segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Livres de nós mesmos-Helena Serpa

 

4 DE NOVEMBRO DE 2020

 

4ª. FEIRA DA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM 

 

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Fp 2, 12-18

 

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 2,12-18

12Meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas ainda mais agora na minha ausência, trabalhai para a vossa salvação, com temor e tremor. 13Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente. 14Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, 15para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo. 16Conservai com firmeza a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente. 17E ainda que eu seja oferecido em libação, no sacrifício que é o sagrado serviço de vossa fé, fico feliz e alegro-me com todos vós. 18Vós também, alegrai-vos pelo mesmo motivo e congratulai-vos comigo. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – “É Deus quem providencia em nós o querer e o fazer”

Precisamos acolher as palavras de São Paulo nesta carta aos Filipenses e trazê-las no nosso coração como orientação para a nossa caminhada espiritual e humana. Quando voltamos a nossa vida para Deus e lhe entregamos os nossos planos precisamos ter consciência de que Ele mesmo colocará no nosso coração o desejo e a capacidade de realizar tudo conforme a Sua vontade. A primeira obra que o Senhor quer fazer em nós é a de acolhermos o Seu Projeto de Salvação e a consequente libertação do nosso pecado. É Seu desígnio que possamos atuar com temor e tremor para que tenhamos a vida em abundância. Com efeito, a nossa obediência à Sua Palavra é o receituário para trabalhar com mais afinco e abraçar a salvação que Jesus veio nos conceder conscientes de que a força operadora vem de Deus.  Também na nossa vida profissional, social, vocacional e familiar é Ele quem nos faz trabalhar sem reclamação ou murmuração, porque, como filhos Seus, somos homens e mulheres livres de nós mesmos (as), das nossas concupiscências. Como consequência, nós brilhamos como luzeiros no meio das gerações depravadas que rejeitam o Nome de Jesus e, por isso, vivem na infelicidade e na murmuração. – Você tem consciência de que é Deus quem coloca no seu coração o querer e o executar? – Você tem entendimento do que Deus espera de você no mundo? – Os desejos do seu coração têm correspondido ao que Deus quer de você? – Você tem aprendido com Jesus a não murmurar nem reclamar?

 

Salmo 26 (27),1. 4. 13-14 (R. 1a)

 

R. O Senhor é minha luz e salvação!

1O Senhor é minha luz e salvação;* de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida;* perante quem eu tremerei? R. 

 

4Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,* e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor* por toda a minha vida;saborear a suavidade do Senhor* e contemplá-lo no seu templo.R. 

13Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver* na terra dos viventes. 14Espera no Senhor e tem coragem,* espera no Senhor!R.

 

Reflexão - Tomar conhecimento de que o Senhor é nossa luz e salvação e, por isso, não temeremos a ninguém aqui da terra é para nós motivo de glória. Saber que aqui estamos, mas que não pertencemos a este mundo, pois um dia habitaremos na casa do Senhor e O contemplaremos face a face é também para nós ensejo de alegria e contentamento. Todo conhecimento de Deus nos faz saborear a sua bondade já aqui na terra dos viventes e nos dá alento e coragem para esperarmos o dia que o Senhor virá para nós.

 

Evangelho – Lc 14, 25-33

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 14,25-33

Naquele tempo: 25Grandes multidões acompanhavam Jesus.
Voltando-se, ele lhes disse: 26'Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário,
29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30'Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!' 31Ou ainda:
Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!' Palavra da Salvação.

 

Reflexão - "livres de nós mesmos
Neste Evangelho Jesus nos esclarece que para ser Seu discípulo  será preciso segui-Lo para uma vida nova aceitando a revolução que Ele quer fazer em nós, desde o nosso desapego às pessoas, da nossa  aceitação à participação na Sua Cruz e do abandono de tudo quanto temos de material e de humano  O seguimento de Jesus implica na renúncia e no desapego das nossas ideias e vontade própria, como também dos nossos bens, ídolos e projetos.  Jesus veio mostrar ao mundo uma nova maneira de ser valorizando o homem na sua dignidade, libertando-o de tudo o que possa escravizá-lo e dominá-lo. Para que possamos segui-Lo precisamos ser homens e mulheres livres de nós mesmos. Com a boca, professamos que cremos em Jesus e que desejamos segui-Lo, porém, fracassamos nos nossos propósitos porque não fazemos o cálculo de que isto implica em uma guerra contra a nossa própria carne. Nós precisamos ter convicção de que a nossa opção de cristãos e de cristãs se fundamenta na vivência da mensagem evangélica do amor. Quem ama é livre das condições, é livre das circunstâncias, é livre das pessoas. Ama, porque ama com o amor de Jesus. A Cruz é decorrente da nossa vivência do amor, porque amar nos traz consequências. Não é fácil amar nem tampouco é fácil assumir os encargos que o amor nos propõe. Sentar-se para “calcular os gastos” e ou “examinar as condições” é entregar-se à ação do Espírito Santo que é quem nos capacita a deixar tudo e seguir a Jesus Cristo como discípulos seus. A renúncia maior há de ser do nosso jeito de olhar as coisas, de julgar e de encarar as pessoas, de nos desapegar dos conceitos adquiridos durante a nossa caminhada de vida, consequência da nossa criação, cultura etc.  - Você tem muitos planos? - Você já fez os cálculos, do que terá de abdicar para que Jesus seja o seu Mestre?- Você é uma pessoa muito arraigada às suas ideias e pensamentos?- Você tem procurado amar como Jesus amou? - Você tem assumido a sua Cruz? Em que?

 

Um comentário:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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