-Jesus nos pede a renúncia-José Salviano
04 de Novembro de 2020
Evangelho Lc 14,25-33
Evangelho
Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se,
disse-lhe:
Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai,
e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria
vida, não pode ser meu discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier
após mim, não pode ser meu discípulo.
Pois qual de vós, querendo edificar uma torre,
não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a
acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto
os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer
dele,
Dizendo: Este homem começou a edificar e não
pôde acabar.
Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar
contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil
pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
De outra maneira, estando o outro ainda longe,
manda embaixadores, e pede condições de paz.
Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a
tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.
Jesus nos pede a renúncia e a aceitação das nossas cruzes, para podermos segui-lo.
Em um mundo do conforto, do controle remoto, das operações bancárias pelo celular,
da entrega de comida, das compras
pela internet, fica muito
complicado a gente falar em sacrifícios e em cruzes. Só que nos esquecemos de que mesmo com todo
este conforto tecnológico e logístico dos nossos tempos, ninguém está livre de
passar maus momentos com problemas
relativos a segurança, (assaltos, invasão de residência,
sequestros) e também, e principalmente
com a sua saúde (acidentes inesperados).
E mesmo tendo os melhores planos de saúde, o indivíduo pode sofrer muito e até morrer, mesmo sendo muito
rico. Por que isso é a lei da vida.
Ninguém escapa das fatalidades, as
quais, muitas vezes nem sempre são tão fatais assim. São provocadas pela nossa própria culpa.
A NOSSA VERDADEIRA FORÇA é
aquela que nos vem de Deus, a nossa força
não está na riqueza, nem no poder político, ou no potencial bélico.
Mais sim, a nossa força
verdadeira está no PODER DE DEUS que
permanece sempre ao nosso dispor. Mas
para nos disponibilizar dele, precisamos
fazer tudo o que Jesus nos ensinou. Precisamos amar a Deus e ao irmão. E para isso temos de
recusar algumas coisas e também temos de suportar o peso das nossas cruzes.
E sabe por que nós temos a força? Por que foi o próprio Jesus quem
disse: Quando estiver em mim e eu em ti,
peça o que quiseres e vos será dado. Experimente
viver assim, experimente fazer o que Jesus nos ensinou, e você verá a
sua vida mudar.
No Evangelho de hoje, nós vemos que Jesus nos impõe condições sérias para o seu seguimento: A RENÚNCIA E A CRUZ!
E a primeira destas renúncias é o pecado em si, o qual se subdivide em: Egoísmo, escolhas
eradas, inveja, competição desleal, e principalmente pela falta de CARIDADE...
renunciar ao pecado, é a condição
primeira para seguir a Jesus
Cristo.
Outras renúncias seguem a estas.
A renúncia a própria família, o apego
aos bens materiais e a outros prazeres passageiros desta vida terrena.
Jesus não quer que sejamos miseráveis, que passemos fome, frio, e
que fiquemos expostos a chuva. Pelo contrário, Jesus quer que tenhamos vida
em abundância. Isso quer dizer que nós
merecemos ter os bens materiais dos quais necessitamos para uma vida digna. O
que Jesus quer nos dizer, é que não nos apeguemos a estes bens, ao ponto de nos
esquecer de Deus e do irmão necessitado.
Aceitar a cruz, ou às nossas cruzes, significa sofrer o que temos de sofrer, sem nos revoltar
contra o Criador. Muitas vezes o pai ou
a mãe, tira um brinquedo do filho, para o seu próprio bem. Pois aquilo pode
machucá-lo. Naquele momento, o filho
tende a se revoltar, e a ficar emburrado ou mesmo gritando. Porém, quando
crescer, ele irá entender que os pais querem o seu próprio bem, e por isso o
priva de alguns brinquedos perigosos.
Sofrer com paciência,
oferecer a Deus a nossa dor pelo
perdão dos nossos pecados, é carregar a
nossa cruz.
Façamos isso e então seremos dignos das promessas de Cristo.
Tenha um bom dia. José
Salviano
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