-Administradores espertos-José Salviano
06 de Novembro de 2020
Evangelho Lc 16,1-8
Evangelho
E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem
rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os
seus bens.
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que
ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu
mordomo.
E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o
meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for
desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
E, chamando a si cada um dos devedores do seu
senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E
disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta.
Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele
respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve
oitenta.
E louvou aquele senhor o injusto mordomo por
haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes
na sua geração do que os filhos da luz.
O administrador deve ter competência e fidelidade. Ele deve decidir pelo patrão, às vezes, as decisões financeiras, os tipos de investimentos, as prioridades econômicas,
enfim, ele é o braço direito do seu dono, o dono da fazenda, ou da
empresa.
Porém, a sua vida na fazenda ou na a empresa, não é
necessariamente para sempre, não é uma vida longa, e ela pode se acabar a
qualquer dia, tendo em vista a uma série de
ocorrências, de mudanças
sociais ou na macro economia mundial.
Por isso, volta e meia ouvimos falar de algum rombo causados pelos
administradores, aos seus patrões, assim como pelos empresários aos seus cantores de rock.
Isso ocorre por que os administradores estão bem ali como
a faca e o queijo na mão. Eles estão
com toda a fortuna do seu dono em
suas próprias mãos, porém, eles mesmos,
na sua realidade, não são ricos. E aí
surge aquela tentação de botar a mão no dinheiro que não é seu, mas
que está sob o seu comando. Além disso,
é muito grande a facilidade com a
qual eles poderão pegar um bom pedaço
daquele bolo. Porém, o que é muito difícil, é permanecer impune, é conseguir
se livrar de uma condenação, é proteger os seus familiares da fúria do seu patrão lesado por ele.
Mais mesmo assim, com todas estas contra indicações
frustrantes, nós sabemos que os
administradores têm se dado muito bem,
principalmente os administradores da coisa pública. Não é mesmo?
O administrado da parábola
de hoje, tratou de não ficar sozinho
naquela “jogada” desonesta. Ele arrebanhou para sai, os demais devedores do seu
patrão, reduzindo as suas dívidas para
com este.
No mundo de hoje, os espertos administradores, também não agem
sozinhos. Primeiro eles tratam de envolver
outros que depois deles serem denunciados, poderiam condená-los e prendê-los. O administrador tem de ser esperto. E a sua
esperteza é tão grande que antes mesmo de
roubar o patrão, ele procura comprar outros personagens importantes, aqueles que vão relaxar
ou mesmo ignorar a sua culpa,
deixando de lhe aplicar a devida pena.
E não estamos aqui inventando nada.
Só estamos nos inspirando nos noticiários, que apesar de serem
corporativos e não mostrar muitas das espertezas dos administradores atuais,
nós acabamos sabendo de tudo por outros meios de comunicações.
Caríssimas e caríssimos. O elogio que foi feito ao administrador
esperto da referida parábola, não foi um elogio a sua desonestidade, mas sim, a sua esperteza. E em outra ocasião, Jesus disse que os
filhos da luz, (isto é, nós os escolhidos), não são tão espertos como os filhos
do mundo.
Isso nos mostra ao grande perigo a que estamos expostos nesta
nossa vida mortal. Pois nem sempre
estamos sob o comando de pessoas honestas. Nem sempre somos comandados por comandantes
devidamente preparados, devidamente
honestos, e devidamente seguidores de Cristo Jesus.
Fica esperto. José Salviano
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