quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Lição de vida-Helena Serpa


15 DE FEVEREIRO DE 2020

SÁBADO - QUINTA SEMANA DO TEMPO

COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura I Reis 12, 26-32;13,33-34

 

Leitura do Primeiro Livro dos Reis 12,26-32;13,33-34
Naqueles dias:  6Jeroboão refletiu consigo mesmo: 'Como estão as coisas, o reino vai voltar à casa de Davi.  27Se este povo continuar a subir ao templo do Senhor em Jerusalém, para oferecer sacrifícios, seu coração se voltará para o seu soberano Roboão, rei de Judá; eles me matarão e se voltarão para Roboão, rei de Judá'. 
28Depois de ter refletido bem, o rei fez dois bezerros de ouro e disse ao povo: 'Não subais mais a Jerusalém! Eis aqui, Israel, os deuses que te tiraram da terra do Egito'.  29Colocou um bezerro em Betel e outro em Dó. 30Isto foi ocasião de pecado, pois o povo ia em procissão até Dó para adorar um dos bezerros. 31Jeroboão construiu também templos sobre lugares altos, e designou como sacerdotes homens tirados do povo, que não eram filhos de Levi. 
32E instituiu uma festa no dia quinze do oitavo mês, à semelhança da que era celebrada em Judá. E subiu ao altar. Fez a mesma coisa em Betel, para sacrificar aos bezerros que havia feito. E estabeleceu em Betel sacerdotes nos santuários que tinha construído nos lugares altos. 13,33Depois disso, Jeroboão não abandonou o seu mau caminho, mas continuou a tomar homens do meio do povo e a constituí-los sacerdotes dos santuários dos lugares altos. Todo aquele que queria era consagrado e se tornava sacerdote dos lugares altos.  34Esse modo de proceder fez cair em pecado a casa de Jeroboão e provocou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra. Palavra do Senhor.

Reflexão - “mais uma vez, a infidelidade”
Jeroboão foi o primeiro rei de Israel após a divisão do Reino de Israel em novos dois reinos (Judá e Israel). Pertencia à Tribo de Efraim,  e ainda jovem, serviu ao rei Salomão como chefe dos trabalhadores em algumas obras. (I Reis 11:26).  Querendo suplantar Roboão, Rei de Judá e filho de Salomão, ele também foi infiel a Deus e aos Seus ensinamentos quando, com medo de perder popularidade, fez ídolos de ouro para que o povo os adorasse. É a eterna infidelidade do homem diante de Deus. O homem é por natureza levado à infidelidade, e não mede as consequências dos seus atos. Jeroboão mudou as regras estabelecidas pelo próprio Deus, provocando a sua ruína e a do povo de sua casa. Nós também, muitas vezes, como dirigentes, governantes e coordenadores a serviço do povo de Deus, somos também infiéis porque olhamos mais para nós mesmos e para nossos interesses e, deixamos de lado até os ensinamentos de Deus. O nosso serviço se torna um palanque para os nossos próprios “negócios”, por isso, queremos “simplorizar” até o próprio Deus manipulando-O à nossa maneira e desvirtuando a Sua Palavra de acordo com as nossas aspirações. Esquecemo-nos de que Ele é o único Senhor que pode alimentar a fome do povo pelo qual temos responsabilidade. Um pastor pode levar o rebanho ao precipício, por causa das suas decisões precipitadas quando age movido pelo ciúme, inveja, despeito e por querer sobressair e aparecer. Com efeito, o nosso pecado leva também o povo a pecar.  Qualquer um de nós está sujeito a cair nas mesmas faltas de Jeroboão. O nosso coração precisa estar vigilante e os olhos do nosso espírito bem abertos deixando que a Palavra do Senhor nos oriente e mostre até aonde podemos ir. – A quem você teme mais: Deus ou os homens? – Você gosta de agradar as pessoas para ficar bem na fita? - O que você é capaz de fazer para conservar as amizades das pessoas?– Você tem trabalhado no reino de Deus para fazer com que Jesus apareça?    

Salmo 105, 6-7a. 19-20. 21-22 (R. 4a)

R. Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos, segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.

6Pecamos como outrora nossos pais, *
praticamos a maldade e fomos ímpios;
7ano Egito nossos pais nóo se importaram *
com os vossos admiráveis grandes feitos.R.

19Construíram um bezerro no Horeb *
e adoraram uma estátua de metal;
20eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, *
pela imagem de um boi que come feno.R.

21Esqueceram-se do Deus que os salvara, *
que fizera maravilhas no Egito;
22no país de Cam fez tantas obras admiráveis, *
no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.R.

 

Reflexão - E assim caminha a humanidade! De geração a geração é este o nosso brado: “pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios”. Tem sido assim desde Adão e Eva! Nós também construímos ídolos de barro e trocamos as sugestões de Deus pelas nossas próprias ideias. Esquecemos as maravilhas que o Amor de Deus realiza na nossa vida, por isso, precisamos retornar à casa do Pai e acolher a Sua misericórdia. “Lembrai-vos, ó Senhor, de mim!” A Casa do Pai é a vivência dos Seus mandamentos e dos Seus preceitos, os quais encontramos na Sua Palavra! A Casa do Pai é também o Sacramento da Confissão, onde Deus está pronto para nos perdoar e nos acolher.

 

Evangelho – Mc 8, 1-10


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,1-10
1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2'Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe.' 
4Os discípulos disseram: 'Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?' 5Jesus perguntou-lhes: 'Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete.' 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também.  8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram.  9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta. Palavra da Salvação.

Reflexão - “lição de vida”
Jesus nos dá uma lição para que a ponhamos em prática, nos momentos em que entendemos ser muito pouco o que possuímos para suprir o nosso sustento. Tomar o pouco que se tem e colocar nas mãos de Jesus para que Ele apresente ao Pai e multiplique é a lição que precisamos apreender, hoje. Muitas vezes estamos como aqueles discípulos, desanimados diante das necessidades, e nos perguntamos o que poderemos fazer para arranjar “tanto pão” a fim de suprir as nossas carências e as do povo por quem somos responsáveis. Em primeiro lugar, precisamos ter consciência que Jesus também olha para nós e está atento. Ele também tem compaixão de nós e deseja se envolver para sanar a nossa aflição e apreensão. Mas Ele também nos pergunta o que já possuímos e nos manda fazer um balanço do nosso potencial, da nossa capacidade a fim de que tenhamos consciência da nossa real condição de vida. Como fez aos Seus discípulos, Jesus quer que tenhamos conhecimento dos “bens” que  já possuímos, dos dons que nós já dispomos e das virtudes que podemos colocar em Suas mãos para que Ele abençoe, multiplique e nos devolva a fim de que possamos também alimentar a multidão ao nosso redor. Se olharmos para a nossa vida, para dentro de nós mesmos  perceberemos que também  possuímos os “sete pães e alguns peixinhos” de que Jesus precisa para saciar a fome do mundo. Ele nos conscientiza e nos afirma: você tem algo, você não é de todo carente; o que você tem eu abençôo e multiplico para que você distribua àqueles que têm fome, até que sobre.  Os sete pães que nós temos, poderão ser: tempo, saúde, fé, paz, boa vontade, amor, inteligência. Os peixinhos que nós possuímos também podem ser o conhecimento da Palavra, o desejo de servir a Deus, disponibilidade, instrução, dons artísticos, intuição, facilidade de comunicação. Tudo nos foi dado por Deus e Ele sabe o que cada um de nós possui. Por nosso intermédio Ele quer fazer o milagre do amor! Ele é poderoso para transformar o pouco que  temos em alimento de amor para muitos. Ninguém é carente de tudo. Todos nós somos chamados a nos sentar e a partilhar com o nosso próximo os nossos “sete pães e alguns peixinhos”.   Precisamos apenas nos sentar e parar para  reconhecer a nossa realidade, para depois, confiantes,  colocar  nas mãos de Jesus tudo o que temos e tudo o que somos a fim de que Ele apresente ao Pai a nossa vida. O milagre Ele o fará! – Você se angustia e desanima na hora da necessidade? – Você percebe a penúria da multidão ao seu redor? -  Você costuma partilhar com o próximo os bens que você tem? – Você se acha uma pessoa carente? - Quantos pães você possui?  Faça o cálculo e  os ofereça a Jesus. Ele vai multiplicá-los.   

2 comentários:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria , Rio Grande do Sul

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  2. José Maria Nascimento15 de fevereiro de 2020 às 06:02

    Obrigado Senhor, Obrigado Helena!!!

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