domingo, 10 de novembro de 2019

-A NECESSIDADE DA ORAÇÃO- Lc 18,1-8-José Salviano


16 de Novembro de 2019
Evangelho –Lc 18,1-8

 

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,

Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?


 

Jesus nos explica que devemos rezar com insistência, pedir todos os dias. A nossa oração não pode ser assim: pedimos a Deus hoje, e ponto final. Ficamos esperando receber aquela graça, a qual poderá não acontecer, pois pedindo somente uma vez, demonstramos pouca confiança na proteção e bondade divina, além de também demonstrar pouco interesse em conversar com Deus.

Do mesmo modo, quando pedimos somente uma vez, damos pouca importância ao sofrimento a que estamos vivendo. Em outras palavras, demonstramos que o que pedimos não é algo de tanta importância para a nossa sobrevivência.

Ao contrário, quem pede várias vezes, é sinal que está muito necessitado, desesperado, mesmo, e que confia no poder de Deus, como o fizeram os dez leprosos. Eles estavam desesperados! Outro exemplo que demonstra melhor o que estamos querendo explicar, foi aquela cena de desespero daquele cego de Jericó que pedia em alta voz: Jesus, filho de Davi, pende piedade de mim!  E ele foi prontamente atendido.

Com toda certeza, todos os nossos pedidos feitos com muita emoção, até com lágrimas, tocam muito a Deus. Mas não se trata de lágrimas de crocodilo. Viu? Estamos falando e pedir com fé e pedir do fundo da nossa alma. Pedir acreditando que vai receber.

Neste Evangelho, uma viúva insistente nos dá uma bela lição de perseverança e nos ensina a nunca desistir dos nossos objetivos.

Vendo aquela cena, Jesus toca num assunto importantíssimo na nossa vida cristã: A oração insistente.

Mas não se trata de repetição fórmulas, mas apenas uma necessidade. Sem esse diálogo cotidiano com Deus, a vida espiritual perde se total sentido e se enfraquece. 

É importante notar que o próprio Jesus nos insiste na necessidade de rezar diariamente. Pois sem oração a nossa vida não se sustenta. Se fosse possível viver sem Deus, Ele não nos teria mostrado a importância da oração.

Vamos revisar a nossa vida de oração tanto pessoal. Como comunitária, para ver se ela está de acordo com as palavras de Jesus, de acordo com as nossas necessidades do socorro do Pai que nos ama.

Seria muito triste se depois dessa revisão nós chegássemos a conclusão de que os nossos esforços pela oração está na periferia, num segundo plano das nossas opções.

Uma sugestão. Compre na secretaria da sua paróquia, um livrinho de orações. Use-o todos os dias. Reze várias vezes por dia. Isso é possível. Sempre há uma oportunidade para isso. Sempre temos um momento propício. Seja enquanto o ônibus não chega, enquanto a água ferve, enquanto estamos numa fila, continue você. Faça a sua lista de momentos propícios para rezar pelo menos um Pai Nosso...

 

 Fica com Deus.

José Salviano.

  

 

 

 

 

 

 



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