terça-feira, 15 de setembro de 2020

-Jesus e a mulher pecadora-José Salviano

 

17 de Setembro de 2020

 

Evangelho  Lc 7,36-50

 

Precisamos tomar muito cuidado com a nossa tendência de nos julgar puros como os fariseus,  e de viver censurando as pessoas,  criticando-as,  como se fôssemos perfeitos,  e como se tivéssemos o poder de juízes dos  nossos  irmãos.

Jesus mostrou  àquele importante fariseu que  aquela pecadora  deveria ser perdoada pelo fato dela ter demonstrado muito amor.  E que ele, o considerado puro,  não era lá tão perfeito assim como era considerado  pelos demais.

Aquela mulher não foi julgada pelo seu passado, mas pelo seu ato de amor no presente. Deus não fica olhando o nosso passado, mas sim, o nosso arrependimento presente.  Se você fica remoendo os seus pecados passados, pára com isso.  Você que já se confessou dos seus pecados da vida pregressa,  pode se esquecer disso, e viva o seu presente na presença de Deus. Por que o Pai, uma vez lhe perdoado, não fica mais se lembrando dos seus pecados passados.

Jesus   era tido por “amigo dos pecadores”   pelos fariseus,  e escribas que  diziam isso com um ar de  escárnio, de censura  e de critica. Pois eles,  jamais se aproximavam dos pagãos, para não  ficar impuros como eles.  Os judeus consideravam os pagãos impuros pelo fato deles não ler  as escrituras pelo fato de serem analfabetos.

O fariseu que criticou a pessoa de Jesus,  se achou com o direito e o poder de um juiz para julgar.

Quantas vezes também nós não pensamos assim? Quantas vezes, mesmo  com um ar de bom homem,  algum de nós já não censurou  o irmão por ele não ser como nós?

Isso mesmo! Nós que somos cristão engajados, precisamos tomar muito cuidado com esta nossa tendência,  de só nos relacionar com aqueles e aquela que são como nós. Cristãos  ativos na Igreja. Cuidado com a falta de caridade.  Lembremos que  dar atenção  ao desgarrado também  é um ato de caridade.  E muitas vezes, nós que somos  do alto comando da  paróquia,  passamos de cabeça erguida por eles.  Eles que não são do nosso meio, eles que não são como nós, cristãos dedicados ao serviço do Reino.

Não  são somente os colunáveis e os ricos que pecam por desprezar todos os que nãos são como eles.  Muitos de nós,  até sem pensar em fazer o mal a ninguém, também pecamos por nos julgar puros como os fariseus,  e discriminar a todos os pecadores e pecadoras deste mundo. Pecadores que estão bem perto de nós. Na nossa própria família, no nosso perímetro paroquial,  no nosso trabalho, na nossa escola, faculdade, academia, etc.

A nossa primeira desculpa, é dizer  que  se vamos conversar com uma pecadora, ou pecador,  os nossos  amigos  vão pensar mal de nós. Pois afinal,  o ditado diz: Diga com tu andas e eu te direi quem tu és.

Jesus não era um mau homem, um pecador, porém Ele se aproximava dos  pagãos,  das pecadores, e dos pecadores.  Só que o seu objetivo era e é o de trazer  estes irmãos  e irmãs desgarrados para  a caminho da salvação, para o caminho da casa do Pai.

A mulher pecadora saiu dali envolvida pelo amor  e pelo perdão de Jesus. Assim também nós  saímos depois de nos confessar e de recebermos a absolvição do sacerdote!

 

Tenha um bom dia. José Salviano.

 

 

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