-CONVIDAR OS POBRES PARA O TEU BANQUETE - Lc 14,12-14 -José Salviano
04 de Novembro de 2019
Evangelho
- Lc 14,12-14
E disse também a quem o tinha convidado:
'Quando tu deres um almoço
ou um jantar,
não convides teus amigos,
nem teus irmãos,
nem teus parentes, nem
teus vizinhos ricos.
Pois estes poderiam também
convidar-te
e isto já seria a tua
recompensa.
13Pelo contrário, quando
deres uma festa,
convida os pobres, os
aleijados, os coxos, os cegos.
14Então tu serás feliz!
Porque eles não te podem
retribuir.
Tu receberás a recompensa
na ressurreição dos justos.'
Palavra da Salvação.
Jesus por várias vezes usou de imagens extremas em suas falas. Ele
usou exemplos que humanamente eram praticamente impossíveis, tais como: Cortar
a mão direita, arrancar o olho. E neste Evangelho, Jesus nos exorta a convidar os
pobres em vez dos nossos amigos ricos para a nossa festa. Isso é algo praticamente impossível de
acontecer.
Com exceção daquele homem
que montou um restaurante para matar a fome dos pobres e sem teto. Com certeza,
grande será a sua recompensa no Céu!
Em nossas festas nós nem pensamos naqueles e naquelas que dormem
com fome. Nem passa pela nossa cabeça fazer o que Jesus disse: Convidar os
mendigos da cidade para vir à nossa festa e se regalar com os nossos pratos e
bolos deliciosos.
Você ficou louco? O que vão dizer os meus amigos ricos?
Olha, esta é uma grande verdade que impede muitos ricos de ajudar
os pobres. O receio do que vão dizer os seus iguais, com relação a sua bondade
para com os pobres, com relação à sua caridade.
Aquele empresário de grande sucesso, costumava agradar os seus
empregados, de modo diferente do que costumeiramente faziam os outros seus
iguais. No final do ano a festa acontecia em um salão grande, e era comida e
bebida com muita fartura!
Era contratada uma banda e muitos empregados depois ter bebido bastante, e por tanto desinibidos,
participavam do Karaoquê.
Certo dia aquele rico e bem sucedido empresário falou aos seus
funcionários que havia recebido uma forte pressão dos seus concorrentes, pelo
fato dele ter dado um bom aumento de salário.
Aquele jovem rico e caridoso, fazia de tudo para que ninguém
soubesse da sua bondade para com os necessitados. Porém, um de seus empregados
acabou falando a um dos seus amigos, o destino daquela carga de alimentos que
ele estava levando para os pobres da favela próxima.
Depois daquele dia, ele sofreu muita pressão dos seus amigos
iguais: Diziam eles: Não faça isso! Você está estimulando a mendicância, eles
são preguiçosos! Se você os alimenta, eles se acomodarão, e não vão batalhar
pela sua sobrevivência!
Este é o modo de pensar da maioria dos ricos. E a primeira vista,
parece correto. Pois imagine que os pais façam todas as lições de casa dos seus
filhos, que eles façam todos os seus trabalhos escolares, e contratem pessoas
para fazerem as pesquisas, e teses da faculdade!
Assim, os alunos não vão aprender nunca!
Alimentar os preguiçosos, é estimular a mendicância, assim pensam
aqueles e aquelas que precisam de uma boa desculpa par não dar esmolas.
Por que na verdade, nem todos são vagabundos como são chamados. Nem
todos pedem por pura malandragem. A maioria dos que nos estendem a mão pedindo
umas moedas e um pedaço de pão, dizendo: Moço hoje eu não comi nada... Dê uma
esmolinha pelo amor de Deus, por favor... Esses são realmente necessitados. Ou eles
não têm inteligência como você para vencer os obstáculos dessa vida, e
conseguir ganhar o seu próprio pão, ou não tiveram oportunidade de conseguir um
emprego, o que geralmente é responsabilidade daqueles que gerenciam a coisa
pública, pois nem sempre esses se preocupam com o bem estar dos menos
favorecidos pela sorte, os miseráveis da vida.
A maioria das pessoas convidam para as suas festas, somente pessoas
do seu nível. Pessoas iguais a elas do ponto de vista político, social e
econômico. E o nosso objetivo é para agradecer, ou para semear novas
possibilidades de tirar vantagens.
Convidar os pobres, os últimos da sociedade, nem pensar. Isso seria
uma verdadeira loucura, um desastre!
Assim, nós convidamos por puro interesse. E ali já está a nossa
recompensa, que aliás, é uma recompensa miserável em comparação com a
recompensa que teríamos se convidássemos os pobres, segundo as promessas de
Cristo.
Pois quando a gratuidade está na raiz do nosso convite, a
recompensa nos virá do Alto.
Caríssimas, e caríssimos. A gratuidade é o grande dom de Deus, Ele
que é capaz de nos retribuir além das expectativas.
Deus nos recompensa pelo fato de amarmos aqueles e aquelas que não são
amáveis. Aqueles desprezados pela
maioria.
Lamentavelmente isso pode acontecer no meio de nós. Veja: a igreja
lotada. Porém, aquele banco no qual sentou um mendigo, estava praticamente
vazio. Pois ninguém sentou ali do lado dele! Isso é muito triste. Não é mesmo?
Isso é o mesmo que evitássemos sentar em um banco onde Jesus teria sentado.
Pense. Pois Jesus está na pessoa do mendigo!
Ontem na missa, (domingo), sentou na minha frente uma mulher bem
pobre. Cabelos sem vida, corpo com sinais de subnutrição, calçava um tênis rasgado,
e seu guarda-chuva velho estava roto e quebrado, um olho fechado, muitas rugas
no rosto e cheirava mal. Pobre mulher! Dava muita pena. Ninguém, até então
sentou naquele banco. Chegou uma mulher com seu filho. Ela ía sentar, porém
olhou com certa repugnância para aquela criatura, voltou, indo procurar outro
lugar para se sentar com seu filho.
Finalmente outra mulher, se aproximou, e sentou ao lado dela, sem nenhuma
reação de desprezo!
Jesus lhe perguntaria neste momento: Qual daquelas mulher foi a próxima
da pobre mulher?
Fica com Deus. José
Salviano.
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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