terça-feira, 14 de julho de 2020

-Tudo me foi entregue por meu Pai-José Salviano


15 de Julho-2020-Ano A

Evangelho Mt 11,25-27


Revelar significa tirar o véu.  Deus é puro espírito e por tanto, fica difícil de nós o conhecer. Por isso, Ele nos enviou o seu Filho par que pudéssemos ter a oportunidade participar da imensa, infinita natureza divina.
Neste Evangelho o próprio Jesus nos diz: Tudo me foi  entregue por meu Pai.  Assim como disse em outra ocasião, ...todo poder me foi dado no Céu e na Terra,   e ainda,  quem me viu, viu o Pai.
Jesus nos revelou, nos descortinou, a Luz, o poder, a força e a sabedoria do Pai. E nos transmitiu esta sabedoria por meio da sua palavra, para que soubéssemos o que fazer e o que não devemos fazer para um dia alcançarmos a glória eterna.
Assim, por meio de seu Filho Jesus, Deus veio ao nosso encontro para nos mostrar, nos revelar, o seu imenso poder e infinita bondade. Jesus veio ao mundo para nos libertar, nos salvar do pecado. Porém, infelizmente, muitos preferiram continuar no caminho errado!
O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores. O anjo assim o disse a José: Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados.
E para a salvação de todos, Deus quis contar com a nossa participação, com a nossa ajuda... Deus não precisou de nós para nos criar. Porém, Ele quis contar com a nossa colaboração para nos salvar. E esta colaboração é a nossa catequese. E para que a nossa catequese e seja completa, é preciso que nos livremos dos nossos pecados.
E parar nos libertar do pecado, Deus exige que confessemos as nossas faltas. Faltas de amor a Deus e ao próximo, o que é expressado por meio da falta de amor e da caridade.
E todos nós somos pecadores. Se tem alguém que se julga sem pecado, é um hipócrita, um mentiroso por palavras e atos. Porém, Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para perdoar as nossas infidelidade e para nos purificar de toda impureza  da alma.
Como afirmou Paulo: Onde abundou o pecado, superabundou a graça.  Porém, para que se opere a graça do Pai, temos que relatar os nossos pecados ao confessor, e assim acontecerá a conversão. Por tanto, A conversão requer o reconhecimento do próprio pecado. Não é somente procurar o sacerdote e relatar uma lista de falhas, e pronto. Tudo ficou purificado. É necessário que caiamos na cruel realidade da nossa fragilidade humana, da nossa transgressão, da nossa infidelidade para com o amor do Pai para conosco, e numa atitude de verdadeira contrição, nos apresentar diante do confessor, e botar para fora o que nos incomoda. O que nos impede de amar, de viver na presença de Deus Espírito de Verdade.
Lembremos aqui que  pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. E foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à Lei eterna.
O pecado é uma ofensa a Deus: Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos. O pecado é contrário ao amor que Deus   tem por nós, o pecado nos afasta da sua amizade, do seu infinito amor.
Porém, não desanimemos. Confiemos na misericórdia do Pai. E vamos em frente, com coragem, para nos levantar, e prometer não cair mais. Pelo menos tão frequentemente.

Tenha um bom dia. José Salviano.


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