terça-feira, 14 de janeiro de 2020

-EU QUERO: FICA CURADO JESUS CURA UM LEPROSO-Mc 1,40-45-José Salviano


16 de Janeiro-2020

Evangelho – Mc 1,40-45

 


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Naquele tempo:
Um leproso chegou perto de Jesus,
e de joelhos pediu:
'Se queres tens o poder de curar-me'.
Jesus, cheio de compaixão,
estendeu a mão, tocou nele, e disse:
'Eu quero: fica curado!'
No mesmo instante a lepra desapareceu
e ele ficou curado.
Então Jesus o mandou logo embora,
falando com firmeza:
'Não contes nada disso a ninguém!
Vai, mostra-te ao sacerdote
e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou,
como prova para eles!'
Ele foi e começou a contar
e a divulgar muito o fato.
Por isso Jesus não podia mais
entrar publicamente numa cidade:
ficava fora, em lugares desertos.
E de toda parte vinham procurá-lo.
Palavra da Salvação.

 

 

Jesus vai sempre ao encontro dos  que sofrem, Ele sempre estende a sua mão para ajuda-los!  Só que muitos não o vê, principalmente por que o pior sego é aquele que não quer ver. Muitos ignoram Jesus,  muitos não acreditam nos seus poderes, e  não rezam, não  se  aproximam dele, e  muito menos  são sensíveis  à sua presença. Por isso o mundo sofre muito, por que vivem  sob o poder do mal espalhado por todas as partes da sociedade.

Nos tempos de Jesus, toda doença era considerada um castigo divino, por causa dos pecados cometidos.
A Lepra, por se uma doença incurável,  era tida como um castigo muito grande por causa de um pecado enorme, um pecado imperdoável! Por isso o leproso era jogado no isolamento, e nem os seus parentes se aproximavam dele!  Alguma comida lhe era jogada  a distância, pois o medo de  ficar também impuro era muito grande.
Foi por causa disso que aquele leproso caiu aos pés de Jesus e suplicou que Ele o purificasse.
Veja que o sentido de purificação era muito mais ligado ao seu pecado, do que a própria contaminação pela lepra.
Aquele pobre homem se sentia na necessidade de ser purificado de seus pecados para se livrar da sua doença que o deixava à margem da sociedade.
É assim que nos sentimos quando nos dirigimos ao um sacerdote para sermos purificados por ele dos nossos pecados. Nós nos sentimos imundos, impuros, e necessitados de uma PURIFICAÇÃO. Nesse momento, a nossa alma está chorando por nossos pecados. E nos sentimos como aquele leproso, imundo e indigno de participar da  mesa do banquete eucarístico, indigno de participar da liturgia, e da catequese, e de qualquer reunião da comunidade paroquial.
É um momento em que nos sentimos muito mal por ter trilhado os caminhos do pecado, por ter feito escolhas indignas aos olhos do Pai.
Jesus, em seu infinito amor, infringiu a Lei dos judeus, e tocou aquele homem considerado impuro, e o curou, para a revolta dos doutores da Lei, escribas e fariseus. Esses, a partir daquele momento, passaram a considerar Jesus também um impuro, por ter tocado um leproso.
Veja também que segundo o que se parece, a preocupação não era exatamente ao que se refere à contaminação em si, mas sim, ao fato de que a doença era causada pelos pecados, e por tanto deixava aquele homem impuro, e indigno da convivência social.

Naqueles tempos, o leproso era considerado um excluído do ponto de vista  social, cultural, familiar e até religioso, por mais incrível que isso possa parecer. O seu estado de saúde já o deixava morto no corpo e na alma. Era uma doença associada a um pecado muito grave e sem perdão.
Não é assim que consideramos as prostitutas, os ladrões, os homossexuais? Para nós, que somos cidadãos a toda prova, todos eles são pecadores imperdoáveis, que não têm mais jeito, correção, nem conversão. Porém, para Deus, não existe pecadores sem solução!
Se Jesus perdoou aquela mulher pecadora, podemos crer que não há nenhum pecador que não possa ser perdoado. Só Deus irá decidir quem irá para o inferno, ou não. Não cabe a nenhum de nós, por mais santo que sejamos, decidir pela impureza e pela condenação de ninguém.
Jesus não teve medo da reação dos judeus puritanos, não teve nojo do leproso, assim como não repudiava a ninguém.
É assim que Jesus age. Façamos também nós o mesmo!


Tenha um bom dia. José Salviano.
     

 

 



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