13 de Junho-2020
Evangelho Mt 5,33-37
As pessoas mentirosas vivem jurando por Deus, por todos os santos, por tudo que é sagrado, etc.
Como elas sabem que cedo ou mais tarde vão descobrir que elas
mentem, para reforçar a sua fala, elas
lançam mão do juramento.
Infelizmente, existem pessoas que têm uma grande facilidade de
mentir. São capazes de inventar uma
grande estória na hora enquanto conversa. A pessoa vai falando, e criando, inventando
fatos e por aí vai. Fica um longo tempo contando uma grande aventura, toda inventada ali mesmo
enquanto vai falando. E o pior, fala com grande emoção!
E tais pessoas podem até convencer a quem não as conhecem. Porém,
aos familiares, é bem cansativo ficar
ali perdendo o seu tempo. Ouvindo tudo aquilo...
Outros, para compensar a
ausência de juramentos, têm o hábito de gritar para impressionar, ou para assustar o seu interlocutor. Ouvi falar de
um certo advogado, pouco honesto e dono de uma escola, que para
amedrontar os professores que vinham reclamar
da falta de pagamento dos seus salários na data certa, ele começava a falar muito alto, argumentando
o que não tinha mais o que se argumentar.
Era um homem completamente fora
dos padrões da honestidade. Para começar, o seu diploma havia sido adquirido
por meios fora do normal.
Mantinha uma escola que fora
comprada de um familiar, e que ele nunca
havia terminado de pagar.
Ele arrebanhava alunos
problemas, considerados por muitos como refugos de outras escolas vizinhas, alunos
muito indisciplinados e até perigosos, que pagavam e passavam de ano sem
problemas.
O grito pode às vezes substituir o juramento. Assim, ouvimos discursos feitos aos gritos, com uma tonalidade, uma simulação de grande emoção, tudo isso para impressionar
o auditório, para fazer crer no que o
orador mesmo não crê.
Deus poderia impedir na hora tais
procedimentos, porém, Ele não faz isso por que nos deu a liberdade de fazer isso ou aquilo. E infelizmente, muitos usam de forma completamente errada esta maravilha
chamada liberdade.
O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa
humana, nomeadamente em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser
civilmente reconhecido e protegido dentro dos limites do bem comum e da ordem
pública.
A liberdade usada de modo errado, torna-se um pecado grave. A liberdade do homem é finita e falível. Isto por que
o indivíduo pode falhar no uso da sua liberdade, e cometer erros que possam
prejudicar outras pessoas.
O pecado da mentira está
presente no mundo, pois muitos agem com falsidade, pecando livremente, rejeitando
o projeto divino de amor, enganando a si mesmo e aos irmãos, tornando-se
escravos do pecado.
A história da
humanidade está repleta de tragédias geradas
pela mentira. Desde as suas origens, a humanidade tem dado testemunho de desgraças e opressões nascidas de
mentes mentirosas e mal intencionadas de homens e mulheres que abandonaram os
caminhos de Deus e seguiram os seus próprios caminhos influenciados por amigos
desonestos, e pela ação do diabo. E tudo isso resultou num mau uso da liberdade,
com consequências às vezes irreparáveis.
Sejamos verdadeiros.
Que o nosso “não” seja “não” e que o
nosso “sim” seja realmente um “sim”, como nos aconselhou o nosso Mestre
Tenha um bom dia. José
Salviano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário