-Cuidado com o fermento dos fariseus!-José Salviano

 

16 de Outubro de 2020

 

Evangelho Lc 12,1-7

 

Evangelho

Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.
Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado.
E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.
Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Não se vendem cinco passarinhos por umas moedinhas? E nenhum deles está esquecido diante de Deus.
E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.

Lucas 12:1-7

 

Jesus comparou a má influência dos fariseus com a ação do fermento na massa do pão. Geralmente nós temos muito medo dos que podem nos tirar a vida. E Jesus hoje nos alerta de que esses não são tão perigosos assim como pensamos. Pois eles só conseguem matar o nosso corpo, porém, a nossa alma, a nossa espiritualidade, não será atingida, e se estivermos puros, nós morreremos, porém viveremos na vida eterna.

Ao contrário aqueles e aquelas que nos destroem a santidade, a espiritualidade, aqueles que nos desviam do caminho da casa do Pai, são os mais perigosos, tendo em vista que a maior parte da nossa vida, é aquela que viveremos depois da nossa morte. Nesta fase, a nossa alma viverá para sempre. E pode ser na Glória eterna, ou no fogo dos infernos!

Por tanto, todos aqueles e aquelas que nos desencaminham da fé, são os que mais males nos causam. Pois eles estão nos conduzindo ao fogo eterno! E esses são os nossos falsos amigos. Aqueles a quem depositamos a nossa confiança, por eles serem os da hora, os que sabem se divertir de “verdade”. Pelo menos é o que eles nos dizem. E assim, nós os seguimos e acabamos no precipício, num beco sem saída, do qual não temos mais retorno.

Podemos acrescentar a esses, a má influência da mídia a qual nos conduz com argumentos mentirosos, a adotar procedimentos que nos prejudicam, que fazem muito mal a nossa saúde. Tanto do corpo  quanto da alma.

Do mesmo modo, as mentiras do mundo que nos cercam de todos os lados, que nos encantam com um viver por viver, e pelo prazer, que nos ensinam a desfrutar da vida sem nos importar com as consequências, com  enganações, de diversões perigosas, tudo isso é que nos fazem grande mal. Pois nos prejudicam a saúde do corpo e da nossa alma.

Este mundo que nos influência a levar uma vida de manutenção das aparências, de fingir ser poderoso, ser culto, rico etc. Tudo isso pode até ser divertido por algum tempo, porém depois virão as consequências de toda esta falsa maneira de levar a nossa vida.

Caríssima e caríssimos. Nós precisamos viver com os dois pés no chão. Ou seja, precisamos cair na realidade da nossa  existência. A realidade do que somos, e a realidade  do que é a sociedade em que vivemos.

É uma grande tolice levar uma vida de aparências, pois não há nada de escondido que não seja revelado. E será grande a nossa vergonha quando as nossas mentiras sobre  o que supostamente somos, virão a tona, e todos  ficarem sabendo a pura verdade sobre a nossa pessoa. Pobres. Tanto no sentido material quanto no sentido da personalidade.

Por isso, meus irmãos, não vale a pena nos esforçar para nos mostrar os tais,  os santos, os melhores, sendo que a realidade da nossa pessoa é outra totalmente diferente.

Sejamos verdadeiros. Sejamos o que somos. Pois nada nos pertence. Tudo o que temos é de Deus. Tudo o que possuímos nos foi dado pelo Criador. Quer vivamos que morramos, nós pertencemos a Deus. Por isso a vaidade por causa dos nossos dons, seja da beleza, seja da inteligência, seja da voz bonita, ou dos nossos músculos opulentos, é uma grande tolice. Pois tudo isso nos foi dado por Deus, e por tanto, sejamos humildes.  Pois um dia, todos nós teremos um mesmo fim. Seremos nada mais do que um esqueleto...

 

Sejamos modestos. E tenhamos um lindo dia. José Salviano,