segunda-feira, 6 de julho de 2020

A paz pela espada-Helena Serpa


13 DE JULHO DE 2020

2ª. FEIRA DA XV SEMANA DO

TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – Is 1, 10-17

Leitura do Livro do Profeta Isaías 1,10-17
10Ouvi a palavra do Senhor, magistrados de Sodoma, prestai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra. 11Que me importa a abundância de vossos sacrifícios? - diz o Senhor.
Estou farto de holocaustos de carneiros e de gordura de animais cevados; do sangue de touros, de cordeiros e de bodes, não me agrado. 12Quando entrais para vos apresentar diante de mim,
quem vos pediu para pisardes os meus átrios? 13Não continueis a trazer oferendas vazias! O incenso é para mim uma abominação!
Não suporto lua nova, sábado, convocação de assembleia:
iniquidade com reunião solene! 14Vossas luas novas e vossas solenidades, eu as detesto! Elas são para mim um peso, estou cansado de suportá-las. 15Quando estendeis as vossas mãos,
escondo de vós os meus olhos. Ainda que multipliqueis a oração,
eu não ouço: Vossas mãos estão cheias de sangue! 16Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente.
Deixai de fazer o mal! 17Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. Palavra do Senhor

Reflexão – “o significado das nossas ações”  
A leitura de hoje nos alerta para o significado das nossas ações e quais os frutos que estamos produzindo através dos nossos feitos.   A beleza dos nossos gestos reside na autenticidade com que os praticamos e quando há coerência entre o interior e o exterior. Por isso, muitas vezes, o Senhor abomina as nossas práticas e o nosso sacrifício porque eles denotam falsidade. A oferta que fizermos ao Senhor só terá acolhida se o nosso coração acompanhar o nosso gesto. Mas do que a palavra ou a ação Deus olha para o coração. O reconhecimento da nossa miséria diante do Senhor tem muito mais valor do que muitos jejuns e sacrifícios que oferecemos sem convicção. “Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente”, diz o Senhor! Aprender a fazer o bem e deixar de fazer o mal será a melhor oferenda que nós podemos apresentar a Deus. A prática do bem apaga uma multidão dos nossos pecados e o louvor e a oração que  entoamos a Deus só subirá aos céus se tivermos com as nossas mãos limpas. Sempre é tempo de conversão e de arrependimento. O Senhor nos faz um apelo, portanto, vigiemos as nossas ações e também as nossas reações diante das atitudes das outras pessoas. Às vezes nós não somos os primeiros a fazer coisas erradas, mas diante do que fazem conosco, nós reagimos e nos vingamos cometendo atos que mancham as nossas mãos.  – A sua ação tem consonância com o seu coração? – O que você poderá estar fazendo somente para aparecer? – Isto tem dado resultado? – Qual tem sido a sua reação diante das injustiças que cometem contra você?

Salmo l 49, 8-9.16bc-17.21.23 (R. 23b)

R. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

8Eu não venho censurar teus sacrifícios, *
pois sempre estão perante mim teus holocaustos;
9não preciso dos novilhos de tua casa *
nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.R.

16b'Como ousas repetir os meus preceitos *
16ce trazer minha Aliança em tua boca?
17Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos *
e deste as costas às palavras dos meus lábios!R.

21Diante disso que fizeste, eu calarei? * Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo * e manifesto essas coisas aos teus olhos.R.

Reflexão - O nosso proceder reto é consequência do nosso coração contrito. A este, sim, o Senhor mostra a Sua salvação. É algo real, tangível, eminente porque sincero. Deus não censura os nossos sacrifícios, porém eles são aceitos na medida em que nós assumimos os Seus ensinamentos. O sacrifício de louvor que nós oferecemos a Deus deverá ter coerência com as nossas atitudes e a nossa vivência. Se não, não tem valia!


Evangelho – Mt 10, 34-11,1

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,34-11,1
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada.
35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta.
E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.' 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos,
partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “a paz pela espada ”
O seguimento a Cristo nos condiciona a tê-Lo em primeiro lugar na nossa vida!  Antes de tudo precisamos viver coerentemente o Evangelho e os ensinamentos de Deus. Por isso, não podemos seguir o ensinamento de pessoas que contradizem a Palavra de Deus, mesmo que estas sejam muito queridas por nós e façam parte da nossa família de sangue. Jesus não veio separar-nos fisicamente dos nossos entes queridos, mas sim distinguir as nossas ações da mentalidade e das práticas que o mundo usa.   Ele veio nos entregar a espada do Espírito Santo, a espada da paz, para que possamos lutar contra toda heresia e contra testemunho. Ele é bem claro e explícito quando afirma que não é digno dele todo aquele que ama seu pai e sua mãe mais do que a Ele. Amar aqui significa ouvir, seguir, dar atenção, privilegiar, enfim, ter mais consideração e obedecer. Tomar a cruz é assumir a vida dentro dos conceitos evangélicos imitando a Jesus que morreu na Cruz para nos salvar. Assumimos a cruz quando nos apossamos da salvação de Jesus e não queremos promover a nossa própria salvação.  Portanto, quem seguir a Jesus não ficará sem recompensa. Quem acolher aquele que vem em Seu Nome  será acolhido também pelo Pai. Jesus veio trazer a paz que é gerada na justiça e justa é a vontade de Deus para nós. Deste modo nós devemos abraçar a vontade de Deus que é soberana e não a vontade dos homens que é falível -   A quem você costuma seguir: ao que Deus lhe recomenda ou o que as pessoas  queridas sugerem? – Você seria capaz de fazer uma opção radical por Deus, mesmo que fique contra toda a sua família?  -  Você já tentou atrair a sua família para Deus, da mesma forma que as outras pessoas tentam atraí-la para o mundo?

2 comentários:

  1. José Maria Nascimento13 de julho de 2020 às 06:03

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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