domingo, 31 de maio de 2020

Falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus-Helena Serpa


6 DE JUNHO DE 2020

 

SÁBADO DA NONA SEMANA DO

 

TEMPO COMUM 

Cor verde


1ª. Leitura – II Tm 4, 1-8

 

Leitura de Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4,1-8
Caríssimo: 1Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os mortos, e em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço com insistência: 2proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. 3Pois vai chegar o tempo em que não suportarão a só doutrina, mas, com o prurido da curiosidade nos ouvidos, se rodearão de mestres ao sabor de seus próprios caprichos. 4E assim, deixando de ouvir a verdade, se desviarão para as fábulas. 5Tu, porém, mostra vigilância em tudo, suporta o sofrimento, desempenha o teu serviço de pregador do evangelho, cumpre com perfeição o teu ministério. Sê sóbrio. 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida,
guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça,
que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. Palavra do Senhor.

Reflexão - “a inteligência a favor do Evangelho”
Falando a Timóteo, São Paulo já antevia que iria chegar um tempo em que as pessoas não suportariam a sã doutrina e que acreditariam em mestres conforme os próprios caprichos se desviando para as fábulas.  Às vezes imaginamos que a Palavra de Deus fala de coisas tão longínquas e fora do nosso alcance, no entanto, nós percebemos que tudo que São Paulo previu já está acontecendo! O nosso mundo está curioso e ávido por falsas doutrinas baseadas em fábulas criadas pelo capricho dos homens. Cada um tem a sua própria versão e concepção de Deus e de Jesus de acordo com os interesses de grupos ou de seitas.  Existem hoje também muitos “doutores da lei” que gostam de chamar a atenção por suas ideias “espirituais” ou “espiritualistas” que estão impressionando as multidões. Se acompanharmos os programas de debates na TV, teremos a comprovação de tudo isso. Aparece gente oriunda das seitas criadas pelos homens e, às vezes, pela própria pessoa que se apresenta como sendo inspirada por algum “mestre ou mestra” que revelam “verdades” próprias das suas mentes criativas. E, muitas e muitas pessoas acreditam fielmente. São artimanhas do inimigo de Deus que tenta nos desvirtuar e nos tirar do nosso desígnio de santidade para o qual somos formados na Palavra de Deus. Chegou, pois, aquele tempo a que a Carta se refere e o conselho de São Paulo a Timóteo atualiza tudo o que nós, como Igreja, precisamos fazer nos tempos de hoje: “proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha com toda a paciência a sã doutrina”. Nós que nos dizemos seguidores de Jesus precisamos acolher as suas exortações se quisermos continuar firmes no nosso propósito: vigilância em tudo, suportar o sofrimento, desempenhar o serviço de pregador do Evangelho, cumprir com o ministério e, ser sóbrio. Isto é usar a inteligência a favor do Evangelho com consciência e convicção do que estamos fazendo, sendo coerentes com a nossa fé e não nos deixando entregar ao sabor das ondas do mundo. Agindo assim nós também um dia poderemos dizer como São Paulo: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” e esperar confiante a coroa da justiça que receberemos das mãos do justo juiz. – Você tem dado ouvido às heresias dos tempos atuais? – O que você tem  absorvido das ideias que hoje os homens estão pregando sobre Jesus ? - Você tem proclamado a palavra de Deus oportuna e inoportunamente por onde você anda?   – Você tem combatido o bom combate ou tem usado armas fora dos padrões evangélicos para lutar pela sua vida?
      
Salmo 70,8-9. 14-15ab. 16-17. 22 (R. Cf.15a)

R. Minha boca anunciará vossa justiça.

8Vosso louvor é transbordante de meus lábios, *
cantam eles vossa glória o dia inteiro.
9Não me deixeis quando chegar minha velhice, *
não me falteis quando faltarem minhas forças!R.

14Eu, porém, sempre em vós confiarei, *
sempre mais aumentarei vosso louvor!
15aMinha boca anunciará todos os dias *
15bvossa justiça e vossas graças incontáveis.R.

16Cantarei vossos portentos, ó Senhor, *
lembrarei vossa justiça sem igual!
17Vós me ensinastes desde a minha juventude, *
e até hoje canto as vossas maravilhas.R.

22Então, vos cantarei ao som da harpa, *
celebrando vosso amor sempre fiel;
para louvar-vos tocarei a minha cítara, *
glorificando-vos, ó Santo de Israel!R.

Reflexão - Para que a nossa vida seja um eterno canto de louvor às glórias do Senhor como diz o Salmo nós precisamos a todo o momento perceber as Suas graças e a Sua justiça na nossa existência. Um coração consciente e contrito não pode desprezar nem olvidar os grandes feitos do Senhor. Desde a juventude até a velhice, em todos os momentos da nossa história nós temos oportunidade de agradecer Àquele que nos dá vida e ar para respirar, que nos cumula de bens e nos ama sem impor condições. Que não percamos tempo e desde já abramos a boca para anunciar a justiça de Deus.

 

Evangelho – Mc 12, 38-44


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12,38-44
Naquele tempo: 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: 'Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas
e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação'. 41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava
suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas,
que não valiam quase nada. 43Jesus chamou os discípulos e disse:
'Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver'. Palavra da Salvação.

Reflexão – “falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus”
Por mais que tentemos muitas vezes aparentar uma falsa humildade, Deus conhece o nosso coração e pode perceber que sentimentos se escondem debaixo das nossas ações. Neste Evangelho nós vimos Jesus abrir os olhos dos Seus discípulos para que se prevenissem contra “os doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da sua falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus. Assim, Ele dizia: “Tomai cuidado  “eles receberão a pior condenação”. Do mesmo modo Ele os instruía a que, além de tomar cuidado com eles, também não os imitassem e não seguissem a mesma cartilha por onde eles se guiavam. Infelizmente, ao longo de todos os anos essa cartilha permanece servindo de lição para muitos “doutores da lei” dos tempos modernos que usam das mesmas práticas a fim de chamar atenção para sua “espiritualidade” e “devoção” de fachada. Por isso, ao mesmo tempo Jesus também fazia alusão àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.  São duas situações claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não revelam o que se passa  no nosso interior. Jesus pôde avaliá-los, pois observava tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. A observação de Jesus não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para que mergulhemos dentro de nós mesmos e avaliemos as nossas reais intenções quando agimos sabendo que estamos em evidência e que outras pessoas nos veem no trabalho do reino e nas ofertas que fazemos.    Precisamos ter muita consciência quando fizermos as nossas ofertas. O muito ou pouco que colocamos aos pés do altar do Senhor precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente. Não conseguimos enganar a Deus, por isso poderíamos ser mais sinceros confessando a nossa covardia, dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a) tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em Ti, perdoa-me”! Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco. Não importa a quantia que depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de sermos livres dos nossos apegos para que “não recebamos a pior condenação!” Que aprendamos com os conselhos do Mestre. – Com que intuito você faz as suas orações na assembleia diante de todos? – Você gosta dos primeiros lugares? – O que você pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? – Qual é o entendimento que você tem sobre generosidade? – Como você pode dar tudo o que possui: você entende isto? 



2 comentários:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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  2. José Maria Nascimento6 de junho de 2020 às 08:15

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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