segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

-É NECESSÁRIO QUE ELE CRESÇA E EU DIMINUA-Jo 3,22-30-José Salviano


11 de Janeiro-2020
Evangelho – Jo 3,22-30

 

 



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1ª Leitura - 1Jo 5,14-21

Sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos.
Leitura da Primeira Carta de São João 5,14-21
Caríssimos:
Esta é a confiança que temos em Deus:
se lhe pedimos alguma coisa
de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.
E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos,
sabemos que possuímos o que havíamos pedido.
Se alguém vê seu irmão cometer um pecado
que não conduz à morte,
que ele reze, e Deus lhe dará a vida;
isto, se, de fato, o pecado cometido não conduz à morte.
Existe um pecado que conduz à morte,
mas não é a respeito deste que eu digo que se deve rezar.
Toda iniqüidade é pecado,
mas existe pecado que não conduz à morte.
18Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca;
aquele que é gerado por Deus o guarda,
e o Maligno não o pode atingir.
Nós sabemos que somos de Deus
ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno.
Nós sabemos que veio o Filho de Deus
e nos deu inteligência
para conhecermos aquele que é o Verdadeiro.
E nós estamos com o Verdadeiro,
no seu Filho Jesus Cristo.
Este é o Deus verdadeiro
e a Vida eterna.
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Palavra do Senhor.

REFLEXÃO

Tudo o que pedimos ao Pai em nome de Jesus nos será atendido, desde que o que pedimos esteja de acordo com a vontade de Deus. Muitas vezes não somos atendidos em nossas orações, por que o que pedimos pode não ser uma coisa  de suma importância, como por exemplo, uma coisa supérflua, ou que nos prejudicará a longo prazo, ou que não é da vontade de Deus.

Vamos acrescentar nas nossas orações, a frase: Contudo, ó Pai, que seja feita a vossa vontade, como disse Jesus  em sua oração no Horto das OLiveiras.

Existem dois tipos de pecado.

O PECADO MORTAL, aquele que causa a morte da alma, ou a morte das nossas esperanças de alcançar a vida eterna,  e que só pode ser perdoado pelo sacerdote, acompanhado de muito arrependimento por nossa parte.

e O PECADO VENIAL, aquele que não causa a morte da nossa espiritualidade. São pecados leves, que podem ser perdoados pela caridade, pelo pedido de perdão sincero, e pela absolvição.

Vamos estar  sempre atentos,  vigiando e orando com mais frequência, pois o maligno anda por todos os lados, e o seu principal objetivo é nos mostrar que  pecado não existe, que tudo é permitido, e  que devemos mesmo é aproveitar esta vida com tudo que temos direito.

Assim, o capeta quer mesmo é nos desviar do caminho da casa do Pai.

 

 

Evangelho - Jo 3,22-30

O amigo do esposo enche-se de alegria ao ouvir a voz do esposo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,22-30
Naquele tempo:
Jesus foi com seus discípulos para a região da Judéia.
Permaneceu aí com eles e batizava.
Também João estava batizando,
em Enon, perto de Salim,
onde havia muita água.
Aí chegavam as pessoas e eram batizadas.
João ainda não tinha sido posto no cárcere.
Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu
a respeito da purificação.
Foram a João e disseram:
'Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão
e do qual tu deste testemunho,
agora está batizando
e todos vão a ele.'
João respondeu:
'Ninguém pode receber alguma coisa,
se não lhe for dada do céu.
Vós mesmo sois testemunhas daquilo que eu disse:
'Eu não sou o Messias,
mas fui enviado na frente dele`.
É o noivo que recebe a noiva,
mas o amigo, que está presente e o escuta,
enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo.
Esta é a minha alegria, e ela é completa.
É necessário que ele cresça
e eu diminua.'
Palavra da Salvação.

 

 

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

 

A pessoa de João Batista havia crescido muito ,e eis que Jesus já se encontrava no meio deles. E foi assim que o próprio João reconheceu que ele deveria diminuir, ou  seja, a sua fama deveria  ser menor, para que a pessoa  do Filho  de Deus começasse a se despontar, a crescer, para que se cumprissem as escrituras.

Do mesmo modo, que deve aparecer  na liturgia é a pessoa de Cristo e não a pessoa dos celebrantes.  A celebração não pode e não deve ser um show, um espetáculo, mas sim, uma celebração.  Quem deve aparecer é Cristo e não quem  entrega a hóstia, por exemplo.  Quem deve aparecer é Jesus e sua mensagem e não quem  faz a homilia, com gestos, gritos, palhaçadas, etc.

Em tudo o que fazemos principalmente em se tratando do Reino de Deus, quem tem de aparecer não é a nossa pessoa, mas sim, a pessoa de Jesus.

Por mais santo que você seja, nunca permita que passe pela sua cabeça, que você é tão santo como Jesus.

Sejamos santos, sim, anunciemos a palavra, mas sempre com  a humildade de João Batista, diante da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo! O lema de João foi esse: Importa que ele cresça e que eu diminua.

Diante da discussão entre os discípulos de João e um judeu, a respeito da purificação, João Batista age com muita habilidade, para resolver aquele desentendimento. Os judeus entendiam a questão da purificação de uma forma totalmente distorcida ao longo dos tempos, enquanto que João Batista e seus discípulos a entendiam da forma que lhes foi inspirada pelo Espírito Santo.
Mas João está mesmo é preocupado em concluir o seu trabalho de preparação dos caminhos que levam ao Messias. E naquele momento ele já estava quase terminando a sua tarefa. Vejam que Ele afirma: Importa que ele cresça e que eu diminua.
A figura de João Batista tinha crescido tanto que poderia até prejudicar a pessoa de Jesus Cristo. Por isso é que ele se expressa desse jeito. Ele vê Jesus se aproximando, e diz: "Eis Cordeiro de Deus, aquele que tira pecado do mundo". O fato de João apontar Jesus como o Cor­deiro recorda imediatamente a Páscoa da libertação da escravidão egípcia (cf, Êxodo 12,1-14). A prática de Jesus será uma prática de libertação e de passagem da escravi­dão e morte para a liberdade e a vida. Jesus vai tirar o pecado do "mundo". Pecado é adesão a um sistema social que gera a morte do povoe do mundo. Com sua prática, Jesus libertará as pessoas desse sistema de morte. Todavia, isso não se dará sem o enfrentamento do centro do poder, representado pelo Sinédrio, o supremo tribunal que irá condenar e matar Jesus. Mas Jesus ressuscitará e vencerá o poder da morte.
Em seu testemunho, João afirma que Jesus é mais importante do que ele. Por isso ele, João precisa encolher, para dar lugar ao brilho de Jesus.
Seria um absurdo também se algum de nós se considerasse tão importante quanto a pessoa de Jesus, por mais santo que possamos ser. Quando estamos dedicados ao nosso trabalho pastoral, missionário, recebemos muitos elogios, que podem por um momento nos envaidecer, nos fazer sentir grande. Cuidado! Grande, Santo é só um. Deus.
Observem que o próprio Jesus repreendeu aquele jovem quando o chamou de Mestre. Por que Mestre é só o Pai.
Irmãos. Sejamos humildes. Os elogios são importantes, e até necessários para incentivar alguém que está dando tudo pelo Reino de Deus. Mas vai devagar. Não se ache o máximo diante dos elogios.
João Batista ao se preocupar em diminuir a sua importância, a sua imagem para que Jesus possa crescer e exercer a sua missão, nos ensina que nenhum líder comunitário deve fazer-se mais importante que o padre, ou o vigário da paróquia.
Por outro lado, o padre não tem o direito de dificultar o trabalho de um catequista pelo fato dele saber mais que o padre. Pelo fato do catequista ser um iluminado, e muito esforçado. O padre tem por obrigação, arrumar tempo para ler, meditar e rezar muito. Para não se sentir menor que nenhum membro da comunidade paroquial. O padre é o padre. É  aquele que foi dotado de poderes que lhe foram confiados por Deus. Porém, acima de tudo, ele tem de fazer por merecer a iluminação do Espírito Santo. Tem padre que reclama da repetição do evangelho. Mas fazer o que? É assim mesmo. Os ensinamentos de Jesus são poucos. Podem ser resumidos em duas frases. Amar a Deus e ao próximo. O resto são detalhes, que só com muita iluminação, podemos sempre estar variando para evitar a repetição.

Fica com Deus. José Salviano

 

 

 

 



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