quinta-feira, 19 de novembro de 2020

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SENHOR DO UNIVERSO– Maria de Lourdes Cury Macedo.

 

 

 


Domingo, 22 de novembro de 2020.

Evangelho de Mt 25, 31-46.

 

        

Celebrar Cristo Rei do universo significa a universalidade da salvação. Deus quer a salvação para todos seus filhos porque ama e perdoa todos incondicionalmente. O amor incondicional de Deus deve ser revelado a todos os povos, culturas, nações quando isso acontecer, Cristo será, de fato, soberano, o Rei em nossas vidas.

A Solenidade de Cristo Rei encerra o ano litúrgico, por isso a celebração desse dia é uma grande profissão de fé no Senhor da história que caminha com seu povo.

“No dia que celebramos a sua realeza, Jesus nos convida a olhar para seus “irmãos menores”, impedidos de uma vida digna por causa das injustiças e opressões que tornam nossa sociedade cada vez mais desigual. A realeza de Cristo não estará completa enquanto seus “irmãos menores” não tiverem liberdade e vida. A mudança dessa realidade depende da sensibilidade, solidariedade e serviço dos que decidiram seguir o Mestre da Justiça”. (Pe. José Bortolini).

Mais uma vez Jesus usa de parábola para falar do Reino de Deus. Ele emprega a figura de ovelhas e cabritos. As ovelhas são mansas e pacíficas, representam as pessoas boas e os cabritos como são irrequietos e violentos, simbolizam os maus.

Jesus se refere ao Reino que está preparado desde a criação do mundo, esse Reino significa a saída das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade dos filhos de Deus, do trabalho para o descanso eterno, da guerra para a paz, da morte para a vida, da luta para o triunfo, da prova para a recompensa, do vale de lágrimas para a felicidade sem fim, do exílio para a pátria, da terra para o céu. Quem vai merecer tudo isso são os bons, todos que amam e servem fielmente a Deus e morrem em sua graça, isto é, sem pecado mortal.

São Paulo em sua carta 1Cor2,9 diz citando Isaías: “Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que o amam”. Eles ficarão admirados quando o Senhor disser: “vinde benditos do meu Pai”, pois ignoram ter ajudado o Filho do Homem na pessoa dos empobrecidos. Mas o que Jesus nos ensina sempre que é preciso enxergar o rosto de d’Ele nos nossos irmãos menores. Jesus se identifica com nossos irmãos, daí surge o valor da caridade, porque o amor verdadeiro é manifestado no serviço prestado ao próximo. Bem aventurados os que enxergam a face de Cristo no pobre que passa fome ou sede, no pobre encarcerado, hospitalizado, no pobre desprovido de roupa e de afeição.

Jesus se refere aos maus, aqueles que não servem a Deus, vão merecer o inferno. Não é Deus quem condena ao inferno. É o homem que recusa a amizade de Deus. O inferno é a privação de Deus. Faltando Deus, falta tudo, não há nenhum bem. Aqui na terra temos a presença de Deus, em tudo vemos Deus, na beleza das flores, na harmonia das cores, no ar que respiramos, na água que fertiliza a terra sedenta e mata a nossa sede... Mas no inferno não, há a privação de Deus, esse é o maior sofrimento, pois sem Deus nos falta tudo. Aqui podemos nos referir ao “livre arbítrio”, depende apenas do ser humano escolher Deus ou rejeitá-Lo. Recusar o amor e o perdão de Deus é um ato absolutamente voluntário, a pessoa é que decide, escolhe como viver, de acordo com os ensinamentos de Jesus ou contra eles.

Deus não quer a condenação de ninguém. Deus não condena ninguém, é a pessoa que se condena quando vive no pecado, no desamor. Ao morrer o pecador sente-se na necessidade de se separar de Deus, pois diante de Deus não pode haver nada manchado, tudo tem que ser puro, alvo. É a própria pessoa que procura a maldição e a condenação por seu modo de proceder.

O maior tormento do inferno não é o fogo, é a pena que está incluída nestas palavras: “Afastai-vos de mim...” A separação eterna de Deus... Agora, que não podemos conhecer Deus tal como Ele é, e que não podemos nos dar conta da necessidade que temos dele, não conseguimos compreender o que significam estas palavras e o quanto é terrível a separação eterna.

Não podemos duvidar da existência do céu e do inferno, Deus revelou isso muitas vezes, prometendo aos bons a vida eterna e ameaçando os maus com a perdição eterna. Sem dúvida o inferno é um mistério e fica mais complicado ainda, quando muitos o fantasiam com sua ignorância. O céu é, antes de tudo, uma graça. É também uma herança que nos é dada como filhos adotivos, coerdeiros com Cristo (Rm 8,17), é também um prêmio ou recompensa de nossas boas obras. Diante dos textos tão claros da Escritura, não se pode negar a existência da glória eterna e do inferno.

“Hoje poderíamos atualizar as palavras de Jesus da seguinte forma: malditos todos aqueles que reduzem a religião somente a dogmas e ritos e não ensinam que religião verdadeira é partilhar a vida. Estes estão em conluio com todos aqueles que empobrecem e arrebatam os direitos fundamentais de seus irmãos, porque estão contra a única lei do Reino: o amor”. (Revista Vida Pastoral nº336)

 

 

Tudo o que fizermos ao próximo, imagem de Deus, aparecerá no último dia. O que fizermos de bom, grande será nossa recompensa. Fiquemos vigilantes e preparemo-nos para aquele dia, porque ele virá.

Que o Cristo Rei do universo nos ajude a participar da sua missão sacerdotal, profética e de rei-pastor que é o serviço aos irmãos. Jesus, rei que serve na humildade e no amor ajude-nos a seguir suas pegadas. Que Jesus o bom pastor não deixe faltar nada a nós e aos nossos irmãos. Deus seja louvado!

 

Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

 

 

 

4 comentários:

  1. Profunda reflexão!!! Sem Deus tudo é o caos! Sem chance de uma vida digna e edificante!!!
    A fé remove montanhas!!!

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  2. Reflexão maravilhosa um grande aprendizado, a senhora tem o dom da palavra que Deus abençoe

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  3. Ana Maria Durante Ramia
    Udi, querida, realmente você escreve muito bem!
    Texto maravilhoso, sem fé realmente tudo fica mais difícil!
    Beijos

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  4. Amém! Amadas! Tudo por Jesus! Deus lhes abençoe!

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