segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

-A VISITA DOS PASTORES- Lc 2,16-21-José Salviano


01 de Janeiro de 2020

Evangelho –Lc 2,16-21

 

Naquele tempo:

16Os pastores foram às pressas a Belém
e encontraram Maria e José,
e o recém-nascido, deitado na manjedoura.
17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito
sobre o menino.
18E todos os que ouviram os pastores
ficaram maravilhados com aquilo que contavam.
19Quanto a Maria, guardava todos estes fatos
e meditava sobre eles em seu coração.
20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus
por tudo que tinham visto e ouvido,
conforme lhes tinha sido dito.
21Quando se completaram os oito dias
para a circuncisão do menino,
deram-lhe o nome de Jesus,
como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.
Palavra da Salvação.

 

 

        Os pastores foram às pressas até Belém para visitar a Sagrada Família. E lá encontraram  o Menino Jesus deitado em uma manjedoura.

O mundo de hoje precisa de novos pastores, pastores de verdade, pastores que dão a vida pelas suas ovelhas.

Um dia Jesus se lamentou dizendo que  aquela multidão que o seguia  eram como ovelhas sem pastor.
        Os apóstolos, depois se tornaram os primeiros padres, os primeiros pastores  reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam vivenciado, experimentado nas suas primeiras santas aventuras  com como  anunciadores do Reino do Céu. Estavam muito cansados, e Jesus os convida para um lugar à parte, distante da multidão que os seguiam, para descansar um pouco.
        Os nossos padres atuais também se sentem muito cansados  pela dedicação às coisas de Deus. Pois são poucos, para atender a tanta gente, uma verdadeira multidão, que são com ovelhas sem pastores!  As suas agendas estão sempre lotadas.
        O que eu e você estamos fazendo para resolver, ou pelo menos remediar tamanha  pendência? A quantos ainda falta levar a palavra de Deus neste mundo? O crescimento populacional é incompatível com o crescimento dos sacerdotes. Alguém precisa fazer alguma coisa! Pois a messe  aumenta a cada dia e os operários continuam os mesmo, para não dizer que eles diminuem. É um quadro pessimista, desanimador, muito triste se não apelarmos para a graça de Deus que pode tudo, e que prometeu estar com a sua Igreja até o fim dos tempos.
        Precisamos vivenciar mais a nossa fé, confiar nas palavras de Jesus, arregaçar as mangas e irmos à luta, pela causa do Reino. Estamos falando da atuação leiga.  O leigo que estuda, pratica e vai aos irmãos distantes ou desgarrados, levar a palavra de Jesus Cristo.
        A quantos ainda precisamos levar o evangelho, e trazer de volta da fé perdida?  E a quantos que ainda não conheceram o Evangelho, que foram criados longe dos ensinamentos de Jesus, muito pelo contrário, só aprenderam o que não presta, aquilo que é ensinado pelos amigos, pela mídia, pelo cinema e pela televisão?
        Caríssimos! Temos de nos esforçar  para que as pessoas se aproximem de Deus.  Primeiro pelo nosso exemplo, depois aos que possuem o dom da palavra, dividir o nosso tempo parte pela sobrevivência e parte pela anunciação do Reino de Deus.
        Para isso nós precisamos ser santos, devemos perseverar na prática das boas obras, mesmo durante as mais obscuras trevas interiores. É a prova do espírito, que somente pode ser superada num intenso exercício de fé. Sei que Deus me ama e me chama para evangelizar. Devemos  repetir esta frase no pensamento diariamente: Sei que Deus me chama e isso basta!
        Precisamos ir em frente indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador como nós o encontramos. Por que somos o Sal da Terra. E se não fizermos nada, outros que não são convertidos como nós, com certeza não farão nada.  E existem muitas maneiras de sermos o sal da terra. Primeiro, como já o dissemos,  dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na Igreja e na sociedade. Depois, anunciando os seus ensinamentos.
        Porque nós, cristãos escolhidos, temos que manifestar aos outros o sentido das suas próprias vidas através da consciência e da vivência do autêntico sentido da existência. Todos precisam saber o porquê  e para que estão nesse mundo: para amar, adorar e glorificar, e anunciar  a  Deus, vivendo como irmãos, e não como animais predadores uns dos outros. Nós fomos criados para a felicidade. Deus quer que sejamos felizes também aqui na terra e, depois, no céu… para sempre! 
        Os dissabores desta vida e  as contrariedades do nosso dia a dia são uma benção de Deus: Elas  nos ajudam a amadurecer, nos fazem mais disponíveis, elas reduzem o  nosso egoísmo, a nossa preguiça, nosso  orgulho e faz crescer em nós  a caridade. Tudo isso será possível pela graça de Deus aliada a nossa fé. Tudo isso pode ser real se deixarmos que Deus trabalhe conosco e em nós.
        Meus irmãos.  Vamos parar de dar desculpas dizendo que não temos tempo!  Pois ter tempo é uma questão de preferência. Preferimos uma coisa que não outra. Escolhemos estar num certo lugar fazendo uma certa coisa em vez de outra. Aqueles que se amam, os namorados apaixonados, sempre arrumam um jeito de se encontrarem. Porque nós não nos organizamos, não arrumamos um tempo par Deus? Um tempo que se resultará na nossa própria salvação?

Feliz Ano Novo! José Salviano


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