terça-feira, 10 de novembro de 2020

-Deus está no meio de nós-José Salviano

 

12 de Novembro de 2020

 

Evangelho Lc 17,20-25



 

Evangelho

E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.
E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis.
E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali. Não vades, nem os sigais;
Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.
Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração.

Reflexão

Jesus disse que o Reino de Deus está no meio de nós. Isto por que  Deus é onipresente, isto é, Ele está presente em todos os cantos, em todos os lugares. A sua presença se assemelha com a presença do ar que nos envolve. Nós não vemos o ar, porém, o sentimos. E não podemos passar nem 4 minutos sem respirar. Deus é semelhante a esta realidade. Ele está presente em todos os lugares e em tudo.  Presente em tudo por que tudo foi criado por Ele.

O Reino de Deus está no meio de nós. Isto também significa que entre nós deve reinar a paz de Cristo, deve haver o respeito pela presença de Deus vivo do nosso lado, significa que devemos deixar que Deus dirija os nossos passos, os nossos pensamentos e nossas ações. Isso  significa ainda que entre nós deve reinar uma paz verdadeira e sincera, uma harmonia, uma fraternidade perfeita como Jesus nos ensinou com palavras e com a sua vivência.

Para que o Reino de Deus realmente aconteça no meio de nós, é preciso que não sejamos pessoas estéreis, incapazes de transformar em vida as palavras de Deus ditas pela boca do Seu Filho amado.

Prezadas irmãs e irmãos. Nós precisamos nos alimentar diariamente da palavra de Deus. Isto por que a prática do amor fraterno depende do alimento da Palavra de Deus que se realiza em nossas mentes por meio da leitura meditativa: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm. 3,16-17).

Como sabemos, os dirigentes religiosos judaicos (sacerdote, sumo-sacerdotes e anciãos), não só contemplavam a obediência dos clássicos dez mandamentos, mas deviam estar atentos a um total de 613 exigências preceituais, sejam positivas (“faça!”) ou proibitiva (“não faça”!) que foram criados pelos doutores da Lei e acrescentados a Lei de Moisés.

Jesus criticou, Jesus combateu a isso, denunciando que eram exigências desnecessárias e resgatando a primazia do Amor a Deus, que é inseparável do amor ao próximo (na prática). Essa primazia do amor a  Deus  deveria por em segundo plano as centenas de exigências preceituais, sobretudo, aquelas relacionadas à esfera religiosa. Por isso Jesus viveu o tempo todo em confronto dom os líderes religiosos judaicos.

Jesus disse que devemos amar a Deus com todas as nossas forças num amor que compromete, que envolve a totalidade da nossa pessoa: Assim: com todo coração ( com toda a nossa consciência), com toda a nossa alma ( com nossas paixões, sentimentos e emoções) e com toda a razão ( com toda a nossa inteligência).

Amar significa querer bem. Desejar o bem, e este bem nós o fazemos ao outro e a outra. O amor a Deus e ao próximo constitui o eixo fundamental e  unificador da fé e da esperança cristã.

Cuidado com a hipocrisia religiosa. Aquela mania de ficar louvando a Deus, cantando, gritando: “Amém! Aleluia! Glória a Deus, e desprezar os outros, sendo indiferentes, ou violentos com o irmão...

 

Tenha um bom dia. José Salviano

 

 



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