segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Persistência e determinação, atitudes de fé-Helena Serpa

 

16 DE NOVEMBRO DE 2020

 

SEGUNDA-FEIRA DA TRIGÉSIMA TERCEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM 

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Ap 1, 1-4;2,1-5a

 

Início do Livro do Apocalipse de São João 1,1-4;2,1-5a

1Revelação que Deus confiou a Jesus Cristo, para que mostre aos seus servos as coisas que devem acontecer em breve. Jesus as deu a conhecer, através do seu anjo, ao seu servo João. 2Este dá testemunho que tudo quanto viu é palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo. 3Feliz aquele que lê e aqueles que escutam
as palavras desta profecia e também praticam o que nela está escrito. Pois o momento está chegando. 4João às sete Igrejas que estão na região da Ásia: A vós, graça e paz, da parte daquele que é, que era e que vem; da parte dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus; 2,1Escreve ao anjo da Igreja que está em Éfeso:
'Assim fala aquele que tem na mão direita as sete estrelas, aquele que está andando no meio dos sete candelabros de ouro:

2- Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança.
Sei que não suportas os maus. Colocaste à prova alguns que se diziam apóstolos e descobriste que não eram apóstolos, mas mentirosos. 3És perseverante. Sofreste por causa do meu nome
e não desanimaste. 4Todavia, há uma coisa que eu reprovo:
abandonaste o teu primeiro amor. 5Lembra-te de onde caíste!
Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – “o fogo do divino amor”

As revelações feitas por Jesus a São João, prisioneiro na ilha de Patmos são exortações que nos motivam a ser perseverantes e fiéis seguidores dos ensinamentos da Palavra de Deus. “Feliz aquele que lê e que escuta as palavras desta profecia e também pratica o que nela está escrito”. É um verdadeiro apelo à nossa conversão e mudança de vida e nos conscientiza de que a nossa perseverança e fidelidade são atributos preciosos na conquista do reino de Deus. Porém, não nos basta somente isso! É necessário que possamos resgatar o amor dos primeiros tempos e demonstrá-lo no ardor e no zelo quando servimos à causa de Cristo. Podemos estar fazendo as coisas só por fazer, cumprindo regras, contudo, o Senhor nos pede muito mais: Ele pede o nosso coração acrisolado, contrito, apaixonado. Que o nosso coração caminhe junto com as nossas ações. O Senhor nos alerta que o momento está chegando e é tempo de salvação, é tempo de assumir o projeto de Deus, para valer. “Converte-te e volta à tua prática inicial” diz o Senhor. Precisamos ressignificar o nosso modo de amar e servir a Deus. Ele nos ama com amor apaixonado e é com este Amor que precisamos também servi-Lo quando servimos o nosso próximo. Isto vale para nós em qualquer profissão ou estado de vida, onde quer que nos encontremos. Precisamos cumprir a nossa missão de construtores de um mundo melhor inflamando os corações com o fogo do divino Amor, a partir dos nossos relacionamentos em família, no trabalho e na comunidade em que vivemos. - Como está a sua disposição em servir a Jesus Cristo? – A sua perseverança e fidelidade retratam o que você sente no coração? – Você ainda tem o ardor dos primeiros tempos, de quando você encontrou Jesus? – Você sente o seu coração pulsar com o fogo do Amor de Deus?

 

Salmo 1, 1-2. 3. 4.6 (R. Ap 2,7b)

 

R. Ao vencedor concederei, comer da Árvore da Vida!

1Feliz é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar.R.

3Eis que ele é semelhante a uma árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.R.

4Mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte.R.

 

Reflexão - Precisamos ser esta árvore plantada à beira da torrente, para que a nossa folhagem seja sempre verdejante. A torrente é o Espírito Santo, a Palavra, o culto ao Senhor, de coração. Seremos vencedores na medida em que nos entregarmos sem constrangimento a esse rio de água viva que é quem nos faz dar frutos de amor e perseverança.

 

Evangelho – Lc 18, 35-43

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 18,35-43

35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: 'Filho de Davi, tem piedade de mim!' 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41'O que queres que eu faça por ti?' O cego respondeu: 'Senhor, eu quero enxergar de novo.'
42Jesus disse: 'Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou.'
43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus. Palavra da Salvação.

 

Reflexão – “persistência e determinação, atitudes de fé”.

Por causa dos acontecimentos da nossa vida nós também, muitas vezes, ficamos como esse cego, sentados à beira do caminho esperando por socorro, mendigando e desejando que algo novo venha nos tirar daquela situação.  Na maioria das vezes nós estamos esperando que alguém nos veja e venha em nosso socorro.   O cego de Jericó, todavia, é um exemplo a ser seguido, pois, mesmo não vendo, ele podia ouvir e podia falar, por isso, gritou apesar das pessoas mandarem-no calar-se: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”  Ele não se prendeu ao fato de não enxergar, mas apesar disso, ficou atento ao que  acontecia ao seu redor e percebeu que a multidão passava e algo diferente estava ocorrendo. Por causa da sua persistência e determinação, que são atitudes de fé, Jesus o curou da cegueira. Apesar da nossa cegueira, às vezes, pela falta de esperança, pela decepção,  pelas perdas e fracassos, todos nós temos oportunidade, como o cego de Jericó, de sair do nosso estado de miséria aparente e pedir ajuda, em Nome de Jesus. Se estivermos atentos (as) à passagem do Senhor em cada momento da nossa vida, quando nos sentimos  como que um coxo, paralítico, acamado, sem esperança, com certeza, teremos a nossa vida renovada.  Não podemos nos acomodar na “beira do caminho”, quando muitos servos do Senhor passam por nós e nos convidam a participar do reino dos céus, em momentos de oração, de partilha e vivência do amor de Deus em comunidade.  Mesmo que haja pessoas na nossa frente que queiram nos impedir de encontrar O Salvador, Ele está sempre atento ao nosso clamor. Aquele que se sentir necessitado, será lembrado.  O sentir-se carente, necessitado, fraco e impotente é a condição primeira para que o Amor e a Misericórdia divina nos alcancem, apesar de todas as barreiras. Façamos como o cego do Evangelho e clamemos alto: – Você ainda está esperando Jesus passar ou já percebe que Ele está perto e quer tirar todas as suas dúvidas? – Existe alguém  que está atrapalhando o seu encontro com Jesus? – Qual é a sua cegueira: o que você ainda não está entendendo? – O que precisa acontecer para que você saia do comodismo? – Você tem medo de que as pessoas o (a) mandem calar ou tem coragem de gritar mesmo que chame a atenção de todos: JESUS, FILHO DE DAVI, TEM PIEDADE DE MIM!?

 

Um comentário:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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