado deveria ser resgatado por meio do sacrifício de um animal. (Resgatado para pertencer aos pais).

Maria e José levaram a criança ao Templo em cumprimento à Lei e pagaram o resgate. Os pobres, nesse caso, poderiam oferecer um par de rolas ou pombinhos, foi o que ofereceram. Os ricos ofereciam bens valiosos.

Vivia no Templo um homem piedoso e justo chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. Essa consolação tão esperada e anunciada era a felicidade e a tranquilidade que o Messias viria trazer. Essa consolação refere-se ao “Reino eterno e universal; Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino de justiça, amor e de paz.”

Simeão ao ver o menino O identificou imediatamente, por obra do Espírito Santo, isto é, teve a grandeza de identificar o pobrezinho de Nazaré, que era o Messias esperado há séculos. Tomou-O em seus braços e louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.” Para ele, Jesus é a “a luz e a glória do povo de Israel” – povo que vivia em situação de tristeza, mas para o qual agora chegou a consolação. Será também Luz para todas as nações. Será sinal de contradição, pois as pessoas deverão se posicionar a favor ou contra os valores que ele encarna.

Simeão tinha conseguido realizar o seu sonho de ver o Cristo, o salvador enviado pelo Pai. Com essa oração, Simeão fechava a jornada de sua vida. Ele exprime a Deus seus sentimentos de paz e confiança. Simeão reconhece que um tempo novo começa, por isso diz que pode morrer tranquilo. Simeão tendo encontrado com o Messias sente sua vida plenificada, realizada, pronta para o encontro definitivo com o Pai.

O velho Simeão, dirigindo-se à mãe do Menino, profetizou que o Messias veio proporcionar a salvação a todos que seguissem seus ensinamentos. Cristo seria causa de contradição porque uns seriam a favor, outros contra sua pessoa e sua doutrina. E desde Herodes até hoje, nunca faltaram adversários para Cristo, que querem manchar seu nome, desprezá-Lo e matá-Lo nos corações de quem O ama.

Para Maria, Simeão profetiza dores pungentes, sofrimentos, como golpes de espada. Jesus realizará a salvação, Maria participará dela por meio do sofrimento e do amor a Deus e ao povo.

A profetiza Ana estava lá também e à semelhança de Simeão, inspirada pelo Espírito Santo, louva o Senhor e fala do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.

A Sagrada Família nos dá exemplo de humildade e obediência  para que nós vivamos dentro do Espírito e da prática de penitência cristã. Jesus veio ao mundo com uma missão definida, trazer a mensagem divina até nós. Ele é a luz que nos ilumina quando nos deixamos iluminar, quando cooperamos com Ele. Ele nos deixa livres para escolhê-Lo, aceitá-Lo, Jesus não impõe.

A exemplo de Simeão e Ana vamos carregar o menino nos braços, louvá-Lo e anunciar a todos a salvação que Jesus trouxe para a humanidade toda.

Vamos nos esforçar para que todos os dias da nossa vida possamos viver a humildade, a obediência, o perdão e acima de tudo o AMOR, anunciando aos irmãos a boa notícia que é Jesus.

 

Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

 

 

 

 

 

3 comentários:

  1. Sagrada família minha família sua é. Que Deus ilumine sempre a senhora.

    ResponderExcluir
  2. Jesus é reconhecido pelos tocados por inspiração do Espírito Santo, trazendo um divisor de águas entre os que acreditam e os que não!!!
    Nasce,cresce e morre como homem, sem privilégios!!!Bendito seja entre os homens!!!!

    ResponderExcluir
  3. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

    ResponderExcluir